Confira agenda cultural da Cúpula da Amazônia em Belém

Programação ocorre entre os dias 2 e 10 de agosto e será gratuita.

Para atender a demanda de visitantes presentes em Belém (PA) durante os dois principais eventos que antecipam a COP 30 – Diálogos Amazônicos e Cúpula da Amazônia -, em agosto, será realizada uma agenda cultural entre os dias 2 e 10. 


O público poderá conferir diversas atividades gratuitas dentro e fora dos principais equipamentos culturais do Estado. As atividades estão divididas em seis eixos: música, mostra de cinema, museus, artes visuais, fotografia e dança.
Foto: Pedro Pinheiro/Agência Pará

“Belém vive um momento estratégico de debates e escutas com a participação massiva da sociedade civil organizada, além deste encontro multilateral dos chefes de Estado da região que ocupa o centro das discussões globais relativas à sustentabilidade. E a arte e a cultura também são campos de formulação, de salvaguarda da memória dessa Amazônia e seu patrimônio físico e símbolico, de denúncia contra as injustiças sociais e as agressões ambientais. A programação cultural nessa semana da Cúpula atravessará essas temáticas em diversos espaços, a partir de uma imensa diversidade de expressões e linguagens artísticas. Serão diálogos profundos na dança, nas artes visuais, no cinema, na música e nas ocupações urbanas. Um preamar de vozes da cultura Amazônica”,

afirmou a Secretária de Estado de Cultura, Ursula Vidal.

Foto: Marcelo Seabra/Agência Pará

Programação Cultural

2 de agosto 

A partir do dia 2 de agosto, às 19h, o público poderá conferir, na sede do Museu da Imagem e do Som (MIS), abrigado no Centro Cultural Palacete Faciola, a exposição “Eneida Simplesmente”. A mostra retrata a vida e obra da escritora, que foi a responsável pela criação do MIS. Equipamentos antigos de som e audiovisual, além de outros acervos do museu, integram a exposição. A abertura será precedida do Seminário “Diálogos Poéticos com Eneida de Moraes”, no auditório Eneida de Moraes, também no Palacete Faciola, às 17h.

O seminário começa com a exibição do curta-metragem “Promessa em Azul e Branco”, da cineasta Zienhe Castro, e será debatido pela professora doutora Eunice Santos; pela própria Zienhe Castro; pelo produtor e quadrinista Volney Nazareno, pelo presidente da Escola de Samba da Matinha, Rodolfo Trindade, e terá a mediação de Indaiá Freire, diretora do MIS. A exposição fica aberta até o dia 30 de setembro.

O Centro Cultural Palacete Faciola recebe ainda a Mostra Pan-Amazônica de Cinema, no período de 4 e 15 de agosto, com apresentação de um curta e um longa de cada país convidado, com a temática de meio ambiente, sustentabilidade, clima e justiça climática. As atividades iniciam às 19h, no auditório Eneida de Moraes, com capacidade para 95 lugares. A iniciativa é uma parceria entre a Secult e o Consórcio Amazônia Legal, com curadoria de Indaiá Freire e Augusto Pacheco na programação brasileira e da produtora Zienhe Castro na programação internacional. 

Foto: Rodrigo Pinheiro/Agência Pará

4 de agosto

No dia 4 de agosto, das 18h às 22h, a Secult realiza mais uma edição do projeto “Uma noite no Museu”, que consiste num circuito cultural noturno e gratuito pelos museus do Estado, como: Museu do Forte, Museu do Círio, Museu do Estado do Pará e Espaço Cultural Casa das Onze Janelas. E para fortalecer o circuito, também vão fazer parte dessa edição o Palacete Cultural Faciola e o Parque Cemitério Soledade. Dessa vez, o Museu de Arte Sacra não estará incluso no roteiro.

A ação culmina com o Preamar da Criatividade, na Praça da Fonte, área externa da Casa das Onze Janelas. A ação é gratuita e valoriza a economia criativa da região, por meio do incentivo a pequenos produtores locais, que expõem e comercializam seus produtos, além da apresentação de artistas regionais. Desta edição, participam alguns expositores locais, além do escritor e artista visual, Gidalti Moura, que lança seu livro “Música Popular em Quadrinhos Grandes Sucessos”. A ação também contará com o set animado da DJ Ananindeusa.

4 e 5 de agosto

No eixo de artes visuais, será realizado entre os dias 4 e 5 de agosto, a 1° Bienal das Amazônias. A temática dessa primeira edição, “Bubuia: Águas como Fonte de Imaginações e Desejos”, é inspirada na obra do poeta abaetetubense João de Jesus Paes Loureiro, que defende o conceito do “dibubuísmo” amazônico, uma referência à relação estética e cultural entre as águas e os corpos que habitam esse território. A iniciativa vai reunir 20 artistas Pan-Amazônicos para desenvolver o Site Specif, que será exibido em pontos estratégicos da cidade. A Bienal será instalada na Rua Senador Manoel Barata, 400, no bairro do Comércio.

