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Domingo, 05 Mai 2024

Vendas no comércio do Amazonas caem 7,3%, aponta IBGE



MANAUS
- O comércio do Amazonas encerrou o mês de dezembro de 2015 com redução de 10% no faturamento em relação ao mesmo período de 2014. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), durante todo o ano o volume de vendas foi negativo, enquanto o acumulado de 2015 registrou redução de 7,3%, considerado como o pior desempenho dos últimos 15 anos. Para os empresários e economistas, os resultados negativos são reflexos da crise econômica nacional.Conforme o IBGE, a receita nominal de vendas fechou o mês de dezembro com queda de 1,1% em relação a igual mês de 2014. Por não sofrer a influência da inflação em seu cálculo, fechou o ano de 2015 com 0,1%. O desempenho do comércio amazonense já dava sinais de desaquecimento desde 2014 quando fechou o ano próximo de zero (0,3%).De acordo com o presidente da Associação Comercial do Amazonas (ACA), Ismael Bicharra, a atividade comercial no Estado começou a sofrer o impacto do mau desempenho econômico nacional em 2014, na época de realização dos jogos da Copa do Mundo. Bicharra comenta que o comércio, assim como a indústria, apostou em investimentos para o período da Copa. Porém, as expectativas foram frustradas. A partir deste período, ele afirma que não houve recuperação.“Já estávamos em crise desde 2013, mas o comércio vinha se sustentando com crescimento muito baixo. Houve uma grande expectativa com a realização da Copa do mundo, mas as empresas começaram a sentir queda nas vendas a partir do segundo jogo. A queda foi generalizada e não parou mais”, disse.Na avaliação de Bicharra, a solução para a economia nacional está na instituição, por parte do governo federal, de reformas trabalhista e previdenciária. “A partir desse momento poderíamos visualizar alguma luz no final do túnel. Mas, infelizmente os governantes estão preocupados com a manutenção dos seus cargos, enquanto a economia está descontrolada”.O assessor econômico da Fecomércio, José Fernando Pereira, considera que o Brasil enfrenta a pior recessão dos últimos anos, fator que reflete em todos os segmentos. “Vemos a escassez de crédito, a elevação dos juros, o desemprego, a desvalorização do câmbio. Tudo contribui para a queda no volume de vendas”, citou.Conforme os números do IBGE, a receita nominal de vendas do comércio varejista ampliado caiu -7,3% em dezembro culminando com o fechamento anual de -4,8%, isso porque não considera em seu cálculoos efeitos inflacionários. A crise do comércio do Amazonas em 2015 fez com que a perda fosse a pior dos últimos quinze anos, onde todos os meses foram de queda do volume de vendas em relação aos meses do ano anterior. De acordo com a Pnad Contínuado IBGE, de janeiro a setembro de 2015 foram eliminados onze mil postos de trabalho no comércio do Estado.

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