Nesse artigo vou falar sobre vários pontos que podem criar um bom suporte para o(a) profissional ou estudante que busca a sua primeira colocação no mercado.
Como conseguir o primeiro se, praticamente, todas as vagas cobram “experiência na CTPS” ? Você, que busca a primeira oportunidade, já deve ter feito essa pergunta, não é mesmo? Complicado, não? Esse é o paradigma que acompanha o mercado de trabalho na atualidade e que requer estratégias para poder vencê-lo.
Além disso, também existem alguns outros pontos críticos: a dúvida sobre o que pode ser colocado no currículo, como as vagas devem ser buscadas e formas de abordagens a selecionadores(as).
Nesse artigo vou falar sobre vários pontos que podem criar um bom suporte para o(a) profissional ou estudante que busca a sua primeira colocação no mercado.
O que colocar no currículo?
Mesmo que não existam experiências a serem expostas, há alguns fatores do nosso próprio dia-a-dia que podem ser usados para as descrições. Alguns deles são:
– cursos realizados: em cada curso realizado, há um bom leque de informações que podem ser expostas como conhecimentos. Por exemplo: em um curso de assistente financeiro, há itens/disciplinas cursadas como contas a pagar, a receber, fluxo de caixa, notas fiscais, tesouraria e vários outros. Cada item interno do curso como um todo, pode ser usada como uma descrição de conhecimentos. Dessa forma, criamos musculatura na leitura de quem estiver fazendo a análise inicial do currículo.
– participação em voluntariados, projetos ou associações: quando se participa de um projeto social ou voluntariado, muitas atividades são desenvolvidas. Desde a gestão de pessoas através de ações, liderança de grupos até a avaliação de resultados do que foi feito. Sendo assim, se há participação em algum desses fatores, precisamos detalhar ao máximo possível tudo que foi feito. Vamos a um exemplo prático?
Exemplo: João faz parte de um projeto de distribuição de sopão no seu bairro. Se ele for descrever isso como conhecimentos, pode listar fatores como organização de grupo, planejamento, compras, controle financeiro e gestão de comunicação entre membros. Algumas pessoas exercem essas e mais outras atividades, o que também pode ser exposto em um currículo.
– habilidades naturais: você tem algum talento ou talentos desde pequeno(a)? Se sim, eles também podem ser usados para a sua descrição de habilidades no currículo. Desenhar, cantar, uma letra bonita, criar poemas ou cálculos matemáticas rápidos podem ser algumas das habilidades valorizadas pelo mercado de trabalho. Claro que o seu talento pode não estar descrito aqui, entretanto, adapte à sua realidade, detalhe e insira em seu currículo. Para isso, é necessário identificar se essas habilidades são alinhadas com o que pretende seguir profissionalmente.
Onde estão essas vagas?
Normalmente essas não são publicadas em redes sociais, jornais ou outros meios de comunicações. Como são processos seletivos com quantidades menores de vagas, a maioria das empresas opta por realizar o processo seletivo através de indicações, processos internos ou através de instituições como CIEE e IEL.
Na maioria dos casos, processos seletivos para o primeiro emprego ocorrem por meio de bancos de dados. Ou seja, através de captações feitas através de cadastros realizados em sites ou no “Trabalhe Conosco”. Por isso, é fundamental que seja feito um mapeamento de todas as empresas da região que possuem esse item no site para, em seguida, realizar cadastros em larga escala.
Quem devo procurar?
Na maioria dos processos seletivos quem faz a captação de profissionais para o primeiro emprego são assistentes ou analistas de RH. Claro que isso não é regra, podendo também um(a) supervisor(a) ou coordenador(a) ser o responsável por conduzir a atividade. Entretanto, se definirmos um foco para a busca dessas vagas, o ideal é que se procure assistentes e analistas.
A melhor forma de encontrar essas pessoas é através de redes sociais ou até mesmo presencialmente. Fazendo isso, estaremos buscando a fonte primária que pode nos inserir ou não em um processo seletivo. Na forma presencial, podemos ter a ideia de que estaremos sendo inconvenientes, porém, esse é um tipo de pensamento que devemos esquecer de forma absoluta. Não esqueça…. se você visitar uma empresa e o assistente ou analista se sentir incomodado por isso, ainda haverão milhares de outras empresas que você poderá ter uma oportunidade. No final, o importante vai ser a tentativa. Sem tentativa, não há resultado. Tentou e deu certo: ótimo. Tentou e não deu certo: ótimo e #partiu para outra.
Recorra a conhecidos dos seus pais ou familiares
Esse é um tipo de estratégia dificilmente usada por quem busca o primeiro emprego ou quem é estudante. Pais, tios, avós, primos e tantos outros, são grupos que podem ter pessoas em dívidas com eles por algum favor do passado ou até mesmo ter boas ligações de relacionamento com os mesmos. Essas pessoas podem ser profissionais de gestão em empresas e que podem abrir portas para uma primeira experiência.
Para conseguirmos identificar isso, de maneira mais clara, precisamos falar com nossos familiares e criar uma lista de pessoas que podem ter esse poder de contratação. Dessa forma, conseguiremos ter uma visão ampla sobre uma rede de contatos que nem imaginávamos que tínhamos.
E então, vamos começar?
Sobre o autor
Flávio Guimarães é diretor da Guimarães Consultoria, Administrador de Empresas, Especializado em Negócios, Comportamento e Recursos Humanos, Comentarista de Carreira, Emprego e Oportunidade dos Jornais Bom Dia Amazônia e Jornal do Amazonas 1ª Edição, CBN Amazônia, Portal Amazônia e Consultor em Avaliação/Reelaboração Curricular.
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