Além das projeções mapeadas, ocorrerão shows inéditos, em diálogo com os artistas convidados. Ainda no dia 5, o grupo UAPI – Amazônia Percussiva sobe ao palco e convida o mestre da guitarrada Manoel Cordeiro e o artista multimídia Astigma VJ, para uma apresentação única. Na mesma noite, acontece o show especial Amazônia Pop – Aíla convida Felipe Cordeiro e Victor Xamã, com visuais de Roberta Carvalho. Já no dia 06, o Clube da Guitarrada recebe o grande Mestre Solano.

5 e 6 de agosto

Nos dias 5 e 6 de agosto, o Museu do Estado do Pará (MEP) recebe um dos maiores eventos de arte e tecnologia do Brasil: o Festival Amazônia Mapping. A programação tem a curadoria de Roberta Carvalho, artista visual, diretora artística e idealizadora do Festival. As apresentações serão do lado externo do museu e incluem obras de Ailton Krenak, líder indígena e ambientalista, da maranhense Ge Viana, do duo paulista VJ Suave em colaboração com Glicéria Tupinambá, dos paraenses Nay Jinknss, Matheus Almeida, Moara Tupinambá, Astigma VJ e Evna Moura. Dentro do museu também haverá sets de DJs convidados e projeções de desenhos feitos ao vivo (live painting digital), por artistas visuais da cidade.

Já no eixo da dança, Belém recebe o Ballet Floresta Amazônica Dalai Achacar, um espetáculo de dança que celebra a história de povos originários e o sentimento de brasilidade, com concepção e coreografia da bailarina carioca Dalal Achacar e música de Heitor Villa-Lobos. No dia 5, a apresentação ocorre às 20h, e no dia 6, às 18h, no Theatro da Paz.

5 a 7 de agosto

No eixo de fotografia, o público poderá conferir a Exposição Shipibo-Konibo Retratos do meu Sangue, no Hangar, no período de 5 a 7 de agosto. O jovem fotógrafo David Díaz González, indígena Shipibo-Konibo, oferece nesta exposição uma imersão cuidadosa no cotidiano da comunidade de onde vem.

7 de agosto

No dia 7, às 19h, no Teatro Gasômetro, será exibido para convidados especiais o filme “We are guardians“. Dirigido pelo ativista indígena e cineasta Edvan Guajajara e pelos cineastas ambientais Chelsea Greene e Rob Grobman. O filme reflete a luta para proteger os territórios contra o desmatamento, ao mesmo tempo em que revela questões sociais e econômicas influenciadas por este cenário complicado.

9 de agosto 

Já no dia 9 de agosto, às 20h, o público poderá prestigiar o lançamento e concerto do Amajazzon Festival, no Theatro da Paz. Um festival que reunirá, a partir de novembro, diversos DJs, bandas, quartetos e trios da Região Norte, com o objetivo de valorizar a cultura amazônica, suas indústrias criativas, seus representantes culturais, a sustentabilidade nas comunidades, estruturas artísticas e a internacionalização da cultura amazônica, fortalecendo o turismo e toda a cadeia produtiva.

O show de lançamento conta com um repertório cuidadosamente selecionado, que inclui obras como “Blues for Mr. P”, de Jim Martin; a clássica “Summertime”, de George Gershwin; “Magic Flea” e “A Warm Breeze”, de Sammy Nestico; e a icônica “Georgia on My Mind”, de Hoagy Carmichael, em um brilhante arranjo de Dave Barduhn. A energia contagiante continuará com “The Jazz Police”, de Gordon Goodwin; “The Blues Machine” e “Don’t Get Around Much Anymore”, em arranjos de Sammy Nestico e Roger Pemberton, respectivamente, dentre outras. A iniciativa é uma parceria da Conecting Dots, Secult e Theatro da Paz. 

Cúpula da Amazônia 

O evento em Belém, nos próximos dias 8 e 9 de agosto, vai reunir representantes dos oito países sul-americanos que compartilham a floresta amazônica – Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela -, além de Congo, República Democrática do Congo e Indonésia, países que contam com grandes reservas de florestas tropicais, e outros países convidados.

A intenção do encontro é balizar a discussão que será levada à COP-28, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Além disso, preparar a capital paraense para receber a COP-30, que pela primeira vez será sediada em um país amazônico, em 2025.

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