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Comunidades indígenas peruanas promovem comercialização de cacau amazônico em Atalaya

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O 7º Festival Provincial do Cacau – Atalaya 2025 reuniu mais de 300 agricultores, 40 organizações de produtores e 15 instituições públicas e privadas para um evento abrangente. Foto: Reprodução/Agência Andina

No VII Festival Provincial do Cacau – Atalaya 2025, dez comunidades indígenas parceiras do Programa Florestal do Ministério do Meio Ambiente (MINAM), no Peru, promoveram a comercialização do cacau amazônico em suas diversas formas: sabugo, feijão, pasta e chocolate.

Entre as comunidades participantes, o Centro Selva Tzipani foi reconhecido com o terceiro lugar pelos melhores grãos de cacau da região, destacando a qualidade do seu produto e o trabalho comunitário que promove o desenvolvimento sustentável.

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Durante a feira, realizada de 17 a 19 de julho, também participaram as comunidades nativas de Puija, Santa Clara – Raymondi, Bajo Aruya, Capajeriato, Nuevo Italia, Nuevo Paraiso, Centro Selva Tzipani, Inkare, Sapani e a Associação PUB de Criadores de Gado de Cebu, expondo, vendendo e promovendo produtos derivados do cacau amazônico, em um dia que reafirma o compromisso da conservação florestal com o desenvolvimento da região de Ucayali.

O festival reuniu mais de 300 agricultores, 40 organizações de produtores e 15 instituições públicas e privadas para um evento abrangente que proporcionou uma oportunidade importante para fortalecer a cadeia de valor do cacau nos níveis regional, nacional e internacional.

Leia também: Origem amazônica do cacau é comprovada por meio de DNA e revela forte rede de comércio pré-colombiana

Durante o evento, os integrantes do Programa Florestal do Minam tiveram a oportunidade de se conectar com potenciais compradores nacionais e internacionais, destacando seus conhecimentos sobre sua origem, rastreabilidade e conformidade com as salvaguardas socioambientais — elementos-chave que garantem um produto de qualidade e livre de desmatamento.

Foto: Reprodução/Agência Andina

As dez comunidades participantes estão entre as 151 comunidades beneficiadas pelos planos de negócios sustentáveis promovidos pelo Programa Florestal, em parceria com o Fundo de Investimento Florestal (FIP – Peru).

Esta intervenção destinou mais de R$ 70 milhões (convertido da moeda local) entre 2024 e 2025, com o apoio do Banco Mundial e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), contribuindo assim para a conservação de aproximadamente um milhão de hectares de florestas amazônicas e o desenvolvimento econômico de mais de 3.800 pessoas.

Em Atalaya, mais de 50 comunidades e pequenos usuários florestais recebem apoio para implementar planos de negócios, comprometidos em conservar mais de 400.000 hectares de floresta, principalmente por meio da produção de cacau.

*Com informações da Agência Andina

Artigo científico sobre luta de mulheres artesãs no Amapá é selecionado por revista nacional

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Mulheres que produzem artesanato foram foco da pesquisa registrada no artigo científico. Foto: Reprodução/Governo do Amapá

Com o título ‘Memórias das lutas de mulheres do campo no Amapá’, o artigo científico da estudante do curso de História da Universidade Federal do Amapá (Unifap), Cecília Maíra Lima, de 23 anos, foi selecionado para publicação na revista da Associação Nacional dos Pós-graduandos (ANPG).

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A ANPG é a entidade máxima de representação dos pós-graduandos no Brasil. A associação atua na defesa dos direitos dos estudantes de mestrado e doutorado.

O trabalho é fruto da iniciação científica da jovem do 8º período de graduação com orientação da professora Ana Cristina Maues. A ideia do tema surgiu a partir de um projeto da Unifap que uniu geografia, sociologia e história, intitulado de ‘Mapeamento da Violência de Gênero’.

A pesquisa detalha sobre a prática ancestral da produção de artesanato como forma de resistência e empoderamento de mulheres, reforçando que essa prática ajuda a sustentar famílias tradicionais de regiões mais afastadas da capital amapaense.

