Considerada a cidade mais indígena do Brasil, o município conhecido como “Cabeça do Cachorro” abriga 23 etnias indígenas
O povoamento do Alto Rio Negro tem um de seus primeiros registros em 1657, quando os jesuítas, fundaram na foz do rio Tarumã, um aldeamento de índios. Com a posterior expulsão dos jesuítas da Amazônia, a aldeia ficou abandonada.
Em 1668, o Franciscano Frei Teodósio e o Capitão Pedro da Costa Favela fundam nova povoação à margem do Rio Negro, nas proximidades da foz do rio Aruím. Nos últimos anos do séc. XVII vários outros povoados são criados pelos religiosos que catequizavam os índios.
Por volta de 1695, chegaram os missionários carmelitas ao Rio Negro, onde criaram vários povoados. Em 1760, estabelece-se na região um destacamento militar, que constrói um forte. Forma-se em torno dele uma povoação reconhecida em 1833, com o nome de São Gabriel.
No ano de 1833, no local onde se construiu o Forte de São Gabriel, surgiu pouco mais tarde, a povoação que tomou o mesmo nome de forte e que, foi elevada à sede de Freguesia.
A cidade é considerada um dos maiores potenciais de turismo do Amazonas, por oferecer ótimas condições para prática do ecoturismo, além de ser portal de entrada para quem pretende subir até o Pico da Neblina.
Em São Gabriel, cerca de 90% da população é composta por índios e descendentes, sendo o mais indígena dos municípios brasileiros, com aproximadamente 23 etnias.
São Gabriel é o terceiro maior município brasileiro em extensão territorial. Em 2002, foram reconhecidas como línguas oficiais, além do português, três idiomas indígenas: o nheengatu, o tucano e o baníua, linguas tradicionais faladas pela maioria dos habitantes.