Em Manaus, Pandemic Hackfest Saúde busca soluções para saúde pública

De forma totalmente online, podem participar quem tem um computador ou celular conectado à internet em sua casa, ter boas ideias na cabeça e saber trabalhar em equipe

De forma totalmente online, o Ministério Público, em parceria com as Secretarias Municipal e Estadual de Saúde, vai realizar, nos dias 11 e 12 de abril, o ‘Pandemic Hackfest Saúde’, com o propósito de encontrar soluções rápidas e inovadoras para os problemas críticos que a saúde pública enfrenta por conta da pandemia de coronavírus. 

Dessa vez, o evento contará com apoio da Shawee, uma startup tão apaixonada por hackathons que fez disso um negócio escalável e replicável. Só em 2019, foram mais de 30 eventos realizados em outros países e mais de 400 hackathons no Brasil.

Para participar não precisa ser programador, basta ter um computador ou celular conectado à internet em sua casa, ter boas ideias na cabeça e saber trabalhar em equipe. As incrições podem ser feitas através do site www.amazonhackfest.com.

Desde 2018, o Ministério Público do Amazonas realiza em Manaus o Amazon HackFest, evento inspirado no HackFest da Paraíba, que acontece desde 2014 e mobiliza mais de 3 mil pessoas por ano na cidade de João Pessoa. A 1ª edição do Amazon Hackfest, realizada no Instituto Samsung Ocean da UEA, foi focada no combate à corrupção. 

Na 2ª edição, realizada no ano passado, o tema foi a causa humanitária que aflige os Venezuelanos e outros povos refugiados em todo o mundo pela fome, pela guerra ou por desastres da natureza. O Human Hackfest, realizado no ManausTechHub, com o apoio do SIDIA e da Transire, foi o primeiro hackathon humanitário do Brasil e mobilizou centenas de “hackers do bem” para criar tecnologias de humanos para humanos.

Hackathons

Em outros países como Estados Unidos, China ou Israel, hackathons são eventos comuns, que já foram incorporados na cultura dos ecossistemas de inovação e acontecem de forma rotineira nas universidades, coworkings e incubadoras. Desde que foram criados em 1999, em Calgary, Alberta, Canadá, por um grupo de 10 desenvolvedores interessados em criar uma nova criptografia, os hackathons vêm ganhando popularidade e se espalhando pelo mundo. Basta que algumas pessoas se reúnam para solucionar problemas desafiadores e pronto, foi dado o start dessa experiência incrível e transformadora.

Talvez você esteja se perguntando: mas afinal, o que é um hackathon? Um hackathon nada mais é do que uma maratona hacker, com o objetivo de quebrar problemas complexos em pequenas partes e encontrar soluções minimamente viáveis no menor tempo possível. Os hackathons além de reunirem hackers de programação, reunem também hackers sociais, hackers de negócios, hackers de design, dentre outros tantos tipos de hackers com diferentes habilidades para solucionar os mais diversos problemas.

Com uma mentalidade criativa e focada em solucionar problemas, qualquer um pode se tornar um hacker. Essa é a beleza de um hackathon: fazer as pessoas se conectarem de forma cocriativa e colaborativa para se superarem. Nesse processo todos percebem que suas habilidades podem ser úteis, gerar valor e quem sabe talvez até mudar o mundo! O botão de “Curtir” do Facebook, por exemplo, foi criado em um hackathon.

Algumas coisas são fundamentais para um hackathon ser bem sucedido: pessoas comuns dispostas a se superar e trabalhar em equipe para solucionar problemas reais; dados abertos e APIs de qualidade que facilitem e orientem o desenvolvimento de soluções inovadoras; mentores comprometidos com levar suas equipes ao melhor de si; e organizações públicas e privadas com um propósito inspirador e desafiador. O resto são apenas enfeites, balões coloridos, palco, guloseimas, dinâmicas, iluminação e efeitos especiais.

Pode parecer meio maluca essa coisa de um bando de hackers passando horas na frente de um computador em busca de soluções para problemas de alta complexidade. Mas, um hackathon é muito mais do que só linhas de código e algoritmos, é uma oportunidade de conhecer pessoas, de aprender coisas novas, de se engajar por um causa e quem sabe até de iniciar um negócio. Eventos centrados no design colaborativo de inovações cívicas incentivam uma cultura de positividade, cooperação e engajamento proativo. Essa influência cultural é difícil de quantificar, mas tem muito valor e gera grande impacto social.

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

‘Amapá Cacau’: cadeia produtiva beneficia 480 famílias de agricultores

Iniciativa visa impulsionar produção de cacau no Amapá, com foco em tecnologia e agroindústria.

Leia também

Publicidade