Vila Limeira, no Amazonas, usa energia solar. Foto: Jenifer Veloso/Charles Stewart Mott Foundation
Um estudo divulgado em maio aponta que a energia solar com baterias pode reduzir o custo da eletricidade em comunidades da Amazônia Legal. De acordo com o levantamento, a redução pode chegar a 44%. A análise mostra que esses resultados podem ser alcançados ao substituir os atuais geradores a diesel por sistemas solares com baterias.
O levantamento ‘Descarbonização dos Sistemas Isolados na Amazônia’ (veja o arquivo no final da matéria) foi encomendado pela Frente Nacional dos Consumidores de Energia, que congrega diversas organizações de todos os segmentos de consumo de energia no Brasil.
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Ele indica que, em áreas remotas da Amazônia, famílias chegam a gastar até R$ 900 por mês para ter eletricidade com geradores a diesel, que operam apenas de 6 a 8 horas por dia.
Experiências identificadas no Estudo mostram que sistemas solares independentes e de pequena escala, mais eficientes e com menores custos operacionais, podem ser uma solução viável para a descarbonização da energia na região amazônica.
Ainda segundo a análise, embora exija um investimento inicial mais elevado, a energia solar torna-se economicamente mais vantajosa por dispensar gastos recorrentes com combustível; e oferecer retorno contínuo após a instalação.
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O uso combinado de baterias permite que os consumidores tenham energia elétrica disponível 24 horas por dia. O estudo reforça que, além do impacto positivo para o meio ambiente e a economia no bolso, a ausência de fornecimento contínuo de energia impede que adultos trabalhem em casa; que jovens e crianças estudem à noite; que alimentos sejam refrigerados adequadamente ou que pequenos negócios prosperem.
Atualmente, cerca de 4 milhões de brasileiros vivem sem acesso de qualidade à energia elétrica – 2,7 milhões deles residentes nos chamados SISOL, que são Sistemas Isolados fora da malha do Sistema Interligado Nacional. Nessas regiões, o fornecimento é feito quase exclusivamente por geradores a diesel.
*Com informações da Rádio Agência Nacional e Frente Nacional dos Consumidores de Energia