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Sábado, 27 Abril 2024

Trabalhadores do Amazonas optam por vender as férias para quitar dívidas



MANAUS
- Vender as férias ao empregador ou trabalhar no período, cada vez mais vêm se tornando algo comum no Amazonas, especialmente para quem precisa saldar dívidas no início do ano. Os altos preços dos serviços e destinos turísticos também fazem dessas práticas, a melhor opção. Na indústria, que nos primeiros meses do ano passa por uma fase de baixas demandas, as esteiras e linhas de produção diminuem o ritmo por conta das férias coletivas compulsórias, ação que evita demissões e gastos desnecessários.Para o chefe de serviços de comunicação do Ministério do Trabalho e Emprego no Amazonas (MTE-AM), Guido Medeiros, as vendas das férias já fazem parte das negociações entre os RH (Recursos Humanos) e empregados, com nenhuma intervenção do Ministério. “Nem somos mais consultados sobre. É um assunto que fica a critério das partes envolvidas diretamente. Acho até normal, já que tirar férias em um período em que se acumulam dívidas com escola, IPTU, IPVA e outros tributos, acaba por comprometer o orçamento familiar”, disse.Ainda de acordo com Medeiros, além da renda extra, o empregado ao negociar suas férias pode decidir o melhor tempo de descanso. “Creio que 20 dias sejam ideais, mas têm que ser os 20 dias completos, sem o ‘pingapinga’. Assim, se sai da rotina cansativa e não se perde o ritmo”, comenta. “E quase ninguém tem mais dinheiro para férias tão longas”, completa.
Na indústria
O período de esteiras paradas ou lentas no Polo Industrial de Manaus (PIM) por conta da baixa demanda vem obrigando a indústria a optar por férias coletivas, uma forma de conter a sangria e evitar demissões. “Os gestores não veem a necessidade de se manter todo um parque industrial consumindo energia elétrica, por exemplo, em um período de baixa produção. Para o empregado, representa um período de descanso que não desabona as férias ‘normais’. Economizam-se recursos para a indústria e o capitalhumano”, conclui Medeiros.Trabalhar nas férias
Férias do trabalho e faculdade é tempo de engordar o orçamento doméstico, diz a estudante de veterinária Renata Moya, que agora aposta nas pizzas e salgados caseiros. “Em outros anos, fiz serviços de cabeleireira, mas isso se mostrou muito estressante e estava de férias, ainda que precisando de dinheiro resolvi optar por outra atividade. A crise impede muitos de viajarem e de comer fora, nessa hora temos o retorno do investimento e do tempo gasto”, resume.O trabalho nas férias também e indicado pelo microempresário de cosméticos com essências amazônicas Genílson Rocha. “Reduzimos nossa produção, mas abrimos a chance para quem está de férias de se tornar um revendedor da marca e ganhar um extra. Sentimos uma queda nas vendas, porém os cadastros continuam e a melhor hora pode ser essa”, conclui o proprietário da Aroma - Produtos Naturais da Amazônia.Orçamento nas férias
Férias do trabalho e faculdade é tempo de engordar o orçamento doméstico, diz a estudante de veterinária Renata Moya, que agora aposta nas pizzas e salgados caseiros. “Em outros anos, fiz serviços de cabeleireira, mas isso se mostrou muito estressante e estava de férias, ainda que precisando de dinheiro resolvi optar por outra atividade.A crise impede muitos de viajarem e de comer fora, nessa hora temos o retorno do investimento e do tempo gasto”, resume.O trabalho nas férias também e indicado pelo microempresário de cosméticos com essências amazônicas Genílson Rocha. “Reduzimos nossa produção, mas abrimos a chance para quem está de férias de se tornar um revendedor da marca e ganhar um extra. Sentimos uma queda nas vendas, porém os cadastros continuam e a melhor hora pode ser essa”, conclui o proprietário da Aroma -Produtos Naturais da Amazônia.

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