Leia também: Em ritual de povo indígena, mulheres só se tornam artesãs após primeiro ciclo menstrual

Cecília Maíra Lima teve o artigo científico selecionado para publicação nacional. Foto: Cecília Maíra Lima/Acervo pessoal

A estudante explica que, por meio da obra, buscou retratar a Amazônia amapaense pelo olhar das mulheres.

“Na construção da Universidade Popular é indispensável olhar para as populações historicamente subalternizadas, e são essas que justamente eu coloco no centro das minhas pesquisas. E como mulher amazônica que sou, eu carrego orgulho e a responsabilidade de levar a voz do meu povo, das nossas vivências e saberes para os espaços de decisão e construção coletiva, para disputar assim o presente e construir o futuro”, afirmou Cecília.

A conquista para a seleção da publicação veio por etapas: a primeira fase foi o envio do trabalho para o evento; após isso, a segunda etapa foi a apresentação para a banca avaliadora da ANPG, na Universidade Federal de Goiás (UFG). O trabalho foi premiado entre os três apresentados.

Ao falar da conquista, Cecília destaca a importância da revista no meio acadêmico. Segundo ela, a publicação do trabalho reforça a importância da universidade pública: “Eu me sinto profundamente honrada em representar o extremo Norte do Brasil em um espaço tão significativo”.

*Por Mariana Ferreira, da Rede Amazônica AP

Cinema de celular e sustentabilidade: Cine ODS encerra ciclo com filmes que dão voz para a periferia amazônica

Foto: Divulgação

Com celulares na mão e histórias reais na cabeça, moradores do bairro Santo Antônio em Manaus (AM) produzem curtas sobre meio ambiente, ancestralidade e futuro possível. Entre os dias 21 e 26 de julho, a Paróquia da Igreja de Santo Antônio, no bairro Santo Antônio, Zona Oeste da capital amazonense, foi palco da segunda e última oficina do Projeto Cine ODS, idealizado e coordenado pelo cineasta Anderson Mendes.

Leia também: Cine ODS transforma realidade em cinema na Zona Norte de Manaus

A ação reuniu 20 participantes, entre jovens, mulheres e idosos, que criaram cinco curtas-metragens com forte apelo social e ambiental, a partir de histórias reais da comunidade. Os filmes — “Monstro”, “O lixo invisível”, “E se o futuro te ligar?”, “O canto que parou” e “A cor do mundo que queremos” — abordam a relação humana com o lixo, a urgência das mudanças climáticas e a importância do engajamento coletivo em prol do meio ambiente.

Durante 20 horas de atividades, os participantes vivenciaram todas as etapas de uma produção cinematográfica, incluindo roteiro, produção, arte, figurino, técnicas de teatro, gravação, operação de câmera e edição — tudo realizado com o uso de celulares.

“É com muita alegria que encerramos o ciclo de oficinas do Cine ODS com a certeza de que o cinema pode ser ferramenta de transformação social. Em cada curta, vemos não apenas o aprendizado técnico, mas a expressão de vozes que por vezes não têm espaço. Foram dias intensos, criativos e emocionantes. O projeto cumpriu seu objetivo de estimular o pensamento crítico, a educação ambiental e a participação ativa da comunidade”, destacou o coordenador Anderson Mendes.

Foto: Divulgação

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Um dos grandes destaques desta edição foi Ismael Tariano Moreira, escritor e produtor cultural indígena de 66 anos, que dirigiu seu primeiro curta-metragem — “O canto que parou” — todo falado na língua Tukano. “Fazer esse filme foi um ato de resistência e memória. Foi a primeira vez que usei o audiovisual para contar uma história do meu povo. Fiquei muito feliz por ter esse espaço. A língua é a alma da cultura, e poder ouvi-la no cinema é muito importante”, declarou Ismael.

Já a jovem Bárbara Sophia, de apenas 14 anos, escreveu e dirigiu o curta “E se o futuro te ligar?”, que mistura ficção e crítica ambiental.

“Eu aprendi muito durante essa semana. Nunca imaginei que poderia escrever um roteiro, dirigir e ver minha ideia virar um filme. Agora eu sei que posso contar histórias que fazem pensar, e quero continuar”, afirmou entusiasmada.

