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Sexta, 26 Abril 2024

Conheça a história da peixaria que teve a honra de servir um Papa

Conheça a história da peixaria que teve a honra de servir um Papa

 

Em uma das esquinas mais tradicionais de Manaus, rua Emílio Moreira com avenida Ayrão, o Canto da Peixada é a pedida para quem quer conhecer e experimentar da culinária do amazônida. 

 

Tambaqui, tucunaré, matrinxã, pirarucu, sardinha, surubim, pacu e jaraqui são apenas algumas das delícias que fazem parte do cardápio a mais de 45 anos. 

 

Foto: William Costa/Portal Amazônia

E o Canto da Peixada guarda muitas histórias, entre elas, a de ter fornecido a refeição do papa João Paulo II, quando esteve em Manaus, em 1980.

 

Quem lembra dessa história e guarda, inclusive as louças usadas pelo pontífice, é o proprietário do restaurante Aldenor Ernesto Lima, de 80 anos, que conta com orgulho, como foi servir o papa.

 

Foto: William Costa/Portal Amazônia


"Ele não comeu no restaurante, mas do restaurante. Juntei cozinheiras, garçons, e uma equipe e preparamos daqui o jantar do papa, uma caldeirada de tucunaré sem espinhas. E no outro dia, já no almoço, o papa fez questão de pedir mais peixe, e servimos uma costela de tambaqui na brasa para ele. E não me esqueço até hoje o que ele disse pra mim: Deus te abençoe meu filho, muito obrigado", conta Aldenor, lembrando que o papa João Paulo II era um papa diferente e popular. 

 

Outra personalidade que aprovava os sabores do restaurante, era o jornalista Phelippe Daou, que além de cliente, foi amigo íntimo de seu Aldenor.

 

Foto: William Costa/Portal Amazônia

 

"O doutor Phelippe era um grande amigo. Aos sábados ele sempre vinha almoçar aqui, nós conversávamos por horas. Ele trazia laranjas e outras frutas do sítio dele pra mim. Me lembro que ele fez questão de me visitar várias vezes quando estive no hospital e só quem visita assim é um amigo de verdade", lembra Aldenor, ressaltando que o prato preferido de doutor Phelippe eram as bistecas de tambaqui. 

 

De legado do patriarca da família Daou, os empresários Cláudia Daou Paixão e Silva e Phelippe Daou Jr., guardam na memória os vários almoços em que estiveram reunidos, junto com o pai, no Canto da Peixada.

 

"Papai sempre vinha aqui, e fazia questão de trazer além da família, as pessoas de fora para apresentar nossa cultura regional", conta Claúdia. Já  Phelippe Jr., ressalta que o restaurante é um ambiente democrático e de uma excelente comida regional.

"Parabenizo o seu Aldenor pelos 45 anos de existência desse extraordinário restaurante, nesse ramo tão difícil. Aqui, além de uma comida regional maravilhosa, é um local agradável, e de encontro de amigos, como nossa amizade sincera seu Aldenor", disse. 

 

 

Foto: William Costa/Portal Amazônia

 

O taxista Charles Reis é um dos clientes fiéis e faz questão de levar e apresentar o Canto da Peixada para os turistas. "Eu trabalho fazendo o itinerário saindo do aeroporto, e sempre que o turista me pede indicação de comida regional, eu apresento esse restaurante, pois sei que é o pioneiro, tem um bom atendimento, e as pessoas sempre ficam encantadas e satisfeitas", conta.

 

Foto: William Costa/Portal Amazônia

 

 

 

 

 

 

 

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Comentários: 1

PEDRO Procópio em Domingo, 16 Janeiro 2022 14:31

Oi, eu tive a honra de fazer parte da história da vida do papa à Manaus em 1980, meu nome é Pedro Procópio eu era Polícial na época, lotado na extinta rádio patrulha, foi eu que fui buscar o jantar do papa com seu Aldenor dono do canto da peixada, foi requisitado uma viatura e foi justamente a minha viatura, eu fui junto com seu Aldenor pegar o jantar do papa. Lembro muito bem que quando o seu Aldenor entrou na viatura que sai na primeira, soqueando a viatura derramou o caldo no paletó do seu Aldenor e ele disse: não tem problema, segue viagem...

Oi, eu tive a honra de fazer parte da história da vida do papa à Manaus em 1980, meu nome é Pedro Procópio eu era Polícial na época, lotado na extinta rádio patrulha, foi eu que fui buscar o jantar do papa com seu Aldenor dono do canto da peixada, foi requisitado uma viatura e foi justamente a minha viatura, eu fui junto com seu Aldenor pegar o jantar do papa. Lembro muito bem que quando o seu Aldenor entrou na viatura que sai na primeira, soqueando a viatura derramou o caldo no paletó do seu Aldenor e ele disse: não tem problema, segue viagem...
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