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Terça, 30 Abril 2024

Como iniciar um negócio com pouco dinheiro

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Iniciar um novo negócio normalmente é uma incógnita para muitos profissionais que atuaram por muito tempo em empresas, os que já empreendem ou que querem arriscar nesse universo de negócio. Achar a veia certa para seguir nesse caminho é o que se busca de forma contínua.

Além de muitas dúvidas existentes, há também a instabilidade financeira e de consumo que estamos passando em todas as regiões do país. Apesar de muitos empregos novos estarem sendo gerados, muitas outras vagas estão sendo retiradas, ou seja, ainda há muitas demissões. Sendo assim, o poder de consumo da população ainda não está de forma ideal para podermos pensar em iniciarmos negócios com altos custos e investimentos.

Nesse artigo vou falar sobre pontos para refletirmos sobre formas de empreender, sem que se gaste muito dinheiro inicial.

Imagem: João Geraldo Borges/Pixabay.

Devo ter uma loja física? 

Com o poder consumo ainda retraído, o momento ainda não é muito propício para se ter uma estrutura física para um negócio iniciante. Vamos fazer um cálculo com médias de valores mensais para termos uma ideia sobre isso?


  • Aluguel de ponto: R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais).
  • Custos com energia: R$ 200,00 (duzentos reais).
  • Custos com um(a) atendente: R$ 3.600,00 (três mil e seiscentos reais, incluindo salário, impostos e outros)
  • Custos com materiais de limpeza: R$ 40,00 (quarenta reais).
  • Custos com transportes em geral: R$ 150,00 (oitenta reais). 

Esses são custos básicos para o funcionamento de uma loja física. Estamos falando, no total, de R$ 5.490,00 (cinco mil quatrocentos e noventa reais). Isso mesmo.

Com esse valor, mantendo uma atuação home office, você conseguiria comprar bastante produtos para a revenda com o uso do marketing digital, tráfego pago e redes sociais.

Devo investir em publicidade? 

Dependendo do produto, sim. A publicidade tradicional, por mais que seja um pouco mais cara do que qualquer outro recurso de divulgações, ainda é, em muitos casos, a melhor alternativa para a atração de público em massa, o que torna viável se o seu produto ou serviço for algo popular. Entretanto, se o seu produto for para um público mais específico, o ideal é que invista em tráfego pago, que permite a canalização de anúncio para pessoas específicas. Vamos a alguns exemplos disso?


  • Vendas de roupas: por ser um mercado com muitas pessoas já atuando, a divulgação em um meio de massa não tende a se tornar eficiente. Por ser um setor inchado, há muita concorrência de preços. Sendo assim, cria-se a necessidade de buscas por clientes específicos. O tráfego pago pode entrar como uma boa alternativa.
  • Vendas de eletrônicos: também é um segmento com muita concorrência. Dessa forma, caracteriza-se como um negócio parecido com o de roupas, onde a publicidade tradicional pode não gerar tanto resultado quanto o esperado.
  • Vendas de cursos: dependendo do curso, a publicidade tradicional ou digital podem ser aplicadas. Se o seu projeto é vendas de cursos como Assistente Administrativo, a tradicional entra como carro chefe e via de mobilização de massa de clientes. Se o curso for em uma área mais específica como Ciência de Dados, o ideal é o digital com o uso canalizado de busca por pessoas específicas, perfis, regiões e áreas de estudos.
  • Vendas de comércio varejista de loja: se você tem a viabilidade de montar uma loja física, mesmo com todos os custos envolvidos, o ideal é a publicidade tradicional. Apesar de ser mais cara, é a que mais dar mais retorno nesse caso. O tráfego pago não é recomendado, pois afunila o público consumidor. 
Imagem: PhotoMIX-Company/Pixabay.

Como alcançar o meu público-alvo?

Quando se pensa em empreender, normalmente a ideia criada é que se atenda o máximo de público possível. Entretanto, nem sempre essa estratégia de captação funciona na prática. Em qualquer negócio iniciante, o melhor formato é definir um público específico. Fazendo isso, o projeto ganha marca social de mercado para, em seguida, expandir para outros públicos.

Todos os negócios que vemos com grande prosperidade sempre começaram com um público consumidor específico. Desde o restaurante até a rede de supermercados que faz muito sucesso. Depois que alcançaram reconhecimento social, fortificaram a marca e passaram a diversificar o público-alvo. Quando não há esse público inicial definido, não há a mola multiplicadora de clientes. Funciona mais ou menos assim. 

Exemplo 

Loja X, que vende roupas customizadas, define o público consumidor os jovens de 25 a 40 anos de idade. Depois de um tempo e da criação de solidez de público, começa a criar divulgações que visam namoradas(os), pais, amigos(as) e outros. Com isso, os clientes fidelizados começam a presentear essas outras pessoas, que também podem começar a comprar. Com esse gancho, as vendas começam a se expandir e o público aumentar, mesmo que fora da origem definida. 

E então?

Sobre o autor

Flávio Guimarães é diretor da Guimarães Consultoria, Administrador de Empresas, Especializado em Negócios, Comportamento e Recursos Humanos, Comentarista de Carreira, Emprego e Oportunidade dos Jornais Bom Dia Amazônia e Jornal do Amazonas 1ª Edição, CBN Amazônia, Portal Amazônia e Consultor em Avaliação/Reelaboração Curricular.

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista 

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