Foto: Divulgação

A mostra de encerramento, realizada no dia 26 de julho, foi um momento especial. Reuniu moradores da comunidade, familiares, alunos e convidados para a exibição dos curtas produzidos na oficina, com presença e comentários dos cineastas Jorgemar Monteiro e do diretor de fotografia Alexandre Pinheiro. “Fiquei impressionado com a sensibilidade dos roteiros e a força das atuações. Tem muito potencial artístico aqui”, elogiou Jorgemar Monteiro.

“Esses filmes revelam uma estética própria, marcada por afeto, crítica social e conexão com o território. Isso é cinema de verdade”, completou Alexandre Pinheiro.

Além dos filmes da oficina, o público assistiu também a produções amazônicas contemporâneas, como “DASILVA DASELVA” (de Anderson Mendes), “Solo verde – Um faroeste caboclo” (da Branca3 Filmes) e “Fantasmas na Floresta” (de Manoel Castro Júnior).

Todos os participantes receberam certificados ao final da mostra, celebrando o encerramento de um ciclo que despertou novos olhares para o audiovisual e para os desafios socioambientais do presente. A equipe de educadores foi formada por profissionais com décadas de experiência no audiovisual e nas artes: “Trabalhar com os alunos foi muito inspirador. Vi jovens se descobrindo como artistas, comunicadores e cidadãos conscientes”, destacou a psicóloga e atriz Keylla Gomes.

“A oficina foi um espaço de troca de saberes. Histórias locais, de mulheres e povos originários, foram valorizadas e transformadas em obras de impacto”, reforçou a historiadora e produtora cultural Francy Junior.

Foto: Divulgação

Leia também: Documentários mostram como indígenas atuam na preservação ambiental da Amazônia

“A comunicação popular tem um poder imenso. Fico feliz de ter contribuído para que essas vozes chegassem mais longe”, pontuou o jornalista e radialista Adailton Santos.

Os nove filmes produzidos nas duas oficinas do Cine ODS já estão disponíveis:

CINE ODS é um projeto contemplado pela Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura, por meio do Conselho Municipal de Cultura – CONCULTURA, Manauscult, Prefeitura de Manaus, Ministério da Cultura e Governo Federal. Conta com apoio institucional da comunidade São Paulo Apóstolo, Paróquia Santo Antônio / Arquidiocese, Fundação Rede Amazônica, Movimento das Mulheres Negras da Floresta – Dandara, Ykamiabas Produções, Mk Produções, Branca3 Filmes e Feitoza Mídias.

Gaiolas para a liberdade

Por Julio Sampaio de Andrade – juliosampaio@consultoriaresultado.com.br

Mestre Zu cuidava da formação de um grupo de jovens seminaristas que se preparavam para o sacerdócio, uma vida de abnegação e de disciplina. Quando chegavam ao mosteiro já tinham passado por outros estágios de formação e ultrapassado obstáculos incomuns para a maioria dos jovens da mesma idade. A rotina incluía serviços para o próprio mosteiro, estudos filosóficos e trabalhos que demonstravam a capacidade de cada de um em refletir e compreender os escritos sagrados. Abordagens diferenciadas sobre estes escritos eram bem-vindas, mas não eram comuns, mesmo sendo textos repletos de simbolismos. Eles permitiam que a partir de escritos, aparentemente simples, fossem percebidas mensagens profundas a respeito da vida e do universo.

Hari se destacava entre os seminaristas, para o bem e para o mal. Para o mal, pela dificuldade de cumprir as suas obrigações básicas. Tinha dificuldade de acordar, atrasava nas tarefas e parecia estar sempre atrasado, sempre devendo. Às vezes, apresentava-se ofegante, como se o tempo fosse insuficiente para tudo o que precisava fazer.

Hari se destacava para o bem pela sua capacidade interpretativa e por fazer links de textos milenares com situações do cotidiano do século XX, inclusive de empresas, onde vivenciara alguma experiência antes de ingressar no seminário. Também para situações de família, de relacionamentos ou mesmo políticas. Tudo demonstrava que ele seria um grande líder e orientador, mas antes, precisaria ser capaz de administrar a si mesmo, especialmente, o próprio tempo.

