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Sábado, 27 Abril 2024

Subsetor de produtos alimentícios do PIM tem caminho para avançar

Subsetor de produtos alimentícios do PIM tem caminho para avançar

Com seis empresas instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM), o subsetor de produtos alimentícios apresenta potencial para o fortalecimento da cadeia produtiva, mas ainda enfrenta entraves para o desenvolvimento. Na avaliação de consultores e empresários, a disponibilização da matéria-prima regional deve ser somada às estratégias de marketing para que outros Estados e países conheçam, invistam nos produtos regionais e tenham interesse em fazer parte do parque fabril atraídos pelos incentivos fiscais.

Conforme os indicadores de desempenho da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), o subsetor de alimentos encerrou 2016 com o faturamento de R$ 243 milhões, com crescimento de 1,79% em relação ao ano anterior quando o segmento registrou R$ 238,8milhões.

De acordo com o economista e consultor da empresa Profinco Projetos Financeiros e Econômicos Ltda, Hélio Pereira, o Amazonas tem forte potencial para o desenvolvimento do setor alimentício, que envolve osetor primário na produção de hortifrutigranjeiros, laticínios e avicultura. Porém, ele analisa que há deficiência, por parte do governo do Estado, na divulgação aos outros Estados e aos demais países quanto aos recursos regionais existentes no Amazonas.
Foto: Walter Mendes/Jornal do Commercio

Ele afirma que a partir do fomento à produção rural com base nos benefícios fiscais é possível dar maior visibilidade ao  Distrito Agropecuário da Suframa (DAS). “Somos um Estado rico em matéria-prima regional com frutas e plantas que chamam a atenção dos investidores estrangeiros. Nossos produtos são trabalhados por meio de pesquisas que dão origem a cosméticos, por exemplo. Na Itália é possível encontrar diversos produtos locais sendo comercializados. Então, a cadeia alimentícia pode ser melhor desenvolvida, basta haver investimentos e esforços para divulgação de nossos atrativos fiscais.  Vemos muitas pesquisas sendo desenvolvidas, mas poucas chegam ao comércio”, disse.

Conforme o perfil das empresas incentivadas do PIM, o subsetor de produtos alimentícios é composto pelas seguintes empresas: Ammac Indústria e Comércio de Alimentos Ltda, Glacial Indústria e Comércio de Sorvetes Ltda, Indústria de Laticínios da Fazenda Ltda, Mikitos Indústria e Comércio de Gêneros Alimentícios do Amazonas Ltda, Ocrim S.A. Produtos Alimentícios e P.R.F. Lopes Agroindústria e Comércio.

A assessoria de comunicação da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) informou que a demanda por incentivos fiscais da ZFM por empresas do setor alimentício tem se voltado ao DAS, especialmente nas áreas de psicultura, fruticultura, citricultura e avicultura de postura. A autarquia ainda informou que os investidores podem solicitar apenas incentivos fiscais estaduais. 

Segundo o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo, o crescimento de 1,79% no faturamento do setor de produtos alimentícios mostra que o segmento tem conseguido se manter em meio a um cenário de retração econômica nacional. Ele relata que boa parte da produção das empresas de alimentos atende à demanda das fabricantes do distrito industrial. Frutas, polpas, verduras, legumes, ovos, peixes e papel higiênico são alguns dos produtos regionais absorvidos 

“As empresas do PIM estão investindo cada vez mais no mercado local comprando alimentos dos fabricantes instalados em Manaus. A compra local evita problemas logísticos e reduz os custos. Consequentemente, há aumento na demanda por parte dos fabricantes dos alimentos. Outro benefício da compra local é que dispensa a necessidade de manter estoque de produtos porque as empresas compram conforme a demanda”, disse.

Para o assessor da diretoria da Ammac Indústria e Comércio de Alimentos Ltda, Jaime Ferreira, as vantagens da atuação no PIM estão na concessão de incentivos fiscais e na possibilidade de atendimento às fabricantes do distrito industrial. Ele cita que o recebimento de insumos por meio de fornecedores locais também possibilita o desenvolvimento dos produtos da Ammac e consequentemente, de toda a cadeia produtiva regional.

A Ammac produz salgadinhos de milho e pipocas. “A empresa está em desenvolvimento em fase orçamentos para implementações na fábrica. A ideia é modernizar e tornar a empresa mais produtiva com menor custo. Também estamos desenvolvendo novos produtos com previsão de lançamento para o segundo semestre deste ano”, adiantou.

A fábrica, que é amazonense, conta com 85 colaboradores. A empresa opera por meio de três de linhas de produção com fabricação de salgado extrusado de milho, pipocas doce e salgada.

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