Por conta do trabalho realizado entre a agroindústria e comunidades, a castanha ‘made in Tapauá‘ tem despertado o interesse não apenas do mercado amazonense, mas de diversos estados brasileiros.
Como parte do Projeto Prioritário da Castanha do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam), o beneficiamento de castanha na agroindústria Abufari Produtos Amazônicos, localizada no município de Tapauá, deve atingir a marca 70 toneladas, neste ano.
A projeção foi feita pelo instituto, que tem acompanhado de perto as atividades do empreendimento. Se a estimativa se confirmar, a produção de 2023 dará um salto de 27,27%% em relação ao resultado de 2022, que foi de 55 toneladas.
Técnicos do instituto estão em Tapauá, desde o último 16 de outubro, onde têm realizado visita técnica à agroindústria e realizado cursos de boas práticas aos envolvidos no beneficiamento da castanha.
“Tem sido uma grande satisfação acompanhar a evolução da Abufari, que neste ano deve superar a produção de 2022, chegando a 70 toneladas”, disse a engenheira florestal do Idam, Nadiele Pacheco.
Na visita técnica, que aconteceu no dia 22 de outubro, uma série de ações foram realizadas, dentre as quais a entrega da licença ambiental renovada da agroindústria. Também foi disponibilizado um treinamento em ‘Boas Práticas de Fabricação de Alimentos’ aos funcionários da fábrica.
Comunidades e demandas
Aproximadamente 170 castanheiros das comunidades Fazenda do Abufari, São Sebastião, Turiaçu, Itaboca, Bom Intento e Foz do Tapauá comercializam a produção à agroindústria, que tem fomentado o extrativismo sustentável na região do Rio Purus.
Por conta do trabalho realizado entre a agroindústria e comunidades, a castanha ‘made in Tapauá‘ tem despertado o interesse não apenas do mercado amazonense, mas de diversos estados brasileiros. A Abufari Produtos Amazônicos já atende demandas de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio de Janeiro.
Idam em Tapauá
Além da Abufari, o Projeto Prioritário da Castanha visa, ainda, o enriquecimento de áreas do município, por meio do plantio de mudas de castanha doadas pelo Instituto Excelsa. Através desta parceria, Tapauá já recebeu 10 mil mudas.
Sobre os reflexos da estiagem que afeta o estado no beneficiamento da castanha, o Idam esclarece que a matéria-prima utilizada pela Abufari faz parte da última, ocorrida entre os meses de novembro e março, período de chuva e cheia dos rios. Portanto, a castanha beneficiada pela agroindústria já está em processo de beneficiamento.