Em um dos encontros de perguntas e respostas, quando Mestre Zu reunia todo o grupo e tentava esclarecer dúvidas, trazer informações e trabalhar o ponto que cada um precisava aprimorar, recebeu um questionamento de Tenkuo, sob o qual estava bastante reflexivo:

— Mestre Zu, a coisa que mais quero na vida é ser livre e fazer usar o meu livre-arbítrio para fazer do meu tempo, o que eu quiser. Como posso conseguir isso?

Mestre Zu não teve dúvidas e respondeu sem precisar refletir muito.

— É uma pergunta profunda, Hari, mas a resposta é simples. Arranje uma boa gaiola e viva livre dentro dela, decidindo como aplicar o seu tempo, que é mais do que dinheiro, é vida.

Em seguida, acrescentou:

— Você entendeu bem?

— Sim, Mestre, entendi muito bem. Só podemos exercer a liberdade, dentro de limites, como de uma gaiola. Alguns limites nos são impostos, mas outros, como no caso do nosso tempo, podemos nós mesmos estabelecermos espaços, maiores ou menores, e dentro destes espaços, sermos livres para vivenciá-los.

Passaram-se os anos e Hari, agora um Mestre, tornou-se um grande orientador no que chamaríamos de gestão de tempo, e que eu prefiro denominar como relacionamento com o tempo. Ele conta esta história com frequência e uma de suas lições principais é: defina o que importante; descarte o que não for; estabeleça blocos de tempo para cada coisa; vivencie cem por cento aquele tempo, livre de qualquer ansiedade, estando pleno naquele lugar, naquela gaiola.

Viver cem por cento o presente é cada vez mais difícil e o trabalho autônomo e o home office, por exemplo, podem misturar ainda mais as coisas: trabalho, vida familiar, problemas pessoais, tudo no mesmo local e tempo, sem delimitações. Tenho visto muitos se perderem com esta suposta liberdade. Para sermos livres, precisamos, nós mesmos, estabelecermos as nossas gaiolas de tempo, não uma, mas várias. Cada coisa no seu tempo e no seu lugar. Isto também construir felicidade conscientemente.

E você? Está conseguindo criar as suas gaiolas para liberdade?

Sobre o autor

Julio Sampaio (PCC,ICF) é idealizador do MCI – Mentoring Coaching Institute, diretor da Resultado Consultoria, Mentoring e Coaching e autor do livro Felicidade, Pessoas e Empresas (Editora Ponto Vital). Texto publicado no Portal Amazônia e no https://mcinstitute.com.br/blog/.

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista

Assembleia Legislativa intensifica atuação para proteger população atingida pela cheia no Amazonas

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Foto: Hudson Fonseca/Aleam

Diante de uma das maiores enchentes dos últimos anos no Estado do Amazonas, que já afetou mais de meio milhão de pessoas, a Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) desempenha um papel decisivo na articulação de políticas públicas, fiscalização das ações emergenciais e proposição de medidas legislativas para garantir os direitos e a segurança da população atingida.

Segundo boletim divulgado pelo Governo do Estado, por meio do Comitê Permanente de Enfrentamento a Eventos Climáticos e Ambientais, a cheia de 2025 já impactou diretamente 133.711 famílias, cerca de 534.829 pessoas, em 62 municípios. Desses, 42 decretaram Situação de Emergência e 13 estão em Estado de Alerta.

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Parlamentares estaduais têm acompanhado a logística de distribuição de mais de 580 toneladas de cestas básicas, 2.450 caixas d’água de 500 litros, dezenas de milhares de copos de água potável, kits purificadores e estações móveis de tratamento de água, que foram enviadas a dezenas de municípios, entre eles Manicoré, Humaitá, Apuí e São Paulo de Olivença.

Além da fiscalização, a Casa Legislativa tem promovido a aprovação de leis, como a Lei nº 6.376, de 2 de agosto de 2023, que declara de especial interesse estadual as emergências climáticas e de o combate ao racismo ambiental.

De autoria do deputado Carlinhos Bessa (PV), a nova legislação, oriunda do Projeto de Lei (PL) nº 122/2023, estabelece que o Estado do Amazonas deverá implementar medidas estruturantes e permanentes voltadas tanto para a mitigação e adaptação às mudanças climáticas quanto para o enfrentamento das desigualdades socioambientais que afetam, de forma desproporcional, populações historicamente marginalizadas, sobretudo comunidades indígenas, ribeirinhas, quilombolas e periféricas.

