Desintrusão na Terra Indígena Munduruku, no Pará, impõe prejuízos ao garimpo ilegal

Com prejuízo direto ao garimpo ilegal de R$32 milhões, Governo Federal contabiliza 120 operações e apresenta desmonte da infraestrutura criminosa montada no local.

Foto: Divulgação/Casa Civil

A primeira semana da Operação de Desintrusão da Terra Indígena (TI) Munduruku, localizada no Pará, gerou resultados no combate ao garimpo ilegal na região. O Governo Federal, responsável pela execução das ações, contabiliza 120 intervenções de segurança executadas, resultando em autuações, embargos e apreensão de mais de 100 mil litros de combustíveis.

Já foram aplicados R$ 4,4 milhões em multas, e o prejuízo direto ao garimpo ilegal ultrapassa R$ 32 milhões, com a inutilização de maquinário pesado e estruturas de apoio à atividade criminosa. Todas as ações ocorreram entre os dias 10 e 16 de novembro foram divulgadas pela Casa Civil da Presidência da República, pasta que coordenada a desintrusão, ou retirada de pessoas que ocupam uma área de forma ilegal, principalmente no caso de TIs.

A operação conta com a participação de diversos órgãos federais, incluindo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Força Nacional de Segurança, Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Ministério dos Povos Indígenas e Exército Brasileiro. Além disso, as agências reguladoras ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) e Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), e o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) também desempenham papéis cruciais.

O Censipam tem contribuído com monitoramento por satélite e análise de dados geoespaciais, ajudando a localizar áreas estratégicas de atuação. As ações incluem patrulhamento terrestre, aéreo e fluvial, com foco na inutilização de equipamentos e na desarticulação de redes logísticas que sustentam o garimpo ilegal. Um dos maiores desafios relatados é a capacidade dos garimpeiros de ocultar maquinário e combustível, o que exige aprimoramento contínuo das estratégias operacionais.

Divulgação/Casa Civil

Segurança Pública

Além do combate ao garimpo, a operação teve reflexos positivos na segurança pública. Em Jacareacanga, município que abriga quase que a totalidade da TI Munduruku, moradores relataram uma queda nos índices de crimes como tráfico de drogas e roubos, atribuída ao policiamento 24 horas realizado pela Força Nacional, com suporte da PF e PRF.

Próximos Passos

Com os primeiros resultados, a operação segue sem registros de ocorrências graves nos primeiros dias. O objetivo é manter o foco em proteger o território indígena e combater atividades ilegais. As lideranças envolvidas destacam a importância de medidas contínuas para garantir a segurança e a sustentabilidade da operação. O relatório também aponta para a necessidade de reforçar e ampliar a fiscalização em áreas próximas à Terra Indígena Munduruku.

A operação reforça o compromisso do Governo Federal em combater crimes ambientais e proteger comunidades indígenas, enquanto busca minimizar os impactos econômicos e sociais nas regiões afetadas.

*Com informações da Casa Civil

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