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Domingo, 05 Mai 2024

Diretor do Iranduba destaca evolução profissional de jogadoras do Amazonas

MANAUS - A ascensão meteórica do Iranduba elevou o status do futebol feminino do Amazonas. É algo novo não apenas para os torcedores, como também para as jogadoras amazonenses. Isto forçou uma mudança de comportamento além do campo. Afinal, diante de um projeto de alto rendimento, a profissionalização é indispensável.
Nilda (à esq.) é uma das amazonenses que compõem o atual plantel do Iranduba. Foto: Marcos Dantas/GloboEsporte-AM
Assim como na maior parte do Brasil, o futebol feminino no Amazonas sempre foi amador. Mas o sucesso no Campeonato Brasileiro Feminino está ajudando as meninas amazonenses do Iranduba a absorverem uma nova cultura. Pelo menos é o que observa o diretor de futebol do 'Hulk', Lauro Tentardini. "A qualidade técnica delas [jogadoras amazonenses] é excelente", inicia Tentardini. "O que precisa acontecer é essas meninas criarem uma identidade mais profissional. Por exemplo, elas treinavam apenas um turno, agora treinam em dois", explicou o dirigente em entrevista à rádio CBN Amazônia.
Também sempre foi comum a presença de jogadoras amazonenses em competições amadoras, seja de campo ou salão, sem a menor satisfação para os respectivos clubes. Tentardini reprova. "É algo importante para a cultura local, mas não é importante para um time que disputa Campeonato Brasileiro. Precisamos das jogadoras inteiras, descansadas e focadas no treino e nos jogos", ponderou.
Um destes exemplos é a defensora Ivanilza 'Craque', figura conhecida em torneios locais de futsal. Ivanilza até iniciou a temporada no reformulado time do Hulk, mas recentemente pediu dispensa do clube. "Ela está com um problema pessoal em Itacoatiara. É uma pena. Perdemos uma boa jogadora, mas vida que segue", afirmou Tentardini.
Craque saiu, mas outras amazonenses seguem na equipe. São os casos da volante Nilda e das atacantes Paulinha (recém-contratada do Manaus FC) e Deise, além da lateral Ju, nascida no Acre e desde 2015 no plantel do Iranduba.
Com diversos reforços de expressão nacional, o Iranduba adquiriu jogadoras que seguem a filosofia do profissionalismo prezado por Lauro. Apesar do 'choque' cultural, as jogadoras do Amazonas e das outras regiões rapidamente criaram uma química. "Elas [amazonenses] têm muita qualidade. A gente veio pra somar. Conseguimos o primeiro passo, que foi a classificação, e a gente se fechou. Estamos com o mesmo propósito e vamos seguir assim até o final", disse a zagueira Sorriso, ex-Kindermann e titular da defesa do Iranduba, à CBN.De olho na Copa Rede Amazônica
Apesar da observação sobre os torneios amadores, Lauro enxerga um deles com potencial: a Copa Rede Amazônica de Futsal. É de lá que o dirigente revelou ao Portal Amazônia que pretende captar jovens que integrem a equipe no Campeonato Brasileiro Sub-20. Caso isso aconteça, naturalmente elas terão que se dedicar integralmente ao Iranduba, como preza o dirigente.

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Segunda, 06 Mai 2024

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