O deputado Carlinhos Bessa justificou a necessidade da lei apontando para os impactos reais da ausência de planejamento urbano e ambiental nas áreas mais pobres do estado.

“A falta de drenagem adequada, o acúmulo de chuvas e a ausência de segurança hidráulica em comunidades carentes geram um ciclo perverso de doenças, perdas habitacionais e sobrecarga no sistema de saúde pública. A resposta emergencial, por si só, é insuficiente e custosa ao erário. Precisamos de políticas permanentes”, explicou.

Madeira apreendida

Já a Lei nº 6.360/2023, originada do Projeto de Lei nº 265/2023, do deputado Thiago Abrahim (UB), visa dar um novo destino à madeira de origem ilegal apreendida no âmbito estadual, evitando seu desperdício e convertendo-a em infraestrutura essencial para comunidades ribeirinhas e zonas rurais isoladas, frequentemente impactadas por eventos climáticos extremos, como as enchentes sazonais que assolam o interior do Amazonas.

A norma prevê que parte desse material seja utilizada na construção de pontes e marombas nos municípios afetados pelas cheias dos rios, oferecendo uma alternativa concreta de reaproveitamento de recursos que, muitas vezes, seriam descartados ou perdidos.

Apreensão de madeira ilegal em Terra Indígena na Amazônia. Foto: Felipe Werneck/Acervo Ibama

“Apesar do esforço crescente do poder público no combate à exploração ilegal de madeira, a ausência de diretrizes claras e a burocracia acabam permitindo que toneladas de madeira apreendida se deteriorem sob a ação do tempo ou mesmo sejam extraviadas”, afirmou o deputado.

Fome e sede

Aguardando parecer nas Comissões Técnicas da Assembleia Legislativa, o PL nº 779/2024, de autoria da deputada Mayra Dias (Avante), estabelece diretrizes para a adoção de medidas preventivas de combate à fome e à insegurança hídrica durante os períodos de estiagem e cheia dos rios no estado.

A proposta legislativa busca transformar a lógica de resposta emergencial em uma estratégia de planejamento antecipado e contínuo, com o objetivo de garantir o direito à alimentação e ao acesso à água potável para famílias em situação de pobreza e extrema pobreza, conforme os parâmetros definidos pela Organização das Nações Unidas (ONU).

De acordo com a deputada, as ações preventivas deverão ser planejadas com antecedência, considerando o histórico de impactos das cheias e secas no interior do estado. O objetivo é que, antes mesmo do agravamento das situações climáticas, o Estado esteja preparado com estoques reguladores de alimentos, água potável, medicamentos e outros insumos básicos, bem como com a infraestrutura logística necessária para sua distribuição eficiente.

A deputada Mayra Dias enfatiza que o foco da proposta é romper com a cultura da resposta tardia, substituindo o improviso por um planejamento responsável e humano.

“Quando a seca chega, muitas comunidades simplesmente não têm o que comer nem o que beber. Estamos falando de uma insegurança alimentar e hídrica alarmante, que exige uma atuação proativa do poder público. A fome não pode esperar a decretação de calamidade”, enfatizou.

Saiba quais temas as quadrilhas juninas levaram para o São João no Parque Anauá e quais venceram

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A tradição e a cultura popular são algumas das maiores atrações no São João no Parque Anauá. Prova disso é o Concurso Estadual de Quadrilhas Juninas, que levou 28 agremiações a disputarem o pódio nas categorias Emergente, Acesso e Especial este ano. O evento, realizado pelo Governo de Roraima, contou com o apoio financeiro por meio da Secretaria de Cultura e Turismo (Secult).

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As agremiações que concorreram ao Concurso Estadual de Quadrilhas Juninas no 32° São João no Parque Anauá mostraram que a tradição junina se mantém viva no Norte do país. Com inovação, criatividade e muita alegria, as quadrilhas mostraram que é possível fazer a festa ainda mais grandiosa. Confira os temas deste ano:

Leia também: Você sabe como funciona a avaliação das quadrilhas juninas no São João do Parque Anauá?

Arraial do Anauá 2025

O projeto Arraial do Anauá 2025, realizado pela Rede Amazônica Roraima, com apoio do Governo do Estado de Roraima, tem como objetivo promover a cultura e tradição junina da região com diversas ações pensadas em todos os públicos.

