Ambos são fenômenos atmosféricos caracterizados por uma alteração da temperatura das águas do Oceano Pacífico e causam impactos na região.
Você provavelmente já deve ter ouvido nos noticiários ou na internet sobre os fenômenos com nomes espanhóis um tanto quanto curiosos: El Niño e La Niña. Mas você sabe o que de fato eles são e, principalmente, que fatores ambientais são alterados em decorrência deles?
Em resumo, ambos são fenômenos atmosféricos caracterizados por uma alteração da temperatura das águas do Oceano Pacífico na sua porção equatorial, o que gera diversas consequências em termos climáticos.
Essas consequências podem afetar diretamente as regiões próximas da Linha do Equador, como a Amazônia. Entenda como esses eventos podem afetar a região:
Os fenômenos
Quando ocorre o El Niño, os ventos de superfície na região equatorial, chamados de ‘ventos alísios’, enfraquecem-se e com isso todo Oceano Pacífico Equatorial se torna mais quente, gerando evaporação e formação de nuvens de chuva. Esse fenômeno faz com que a circulação atmosférica mude, alterando os padrões de chuva e temperatura em várias partes do globo.
Já em episódios de La Niña, os ventos de superfície em todo Pacífico Equatorial são mais fortes que o normal causando o resfriamento da maior parte dessa região do oceano. Esse fenômeno, assim como o El Niño, perturba os padrões de circulação atmosférica, modificando a temperatura e a precipitação em várias regiões do mundo.
Impactos
Os impactos dos dois ocorrem em todo o Brasil e são bastante diversificados. Em algumas áreas produz secas extremas, em outras pode provocar chuvas intensas.
Na Amazônia, o El Niño provoca a redução das chuvas no leste e norte da região, aumentando a probabilidade de incêndios florestais. Já no Mato Grosso, Estado que faz parte da Amazônia Legal, não há efeitos pronunciados nas chuvas nem na temperatura.
Por sua vez, o La Niña na Amazônia provoca o aumento na intensidade da estação chuvosa, ocasionando cheias (enchentes) expressivas de alguns rios da região.
Ocorrência
A ocorrência do El Niño é cíclica, mas é difícil prever a sua periodicidade. Sabe-se que esse fenômeno acontece em intervalos de cinco a sete anos em média, geralmente intercalando com o La Niña em períodos que variam de um a dez anos. O El Niño começa no final do ano, entre os meses de setembro a dezembro, e tem duração de até um ano e meio.
Em geral, episódios La Niñas têm frequência de dois a sete anos, todavia tem ocorrido em menor quantidade que o El Niño durante as últimas décadas. Além do mais, os episódios de La Niña tem períodos de aproximadamente nove a 12 meses.