Óbidos respira história, por isso conversamos com o historiador professor Carlos Augusto Vieira, que falou sobre a história da cidade.
Diário de Bordo cap. 23:
Olimpio Guarany, capitão da Expedição
Óbidos é uma das mais antigas cidades da Amazônia. A instalação de um forte no século XVII nos remete ao povoado dos Pauxis, tribo indígena que habitava a região à margem esquerda do Rio Amazonas.
A construção do forte foi recomendada por Pedro Teixeira depois de ter observado em sua passagem pelo local que ali se registrava a parte mais estreita do Rio Amazonas, cerca de 1.600m. Era uma questão estratégica já que os portugueses pretendiam ocupar toda a calha do Amazonas após Teixeira tomar posse dessas terras em nome da coroa portuguesa.
Pelo tratado de Tordesilhas de 1494 essa parte da Amazônia pertencia a Coroa de Castela (Espanha).
Nossos primeiros dois dias em Óbidos foram com chuva, ainda estávamos no inverno amazônico. Iniciamos as gravações no terceiro dia.
Tivemos o privilégio de conhecer a casa da familia de Herculano Inglês de Souza, do século 19. Dispensa dizer que Inglês de Souza foi poeta, escritor e fundador da Academia Brasileira de Letras, sendo o primeiro a ocupar a cadeira 28. À época seu conterrâneo José Veríssimo, também obidense, participou do movimento pela criação da ABL.
Quem nos recebeu na casa foi o atual proprietário, José Raimundo Canto, obidense advogado dos mais renomados do Pará e lutador pela conservação da memória da cidade.
Óbidos é considerada a mais portuguesa da Amazônia, especialmente porque é a cidade que mais preservou seu patrimônio histórico arquitetônico desde século XVII, o que nos deixou impressionados.
Visitamos o Museu Integrado de Óbidos
Encontramo-nos com o jornalista Ronaldo Brasiliense, presidente da Associação Cultural Obidense que administra o Museu. É um apaixonado pela cultura e pela história de sua cidade, mas administra a instituição com dificuldade devido aos parcos recursos. Nossa conversa com Brasiliense foi longe e muito interessante, mas vamos abordá-la no livro e nos documentários para TV.
Óbidos respira história, por isso conversamos também com o historiador professor Carlos Augusto Vieira. Ele falou sobre o Forte Pauxis; da fortaleza Gurjão, na serra da Escama e outros lances interessantes da historia da cidade. Tudo será revelado no material que estamos produzindo para TV, para o livro e Exposição Fotográfica.
Concluídas as gravações em Óbidos, partimos para Oriximiná, no rio Trombetas. Na próxima semana eu conto pra vocês o que anotamos no nosso Diário de Bordo.
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