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Sexta, 26 Abril 2024

Com show em Manaus, Leonardo e Eduardo Costa falam sobre Cabaré



MANAUS
- No show, Leonardo e Eduardo Costa deixam de lado suas canções de sucesso para interpretar músicas românticas que embalaram o público nas décadas de 1980 e 1990. Este é o Cabaré: projeto que dá ‘cara nova’ a canções conhecidas nas vozes de Chitãozinho e Xororó, João Mineiro & Marciano, Teodoro & Sampaio, Milionário & José Rico, Reginaldo Rossi, Amado Batista e Waldick Soriano, entre outros. Em entrevista, a ‘quase dupla’ fala da surpresa com a aceitação do DVD –que virou turnê -e garantem: Se não tivesse dado certo, continuariam cantando apenas para os amigos no quintal em Goiânia. A dupla fala de carreira e sobre o projeto que acontece neste fim de semana em Manaus. Confira!
Jornal do Commercio Vocês têm sido muito elogiados, principalmente pela química no palco. Se vocês não tivessem carreiras solo tão consolidadas, dava para arriscar que seriam uma dupla sertaneja? Eduardo Costa – Acho que sim. Nós temos na cabeça que o ‘Cabaré’ é um projeto eterno. É um projeto que a gente pretende nunca mais acabar com ele. Nossa intenção é gravar novos DVDs a cada dois anos. Então o Leonardo vai ter que me dar um ‘dinheirinho’ por um bom tempo. (risos) JC - O Eduardo Costa fez segunda voz na maioria das músicas e surpreendeu positivamente. Você já conhecia esse talento dele, Leonardo?
Leonardo – Já! Quando a gente canta na casa dele, nas ‘farras’ fora de palco, eu saio cantando na primeira e ele faz a segunda. Ele, na verdade, é um cantor nato, recebeu um dom de Deus. Todo mundo sabe da qualidade dele como primeira voz, mas como dupla faz uma segunda voz espetacular. Eu até tentei fazer também, mas preferi deixar para ele que conhece mais do assunto. 
Eduardo Costa – O mais importante é não ter vaidade. Tem cantor que faz questão de fazer a primeira e tentar aparecer de alguma forma. Eu e o Leonardo, graças a Deus somos desprovidos disso. A gente fez da forma que a gente gosta e do jeito que ficou mais bonito.
JC - Qual foi o momento em que vocês definiram mesmo que o projeto sairia do papel?
Eduardo Costa – A gente é vizinho em Goiânia e como sempre estamos juntos, foi natural surgir a ideia. A intenção era fazer um projeto para gente mesmo, pra ter em casa, dar de presente para os amigos. Eu até brinquei com o Leonardo, que se ninguém assistisse a gente guardava em casa para nós dois, apenas.
Leonardo – O projeto começou a se tornar realidade quando eu mudei de gravadora e entrei na Sony, mesma do Eduardo Costa. Eles foram visionários e viram nessa parceria uma grande oportunidade comercial. Parecia que eles tinham certeza do sucesso que ia fazer. Eu, sinceramente, não esperava essa repercussão e esse ‘pipoco’ que está na boca do povo.
JC - E o repertório? Como foi o processo de seleção dos clássicos regravados?
Leonardo – Eu e o Eduardo já nos apresentamos nos mesmos eventos antes, mas cada um com seu show, seu próprio repertório. E sempre o Eduardo me chamava no meio do show dele para cantar aqueles bordões da música sertaneja que a gente gravou no DVD. Era impressionante a reação das pessoas quando a gente puxava esses clássicos, então a gente já sabia o que incluir, né?
Eduardo Costa – Eu lembro que para definir mesmo quais seriam as canções escolhidas, eu peguei um pedaço de papel e uma caneta, sentei com o Leonardo e começamos a escolher. Não podia ser nada muito difícil porque o Leonardo não lembra nem a letra de “Pensa em Mim”, eu também não lembro as minhas (risos). Foi muito natural, porque é o que a gente gosta de cantar fora dos palcos.
JC - Quem assistiu ao DVD viu que vocês bebiam cachaça nos intervalos das canções. Cá entre nós, era pinga mesmo?
Eduardo Costa – A gente fez tudo na brincadeira. Quando eu ia para o ensaio, não ia pensando em trabalhar, ia para me divertir. O mais importante desse DVD é que quando a gente saiu para gravar, nós concordamos que não poderia ser sóbrios. Ia perder completamente a graça ficar cantando de cara limpa, o negócio ali era cantar bêbado mesmo.Leonardo – Olha, se tivesse mais meia hora de gravação ali eu tinha caído no palco (risos).
JC - Em relação a postura de vocês no palco, é possível ver muitas brincadeiras e piadas durante a gravação. Isso foi ensaiado?
Leonardo – Tudo improvisado! O que dava vontade de falar a gente falava. O clima foi mesmo de festa, de estar entre amigos cantando o que a gente gosta. A única coisa nesse DVD que foi realmente ensaiada, foram as músicas. E não precisou de muito não, foram apenas três ensaios gerais antes de gravar, porque a gente se conhece bem e sempre canta junto.
JC - Leonardo, essa foi a primeira vez que você divide o palco com um outro cantor desde o falecimento do seu irmão Leandro. Como foi essa experiência?
Leonardo – Foi muito emocionante. O Eduardo nem sabe disso, mas eu precisei me segurar de verdade enquanto a gente cantava. Toda vez que eu olhava para o lado e via o Eduardo fazendo a segunda voz, eu lembrava do meu irmão. Hoje eu vejo a falta que ele faz na minha vida pessoal e profissional. É muito gostoso cantar em dueto, ter a confiança no seu parceiro e saber que se você deixar a peteca cair, vai ter alguém ao seu lado para dar apoio.
JC - Ao lado do Leandro você fez parte daquela geração incrível com os ‘Amigos’, que foi fundamental para elevar o patamar da música sertaneja no país. Você acha que essa iniciativa sua e do Eduardo, de gravarem um DVD juntos, pode influenciar outros artistas do mercado?
Leonardo – Com toda certeza. A gente já tem ouvido até umas conversas aí de que fulano vai gravar com um, que outro quer gravar com outro. Eu fico muito feliz de que eu e o Eduardo demos esse ‘start’ nesse formato.
JC - Eduardo, você faz questão de destacar que sempre foi muito fã do Leonardo e teve ele como inspiração para sua carreira. Como é dividir o palco com um ídolo?
Eduardo Costa – Não tem palavras para descrever né? Eu sempre fui apaixonado nesse cara (Leonardo), nas músicas dele e na família dele também. Eu ouvia os sucessos dele quando era adolescente e tive o prazer de me tornar amigo. A gente se dá muito bem, ele bêbado, eu bêbado (risos). Essa intimidade que ajudou na decisão de gravar juntos.Serviço
O quê?
Cabaré com Leonardo e Eduardo Costa
Onde?
Pavilhão do Studio 5 (avenida General Rodrigo Otávio, Distrito Industrial) 
Quando?
Sábado (12)
Quanto?
R$ 60 (Pista 1° Lote); R$ 200 (Área Vip 1° Lote/Open Bar)

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