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Sexta, 26 Abril 2024

Novo Ministro da Fazenda divide opiniões da indústria e comércio do Amazonas



MANAUS
- A posse do ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, divide opiniões quanto às expectativas sobre os resultados da nova gestão frente à economia brasileira. Empresários representantes da indústria e do comércio do Amazonas consideram que o problema econômico está diretamente ligado à crise política brasileira e que a mudança no Ministério da Fazenda pode resultar, ou não, em melhorias fiscais. O novo ministro assumiu em substituição a Joaquim Levy.Para o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo, o ex-ministro, Joaquim Levy, deixou o cargo sem conseguir implementar as propostas de melhorias delineadas e defendidas em sua gestão. O empresário é enfático ao afirmar que espera melhores resultados a partir da nova administração no âmbito federal, mas, que o cenário político que atinge diretamente o segmento econômico não lhe permite ter boas expectativas.Ele salienta que o impacto dos fatores políticos incide negativamente em todos os segmentos, inclusive na indústria. “Sempre esperamos que a situação melhore. Mas, infelizmente não há fatores que nos permitem vislumbrar ou projetar dias melhores. A política está influenciando fortemente a economia. Há o impasse relacionado ao impeachment da presidente Dilma, escândalos envolvendo o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e ainda instabilidade que envolve o PMDB. Então, neste momento,não há o que nos permita visualizar melhorias”, disse Azevedo.O presidente do Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas), Wilson Périco, afirmou ter dificuldades em traçar expectativas relacionadas à gestão do novo ministro da Fazenda. Segundo Périco, Barbosa, enquanto ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão dificultou as implementações de projetos propostos por Joaquim Levy. “É uma pessoa (Nelson Barbosa) que já fazia parte desse governo e dificultou muito as implementações do antigo ministro. Como resultado dessa mudança, o mercado está reagindo negativamente. Espero que a situação e o mercado mudem”, citou.
Para o presidente da ACA (Associação Comercial do Amazonas), Ismael Bicharra, neste momento, toda mudança é importante para ‘oxigenar’ o processo econômico nacional. “Estávamos em uma situação complicada com o ministro Levy que estava extremamente desgastado. Essa mudança vem para criar uma nova expectativa. A presidência está preocupada com o impeachment e esquecendo da economia brasileira”, opinou.
Bicharra vê a mudança com bons olhos e também avalia a gestão de Levy como negativa. “O ex-ministro não fez absolutamente nada. Foram somente promessas e ameaças, mas resultados positivos não houve”, disse.
Com a ida de Barbosa para a Fazenda, ocorrerá uma segunda troca no primeiro escalão. O atual ministro da CGU (Controladoria- Geral da União), Valdir Simão, assumirá o Ministério do Planejamento. Após três dias doanúncio da mudança, o dólar ultrapassou a cota de R$4, chegando a R$4,0341 com alta de 1,30%.

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