Centro de Ciência de Angola firma parceria com parque zoobotânico no Pará

A parceria do Centro Científico de Luanda (Angola) tem como objetivo de promover o intercâmbio e fortalecer o diálogo técnico entre os órgãos ambientais de diferentes países.

Na última semana, o biólogo do Parque Zoobotânico Mangal das Garças, no Pará, Basílio Guerreiro, visitou as instalações do Centro de Ciência de Luanda, em Angola, a convite da instituição, que demonstrou interesse no trabalho realizado na Reserva José Márcio Ayres apontada como um dos maiores borboletários públicos do Brasil. O profissional trocou experiências e firmou parceria com o centro angolano.

O trabalho realizado pelo núcleo técnico do Mangal das Garças com a reprodução de borboletas chamou a atenção do Centro de Ciência de Luanda, um equipamento vinculado ao Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI).

A visita teve como objetivo promover o intercâmbio e fortalecer o diálogo técnico entre os órgãos ambientais de diferentes países, em se tratando principalmente da troca de experiências sobre o gerenciamento de um borboletário. 

Foto: Reprodução/Agência Pará

Basílio Guerreiro foi recebido por Ana Letícia Fialho, diretora da empresa responsável pela gestão da instituição, além de alguns discentes do curso de biologia, que iniciam os trabalhos no borboletário, os quais expuseram os desafios na gestão e implantação de um borboletário em Angola.

“O Mangal das Garças é referência aqui na América Latina em reprodução de borboletas, então fui convidado a conhecer a instituição em Angola, a qual visitei, reconheci o espaço, identifiquei as vantagens e desvantagens e fiz as comparações com nossa Reserva para indicar em relatório”, conta o biólogo.

No Mangal, que fica na Cidade Velha, em Belém, a Reserva José Márcio Ayres (borboletário) é um dos espaços mais visitados pelos usuários e turistas. A beleza e a diversidade da fauna e flora presentes no espaço, tornam o local referência de laboratório vivo para instituições de pesquisa interessadas na biodiversidade amazônica, titulado também um dos mais importantes da América Latina.

“As duas instituições têm muito a ganhar com essa parceria, tanto na troca de informação, quanto de tecnologia. O Mangal, por ter essa expertise em reprodução de borboletas há tanto tempo, pode aprimorar ainda mais a sua técnica de produção. Lá, eles investiram muito em tecnologia. Para se ter uma ideia, tanto o controle de temperatura, quanto de umidade e iluminação é todo automatizado, de forma que, quando o tempo muda os sensores são acionados e o clima dentro do borboletário é modificado conforme a necessidade do ambiente”, 

detalha Guerreiro.

Parceria 

Como próximo passo da parceria, as instituições se comprometeram a dar continuidade com o intercâmbio de informações, que inclui novas visitas de profissionais do Mangal das Garças ao Centro de Ciência de Luanda, bem como a recepção de alunos da instituição angolana ao Parque Zoobotânico, no Pará.

Para o biólogo, os ganhos vão muito além das melhorias na reprodução de borboletas. “Para além da troca de experiências, temos ganhos científicos de alto valor em intercambiar conhecimentos, já que pretendemos levar alunos do Brasil à Angola e vice-versa, e com isso teremos um aumento no número de pesquisas, o que vai aprimorar a ciência de ambos países”, finaliza Basílio. 

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