Refazendo os caminhos por Pedro Teixeira, após sair de Monte Alegre, a expedição chega a cidade de Santarém
Olimpio Guarany, capitão da Expedição
Olá, voltamos com o diário de bordo da Expedição Pedro Teixeira que estamos realizando pelo rio Amazonas, refazendo os caminhos trilhados pelo conquistador da Amazônia, Pedro Teixeira, em 1637-1369. Nossa última coluna registrou a nossa visita ao sítio arqueológico.
Monte Alegre nos deixou impressionados não só pelas suas belezas naturais, mas sobretudo pela sua intrigante história. As pinturas rupestres que registramos no sitio arqueológico que nos remete a mais de 13 mil anos de ocupação e cultura de nossos ancestrais e a economia baseada no setor primário com capacidade de exportar até para a Europa, colocam o município entre os mais atraentes da calha norte do rio Amazonas, no estado do Pará.
A economia de Monte Alegre é baseada na agricultura de minifúndios. Praticamente não existem proprietários de grandes extensões de terras no município. A agricultura familiar é muito forte e o setor primário é a principal fonte de renda dos montealegrenses.
Nos últimos 20 anos a cultura do limão tem atingido níveis extraordinários. Os pequenos produtores são capazes de atender as populações de todo o baixo Amazonas, onde cidades como Santarém tem seu mercado abastecido com produtos oriundos daquele município.
Mas o limão de ganhou uma dimensão maior ao ponto da produção de Monte Alegre atender os mercados de Belém, Manaus e até da Europa.
Partimos de Monte Alegre bem cedo, era aproximadamente 5h30. Saímos na boca do rio Gurupatuba que banha a cidade, uma hora depois. Ao entrarmos no Amazonas o sol já brilhava, mas o rio ainda estava calmo porque ventava pouco.
Nossa perna, agora, é até Santarém. Por volta das 9h os ventos já sopravam a uma velocidade de 15 nós o que permitiu uma boa navegação à vela.
De Monte Alegre a Santarém são 62 milhas, cerca de 120 km. A corredeira do rio Amazonas em determinados trechos é muito forte o que nos obrigou a navegar a motor e à vela.
Por estratégia navegamos sempre pela margem esquerda do rio, onde há mais profundidade e a correnteza é menor. Chegamos na boca do rio Tapará, na ponta da Cecília, por volta das 17h30 quando iniciamos a travessia para Santarém.
Os ventos já estavam calmos o que permitiu uma boa travessia nos mais de 20 km, juntando as águas do rio Amazonas e do Tapajós. É a parte mais larga, em frente a cidade. Quando jogamos a âncora para o fundeio em Santarém o relógio já marcava 20h10.
Na próxima semana vamos mostrar nossos primeiros dias na cidade.
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