Grupo composto por aproximadamente 500 mulheres integra a Associação Regional das Mulheres Trabalhadoras Rurais do Bico do Papagaio (ASMUBIP), em atividade desde 1992
O território do Bico do Papagaio é cenário para a prática de extrativismo sustentável realizada pelas Quebradeiras de Coco Babaçu da Associação Regional das Mulheres Trabalhadoras Rurais do Bico do Papagaio (ASMUBIP). Da parte interna localizada entre a casca (utilizada na fabricação de carvão) e a amêndoa (matéria-prima para a extração do azeite e do óleo do fruto da palmeira) está o mesocarpo, que dá origem à farinha de coco babaçu. Nutritiva e sem glúten, a farinha vegana é o principal produto a ser beneficiado no Entreposto Viva Babaçu, no centro da cidade de São Miguel do Tocantins (TO).
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A reforma do espaço construído no ano 2000 é resultado de uma iniciativa conjunta. A revitalização do espaço e a compra de maquinário contou com um investimento de mais de 250 mil reais em um período de 2 anos de execução.
“É importante destacar a importância dos financiamentos socioambientais para as Quebradeiras de Coco Babaçu e para todos os segmentos de Guardiões das florestas, das Águas da vida e dos biomas Amazônia, Cerrado e Caatinga. Esses financiamentos são fundamentais para a recuperação e preservação desses ecossistemas. Os investimentos são um reconhecimento e apoio a esses guardiões, incluindo as mulheres da floresta e das águas. Juntas, podemos garantir um futuro sustentável para todas e todos”, explica Maria do Socorro Teixeira Lima, Coordenadora-Geral da ASMUBIP.
Fazem parte da iniciativa: Quebradeiras de Coco da ASMUBIP, Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas Gerais (CAA), DGM Brasil, Alternativa para a Pequena Agricultura no Tocantins (APA-TO), PPP-Ecos, ISPN, Fundo Amazônia, Banco Mundial, Climate Investment Funds (CIF) e CERES Projeto Cerrado Resiliente.
O produto, que entra como uma alternativa saudável ao amido de milho, será comercializado no mercado local em duas versões: de 200g e de 500g. Além do mesocarpo, outros produtos derivados do coco babaçu serão fabricados e porcionados na agroindústria das Quebradeiras de Coco como o azeite e o óleo.
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“A criação de um entreposto representa mais do que uma simples estrutura industrial. É a materialização de oportunidades e possibilidades para as Quebradeiras de Coco. Ao terem acesso a um local regularizado junto à vigilância sanitária, elas não apenas garantem a qualidade e segurança dos produtos, mas também abrem portas para novos mercados.”, explica Selma Yuki Ishii, Diretora Executiva da Alternativa para a Pequena Agricultura no Tocantins (APA-TO).
A inauguração do espaço acontece em 25 de novembro e haverá ainda o lançamento da marca ‘Viva Babaçu’. O evento também conta com atividades em prol do fortalecimento do babaçu como a visita guiada ao espaço de beneficiamento; assinatura do termo de cooperação técnica entre ASMUBIP, MIQCB e Prefeitura de São Miguel; feira de produtos e lançamento do novo site da ASMUBIP.