Representantes da sociedade civil e de governos debaterão as potencialidades, as dificuldades e problemas enfrentados pelos povos amazônidas e entregarão relatórios aos participantes do encontro de presidentes.
Autoridades, representantes da Sociedade Civil, entidades e organizações de 8 países da região amazônica vão discutir os principais problemas da região da maior floresta tropical do planeta nos Diálogos Amazônicos. O evento que acontece nos dias 4, 5 e 6 de agosto em Belém (PA), no Hangar Centro de Convenções, produzirá e entregará aos oito presidentes dos países amazônicos presentes à Cúpula da Amazônia, cinco relatórios a partir das discussões de cada uma das plenárias-síntese que reunirão 3 mil pessoas a cada reunião.
Mais de 10 mil pessoas deverão circular pela área dos Diálogos, participando das cinco plenárias principais, quatro plenárias transversais e mais de 400 atividades organizadas por movimentos sociais, entidades e organismos governamentais brasileiros e de outros países que integram a região amazônica.
O evento é coordenado pela Secretaria-Geral da Presidência da República, em articulação com o Ministério das Relações Exteriores e diversos outros ministérios e conta com a parceria do Governo do Estado do Pará e da Prefeitura de Belém.
O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, coordenador dos Diálogos Amazônicos, lembra que o evento traz para a Cúpula da Amazônia, que acontece em seguida, a voz dos povos da região e vai apresentar aos chefes de Estado, um diagnóstico atual de como vive a população e a floresta em si.
“Os relatórios serão entregues aos presidentes por representantes da sociedade civil amazônida e neles estarão toda a realidade vivida pelos indígenas, pelos ribeirinhos, pelas mulheres, pelos negros, pelos jovens nos mais de 7 milhões de quilômetros quadrados cobertos pela maior floresta tropical da Terra”,
explicou Márcio Macêdo, que participará tanto dos Diálogos Amazônicos quanto da Cúpula da Amazônia.
Cada uma das plenárias-síntese terá sete expositores: quatro da sociedade civil e três governamentais, sendo pelo menos um brasileiro em cada categoria. As plenárias-síntese debaterão temas como participação social, erradicação do trabalho escravo, saúde, soberania, segurança alimentar e nutricional, ciência e tecnologia, transição energética, mudança do clima e a proteção aos povos indígenas e tradicionais da região.
A partir dos debates desses encontros serão produzidos os cinco relatórios que serão entregues aos presidentes que participarão da Cúpula da Amazônia, também em Belém, nos dias 8 e 9 de agosto. Os documentos serão entregues por cinco representantes da sociedade civil escolhidos entre os participantes dos Diálogos Amazônicos.
Já as plenárias transversais vão debater as situações de públicos específicos como as mulheres, os jovens e os negros na região amazônica. As três reuniões previstas na programação acontecerão no mesmo espaço das plenárias-síntese, no intervalo entre as duas reuniões principais que acontecerão nos dias 5 e 6 de agosto. As discussões dessas plenárias poderão ter trechos incluídos nos relatórios das plenárias-síntese.
Participação ampla
Além das plenárias, haverá 405 atividades organizadas pelas próprias entidades da sociedade civil ou por órgãos federais em que se discutirá os temas propostos para os diálogos a partir do ponto de vista de cada um dos organizadores. Foram tantas atividades inscritas que houve a necessidade de que algumas delas fossem transferidas para outros locais, como a Universidade Federal do Pará, entre outros.
Para participar presencialmente dos Diálogos Amazônicos, é preciso fazer um cadastramento prévio ou será possível acompanhar a transmissão, ao vivo, pelos canais da Empresa Brasileira de Comunicação – EBC e da Secretaria-Geral da Presidência da República no Youtube. Veja a programação completa clicando aqui.