Manaus 30º • Nublado
Sexta, 26 Abril 2024

Familiares, amigos e admiradores se despedem de Milton Cordeiro

Familiares, amigos e admiradores se despedem de Milton Cordeiro
Familiares, amigos e admiradores prestaram uma última homenagem ao jornalista amazonense Milton Cordeiro durante o seu velório, nesta segunda-feira (31), em Manaus. Um dos fundadores do grupo Rede Amazônica, Cordeiro morreu neste domingo (30) em decorrência de uma forte pneumonia. O corpo do jornalista seguirá para Belém, no Pará, onde será cremado.
Amigos, familiares e admiradores de Milton Cordeiro prestaram uma última homenagem ao jornalista durante o seu velório. Foto: Diego Oliveira/Portal Amazônia
Cordeiro era viúvo de Maria Edy Cordeiro, que faleceu em 2014. O casal deixou cinco filhos, 10 netos e cinco bisnetos. Emocionados, os familiares de Cordeiro não saíram de perto do caixão. Segundo, o neto do jornalista, Douglas Júnior, o avô era um exemplo vivo de retidão de caráter. “Tive a honra de tê-lo como avó e poder ver de perto a pessoa que ele era. O importante é que ele era um homem íntegro, excelente profissional e familiar. E a nossa missão é honrar o legado de Milton Cordeiro”, afirmou.

Em 2012, o historiador Abrahim Baze escreveu um livro sobre os 40 anos de fundação da Rede Amazônica. Ele convidou Milton para escrever o prefácio e o jornalista narrou os fatos que marcaram a criação da empresa. “Ele vivenciou toda a história de sucesso da Rede Amazônica. Milton deixa para a posteridade um trabalho de honradez, dedicação e seriedade. Ele era uma pessoa que lutava pelos seus ideais, infelizmente a vida é uma passagem, mas o Milton conseguiu deixar sua marca na comunicação da Amazônia”, destacou Baze. 
Empresas e organizações mandaram coroas de flores para Milton Cordeiro. Foto: Diego Oliveira/Portal Amazônia
O diretor de jornalismo da Rede Amazônica, Luís Augusto Pires Batista, conviveu com Milton Cordeiro durante 11 anos. Ele destacou todo o aprendizado que teve ao lado do vice-presidente de jornalismo da Rede Amazônica. "Ele era uma figura quase sempre presente na redação e fará muita falta para todos. É uma perda irreparável, ele tem uma história magnífica. A gente precisa lembrar do legado que ele deixou para o jornalismo da Amazônia. Apesar dos problemas de saúde, ele fazia questão de acompanhar toda a movimentação da redação", contou.

Para Luís Augusto, a missão do jornalismo da Rede Amazônica é manter a qualidade exigida por Cordeiro. "A gente espera corresponder à altura, com um trabalho ético e combativo, do jeito que ele sempre pregou para nós. O Milton tinha um coração enorme, sempre conversa com todos os jornalistas e gostava de debater as coisas que precisavam de mudanças. Ele nos ensinou a importância do trabalho em equipe", disse o diretor de jornalismo. 
Uma missa foi realizada durante o velório em Manaus. Foto: Diego Oliveira/Portal Amazônia
Personalidades
O deputado federal do Amazonas Pauderney Avelino (DEM), presente no velório, destacou o trabalho realizado pelo vice-presidente de jornalismo da Rede Amazônica. "Eu acompanhei toda a saga que foi para construir a Rede Amazônica. Quantas vezes eu viajava de Brasília para Manaus e precisava trazer uma fica cassete para eles. Esse ano, perdemos dois gigantes da comunicação, Joaquim Margarido e Milton Cordeiro, então rendo aqui as minhas homenagens", afirmou.

Quem também acompanhou a missa em homenagem a Milton Cordeiro foi o senador Eduardo Braga. Ele acredita que a perda do jornalista será sentida, mas seu trabalho permanecerá evidente no Estado. "Eu conheço a família do Milton há anos, infelizmente perdemos mais um profissional da comunicação. Ele foi um homem que trabalhou a vida inteira para que o jornalismo conseguisse atender a toda Região Norte. Vim aqui para prestar minha homenagem para esse jornalista tão querido", declarou.

Pioneiro

Natural de Itacoatiara, Cordeiro formou-se em Direito pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam) em 1963. Alguns anos depois, recebeu o convite dos amigos Phelippe Daou e Joaquim Margarido para participar da criação da Amazônia Publicidade. Já em 1970, o trio criou a Rádio TV do Amazonas que ganhou a concessão de canal tornando-se a emissora do canal 5. Desde o ano 2000 era vice-presidente de jornalismo da Rede Amazônica. 
Foto: Clarissa Bacellar/Portal Amazônia
Para homenagear o trabalho desenvolvido por Milton Cordeiro, a Rede Amazônica criou o Prêmio Milton Cordeiro de Jornalismo, que teve sua primeira edição no dia 29 de novembro de 2012. A competição jornalística escolhe as melhores matérias produzidas no Amazonas, Amapá, Acre, Roraima e Rondônia. Este ano, o evento está marcado para acontecer no dia 11 de novembro, durante o Seminário de Jornalismo na Amazônia.

Veja mais notícias sobre Cidades.

 

Comentários:

Nenhum comentário feito ainda. Seja o primeiro a enviar um comentário
Visitante
Sexta, 26 Abril 2024

Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://portalamazonia.com/