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Domingo, 05 Mai 2024

Exportações do Amazonas caem 26,25%

Exportações do Amazonas caem 26,25%
As exportações do Amazonas mantiveram índices negativos no mês de outubro com vendas de US$484,5 milhões e queda de 26,25% em relação a igual período de 2015. Dentre a lista dos cinco principais compradores do Estado, apenas a Colômbia apresentou crescimento de 29,94% nas comercializações, volume impulsionado pelas vendas de concentrados para bebidas. Para os empresários, o baixo desempenho comercial é reflexo da crise econômica internacional. Porém, eles acreditam em melhores resultados nos próximos meses devido às demandas de final de ano.

Conforme os números da balança comercial amazonense divulgados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), a Argentina, principal comprador do Estado, teve redução de 27,13% nas compras; a Venezuela manteve queda expressiva de 55,94%; os Estados Unidos também tiveram queda com 28,99%; e o México, com diminuição de 23,92%.

De acordo com o gerente executivo do Centro Internacional de Negócios do Amazonas (CIN-AM) departamento da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), José Marcelo Lima, a Argentina apresenta baixa demanda e tenta se reerguer economicamente. Ele explica que o país sofre reflexos decorrentes da crise econômica internacional.

Lima também ressalta que a Venezuela enfrenta problemas econômicos sérios e que atualmente precisa importar até alimentos do Estado de Roraima. O governo venezuelano também tenta comprar produtos do comércio da capital amazonense. Mas, os empresários locais se recusam a negociar temendo o descumprimento nos pagamentos.

“A Venezuela enfrenta uma crise séria e consequentemente deixou de importar. A classe empresarial não quer fechar acordos com os venezuelanos com insegurança quanto aos pagamentos. Estava previsto para recebermos os empresários argentinos no final deste mês. Mas os empresários de Manaus negaram interesse em negociações e pediram para postergar o encontro para o primeiro semestre de 2017”, disse.

Quanto aos Estados Unidos, Lima avalia que por conta das eleições presidenciais os empresários mantêm cautela nos investimentos no aguardo da resolução quanto à estrutura do mercado. Conforme o gerente, o crescimento nas exportações para a Colômbia é justificado pela comercialização de concentrados para bebidas. Ele explica que anteriormente, a exportação acontecia principalmente para a Venezuela e que agora, países como Uruguai e Paraguai também adquirem o produto do Amazonas.

“Acreditamos em melhores números da balança comercial amazonense nos próximos meses devido às demandas de final de ano. Registramos crescimento na emissão de certificados de exportação”, comenta Lima. Além da Colômbia, outros países que também registraram crescimento nas compras de produtos amazonenses foram: a China (106,72%), Paraguai (11,45%), Uruguai (64,86%).

A titular da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), Rebecca Garcia, ressalta que neste ano a economia da Colômbia se fortaleceu, o que contribui para que o país compre mais de estrangeiros. Rebecca ainda citou que a China mantém um avanço expressivo nas comercializações em decorrência do mineral tântalo, utilizado na produção industrial. “Acreditamos que os números devem crescer nos próximos meses. O trabalho tem sido feito para melhorar os resultados junto aos demais países”, disse.
Produtos

Entre os principais produtos exportados a partir do Amazonas, outras preparações para elaboração de bebidas registraram queda de 33,29%, com vendas de US$ 157,8 milhões. Em 2015 esse valor foi de US$ 236,6 milhões.

O setor de duas rodas também vendeu menos motocicletas médias, entre 125 e 250 cilindradas. Nesse item, a queda foi de 24,82%. Mas o segmento recuperou o fôlego nas exportações de motos menores, de até 125 cilindradas, cujas exportações cresceram 58,48%.

Balança tem superavit de US$ 320 milhões

A balança comercial brasileira registrou superavit de US$ 320 milhões na primeira semana de novembro, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (7) pelo Mdic). Entre os dias 1º e 6 deste mês, as exportações somaram US$ 2,206 bilhões, e as importações, US$ 1,886 bilhão. Em outubro, o saldo comercial foi positivo em US$ 2,346 bilhões.

A média diária de exportações na primeira semana de novembro foi de US$ 735,3 milhões, uma alta de 6,5% em comparação com a média de embarques por dia útil do mesmo mês do ano passado, de US$ 690,3 milhões.

Nas importações, a média por dia na primeira semana deste mês foi de US$ 628,5 milhões, redução de 0,3% em relação à média de compras de novembro de 2015, que foi de US$ 630,4 milhões. No acumulado do ano, o superavit comercial é de US$ 38,845 bilhões, resultado de exportações de US$ 155,293 bilhões e importações de US$ 116,448 bilhões.

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Segunda, 06 Mai 2024

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