Manaus 30º • Nublado
Sexta, 26 Abril 2024

Tocantins e Maranhão registram casos suspeitos de microcefalia causados pelo Zika

MANAUS - Tocantins e Maranhão são os Estados da Amazônia com casos suspeitos de microcefalia relacionados ao vírus Zika. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (30), pelo Ministério da Saúde (MS), no informe epidemiológico sobre microcefalia. Até 28 de novembro de 2015, foram notificados 1.248 casos suspeitos da doença, identificados em 311 municípios de 14 unidades da federação. Ainda não é possível ter certeza sobre a causa do aumento de casos de microcefalia.O estado de Pernambuco registra o maior número de casos (646), sendo o primeiro a identificar aumento de microcefalia em sua região. O estado conta com o acompanhamento de equipe do Ministério da Saúde desde o dia 22 de outubro. Em seguida, estão os estados de Paraíba (248), Rio Grande do Norte (79), Sergipe (77), Alagoas (59), Bahia (37), Piauí (36), Ceará (25), Rio de Janeiro (13), Tocantins (12) Maranhão (12), Goiás (2), Mato Grosso do Sul (1) e Distrito Federal (1).Desde o surgimento dos casos, o Ministério da saúde tem enviado às secretarias estaduais de saúde orientações sobre o processo de notificação, vigilância e assistência às gestantes e aos bebês acometidos pela microcefalia. Essas informações serão constantemente atualizadas.O Laboratório de Flavivírus do Instituto Oswaldo Cruz da Fiocruz, no Rio de Janeiro, participa das investigações e concluiu, no dia 17 de novembro, diagnósticos que constataram a presença do genoma do vírus Zika em amostras de duas gestantes da Paraíba, cujos fetos foram confirmados com microcefalia através de exames de ultrassonografia. O material genético (RNA) do vírus foi detectado em amostras de líquido amniótico, com o uso da técnica de RT-PCR em tempo real.O MS intensificou o acompanhamento da situação, de forma prioritária, e divulgará orientações para rede pública e para a população, conforme os resultados das investigações. Equipes do Ministério da Saúde estão ajudando os estados nas investigações.Óbitos
As primeiras mortes relacionadas ao vírus zika no Mundo foram registradas no Maranhão e no Pará. O diagnóstico foi confirmado pelo Instituto Evandro Chagas (IEC), sediado na capital paraense, Belém.O primeiro caso é de um homem com histórico de lúpus, uma doença autoimune, e de uso crônico de medicamentos corticoides, morador de São Luís, no Maranhão. Ele faleceu em junho e as amostras de sangue e fragmentos de vísceras (cérebro, fígado, baço, rim, pulmão e coração) foram enviadas ao IEC em julho. O resultado só saiu em novembro devido a dificuldade em separar o vírus e o sangue da vítima. O exame laboratorial apresentou resultado negativo para dengue e foi detectado o genoma do vírus zika no sangue e vísceras.O segundo caso é de uma menina de 16 anos, do município de Benevides, no Pará, que veio a óbito no final de outubro. Com suspeita inicial de dengue, notificada em 6 de outubro, ela apresentou dor de cabeça, náuseas e petéquias (pontos vermelhos na pele e mucosas). A coleta de sangue foi realizada sete dias após o início dos sintomas, em 29 de setembro. O teste foi positivo para zika, confirmado e repetido.O Ministério da Saúde diz estar se aprofundando na análise dos casos, além de acompanhar outras análises que vem sendo conduzidas pelos seus órgãos de pesquisa e análise laboratorial. Ainda segundo o órgão de saúde, o protocolo inicial para o atendimento de possível agravamento da zika será o mesmo utilizado para situações mais graves de dengue. Casos de ZikaAté a última terça-feira (24), 18 Estados tinham casos confirmados do vírus. Roraima, Pará, Amazonas, Roraima, Tocantins, Maranhão e Mato Grosso. Além da Amazônia, há casos em Paraná, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo.*Com informações do Ministério da Saúde

Veja mais notícias sobre Cidades.

 

Comentários:

Nenhum comentário feito ainda. Seja o primeiro a enviar um comentário
Visitante
Sexta, 26 Abril 2024

Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://portalamazonia.com/