Saiba quem ‘sobe’ e quem ‘desce’ no Concurso de Quadrilhas Juninas de Roraima para 2026

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Foto: Fernando Oliveira/Secom-RR

Após um empate com a Garranchê, a disputa do Concurso de Quadrilhas Juninas de Roraima 2025 só foi decidida com a verificação das notas descartadas, que consolidaram a Eita Junino vencedora do evento realizado pelo Governo de Roraima no São João no Parque Anauá.

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A maior edição do São João no Parque Anauá chegou ao fim após seis dias de intensa programação. No domingo (27), após a premiação, as quadrilhas vencedoras voltaram ao tablado para emocionar o público mais uma vez.

Veja a classificação:

Emergente
1° lugar: Coração Alegre
2° lugar: Coração do Sertão
3° lugar: Beija Flor

Acesso
1° lugar: Coração Caipira
2° lugar: Namoro Caipira
3° lugar: Evolução Junina

Especial
1° lugar: Eita Junino
2° lugar: Garranxê
3° lugar: Amor Caipira

Leia também: Eita Junino vence 1° lugar do grupo Especial no Concurso Estadual de Quadrilhas Juninas no São João no Parque Anauá

Arraial do Anauá 2025

O projeto Arraial do Anauá 2025, realizado pela Rede Amazônica Roraima, com apoio do Governo do Estado de Roraima, tem como objetivo promover a cultura e tradição junina da região com diversas ações pensadas em todos os públicos.

São João no Parque Anauá conquista famílias roraimenses e fortalece cultura e economia

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Foto: Divulgação/Secom-RR

A maior edição do São João no Parque Anauá chegou ao fim após seis dias de intensa programação. Somente no último dia, domingo (27), foram mais de 50 mil pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar. O evento, realizado pelo Governo de Roraima, recebeu cerca de 365 mil pessoas somando todos os dias e gerou mais de R$ 65 milhões na economia local.

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O evento também foi destaque pela segurança, com cerca de 200 policiais em um plano integrado, atuando diariamente e nenhuma ocorrência grave registrada. A festa junina foi mesmo das famílias roraimenses que prestigiaram e afirmam que a experiência foi positiva.

Arraial do Anauá 2025

O projeto Arraial do Anauá 2025, realizado pela Rede Amazônica Roraima, com apoio do Governo do Estado de Roraima, tem como objetivo promover a cultura e tradição junina da região com diversas ações pensadas em todos os públicos.

Onça-pintada é flagrada em área de restauração na Floresta Nacional do Bom Futuro, em Porto Velho

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Onça-pintada (Panthera onca). Foto: Ecoporé

Uma armadilha fotográfica instalada próxima a uma área em processo de restauração ecológica na Floresta Nacional do Bom Futuro, em Rondônia, registrou a presença de uma onça-pintada (Panthera onca). A instalação faz parte das atividades de monitoramento das áreas de restauração do Projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia, realizadas pela Ecoporé em parceria com a Conservação Internacional do Brasil.

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A iniciativa visa acompanhar a resposta da fauna silvestre em áreas sob restauração ativa. Para isso, foi utilizado o protocolo avançado de monitoramento de mamíferos e aves, adaptado do Programa Monitora, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Onça-pintada é flagrada em área de restauração na Floresta Nacional do Bom Futuro
Onça-pintada (Panthera onca). Foto: Ecoporé

O método adota a metodologia do Protocolo Tropical Ecology Assessment & Monitoring Network (TEAM), com instalação de câmeras em pontos distribuídos a cada 2 km². Os equipamentos permanecem no campo por 30 a 40 dias, registrando automaticamente os animais que cruzam seu campo de visão.

A presença de uma onça-pintada é considerada um relevante indicador ecológico, pois se trata de um predador de topo de cadeia alimentar, que depende de áreas extensas e bem conservadas para sobreviver. o registro também contribui para compreender como espécies sensíveis respondem a recuperação de habitats degradados.

Além da onça-pintada, foram documentadas outras espécies classificadas como ameaçadas pela Lista Vermelha da IUCN, como o porco-do-mato-queixada (Tayassu pecari), macaco-aranha (Ateles chamek), anta (Tapirus terrestris), tatu-canastra (Priodontes maximus), tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla), azulona (Tinamus tao), jacamim-de-costas-verdes (Psophia viridis), entre outros.

No Dia Nacional da Conservação da Natureza, comemorado no dia 28 de julho, o registro reforça a importância de restaurar ecossistemas e monitorar sua recuperação como parte dos esforços pela proteção da biodiversidade na Amazônia.

Financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), o Projeto Paisagens Sustentáveis visa contribuir com a restauração e conservação. A iniciativa é implementada pelo Banco Mundial e coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente. A execução é realizada pela Conservação Internacional, Funbio e FGV, em parceria com a Sedam/RO, Emater/RO, ICMBio e outras instituições”.

*Com informações da Ecoporé

Documentários mostram como indígenas atuam na preservação ambiental da Amazônia 

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Projeto de minidocumentários destaca protagonismo indígena na preservação da região. Foto: Divulgação/Iepé

Uma série de documentários mostra como os povos indígenas da Amazônia ajudam na preservação ambiental. O trabalho foi produzido pelo Instituto de Pesquisa e Formação Indígena (Iepé) e pela União Europeia.

A ideia é mostrar que os povos tradicionais sempre atuaram na conservação desses espaços e reforçar que essas práticas devem ser adotadas por toda a sociedade. Participaram da produção dez organizações indígenas nas quais o instituto atua.

Os indígenas são parte da obra tanto como personagens quanto como narradores de parte da série. O documentário mostra que esses povos colocam em prática os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), criados em 2015 pela ONU

Leia também: Abrangência ESG: é possível aplicar todos os ODS em uma empresa?

“Elas [as comunidades] já vivem na sustentabilidade e nós podemos aprender muito com elas. Assistindo esses mini documentários, a gente entende o modo de vida que eles levam, em que tantas cidades buscam esse modo de vida e que nós temos tanto a aprender com os indígenas”, disse Maria Silveira, assessora técnica de comunicação do Iepé. O material está disponível para assistir de forma online AQUI.

Documentários

A produção é fruto do projeto ‘Nossas Terras, Nossas Aldeias: Terras Indígenas do Amapá e Norte do Pará’, iniciativa financiada pela União Europeia em parceria com o Instituto Iepé e organizações indígenas. 

A partir do material, os parceiros buscam formar uma sociedade com mais consciência ambiental. Os produtores destacam que o modo de vida dos indígenas sempre conversou com os aspectos de preservação, devendo ser seguido como uma forma de inspiração. 

A produção quer colocar os povos tradicionais no centro dos debates de políticas públicas ambientais, onde essas pessoas devem ser ouvidas para ajudar na construção dessas ideias. 

“Nós [o Iepé] trabalhamos como os povos indígenas de diferentes regiões com várias linhas de atuação, seja na defesa territorial, cultural, pesquisa, meio ambiente e economia e queremos também a participação dos povos indígenas na construção dessas politicas públicas que é essencial”, disse Maria.

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Cada documentário faz referência a um ou mais Objetivos da ONU. Além da produção, o projeto promoveu a implementação dos Planos de Gestão Territorial e Ambiental (PGTAs) das 10 Terras Indígenas (TIs) em que o Iepé atua no Amapá, norte do Pará e divisas com Roraima e Amazonas.

A região onde o instituto atua é equivalente a 13 milhões de hectares. Os planos destacam como essas comunidades se organizam e suas atividades socioeconômicas. 

Confira os vídeos que compõem a série de documentários:

Proteção Territorial nas Terras Indígenas
ODS 15 – Vida Terrestre – Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres

Segurança Alimentar nas Terras Indígenas
ODS 1 – Erradicação da Pobreza – Erradicar a pobreza extrema para todas as pessoas em todos os lugares
ODS 2 – Fome Zero e Agricultura Sustentável – Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável

Energia Solar nas Terras Indígenas da Amazônia
ODS: 7 – Energia Limpa e Acessível – Assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia para todas e todos

A importância das organizações indígenas
ODS: 16 – Paz, Justiça e Instituições Eficazes – Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis.

*Por Mariana Ferreira, da Rede Amazônica AP