Música, homenagens e protesto: a Amazônia no Rock in Rio 2022

A Amazônia não poderia ficar de fora de um dos maiores festivais de música do mundo, afinal, a região é conhecida por sua beleza, sua cultura, mas também por ritmos contagiantes.

Há 37 anos, o Rock in Rio se tornou um espetáculo que movimenta o Brasil e um dos maiores festivais de música do mundo. Durante sete dias, a capital do Rio de Janeiro se transforma na apoteose dos ritmos e da música de qualidade. E é claro que a Amazônia não poderia ficar de fora, afinal, a região é conhecida por sua beleza, sua cultura e também por ritmos contagiantes.

Barco Aparelhagem

E tem muita música amazônica no RiR 2022, sim! Artistas de diversas partes da Amazônia se apresentam em um palco na forma de um barco aparelhagem, estilo que lembra a cultura paraense. As apresentações seguem até o dia 11 de setembro. Entre as atrações estão Fafá de Belém, Mestre Solano, Nic Dias, Victor Xamã, Pantera Black, DJ Waldo Squash, Suraras do Love, entre outros.

Em todos os dias do festival, os artistas visuais Denilson Baniwa, Elisclésio Makuxi, Gabriel Bicho, Gê Viana, Keila Sankofa, PV dias, Rafael Bqueer, Roberta Carvalho, Uýra Sodoma e Yaka Hunikuin terão obras projetadas.

As ativistas Zélia Amador, Dona Nice, Angela Mendes, Samela Saterá Mawé e Beka Munduruku também participam das projeções com falas sobre a importância da floresta em pé, da valorização da identidade e diversidade amazônicas e dos povos originários.

Barco aparelhagem levou musicalidade amazônica ao Rock in Rio. Foto: Reprodução/Twitter-Rock in Rio

Na segunda fase do festival, a partir do dia 8 de setembro, tem muito mais amazônidas divulgando a arte nortista. Confira:

Dia 8 de setembro
Abertura: DJ residente Will Love e DJ Méury
16h30: Janelas Sonoras das Amazônias, com Dona Domingas, Eliakin Rufino, Dona Onete e Sereia do Mar e Parixara Macuxi

Dia 9 de setembro
Abertura: DJs Will Love e DJ Méury
16h30: show virtual do grupo Suraras do Tapajós, e performance de Uyra Sodoma

Dia 10 de setembro
Abertura: DJs residentes Will Love e DJ Méury
16h30: Nelson D e Patrícia Bastos

Dia 11 de setembro
16h30: Aíla e Fafá de Belém

Engajamento

O DJ Alok é uma figurinha confirmada nas baladas da Amazônia. O artista é engajado em dar visibilidade às causas amazônicas e, inclusive, já fez parceria com diversos artistas indígenas e apresentações memoráveis na região.

A performance do DJ no Rock in Rio, que aconteceu no dia 2 de setembro, foi marcada por manifestações em defesa da floresta amazônica. No telão, a frase ‘Amazônia em Pé’ recebeu aplausos do público presente.

Representatividade

Os brasileiros não são os únicos preocupados com a Amazônia. A banda francesa ‘Gojira’, que é conhecida por defender causas ambientais, performou a canção ‘Amazônia’, uma espécie de protesto contra a destruição da natureza e do bioma amazônico.

Antes de subir ao palco, Joe Duplantier, vocalista do grupo, pintou o rosto com urucum e se pronunciou sobre a causa indígena. A banda fechou a apresentação com a canção dedicada à região.

Performance mágica

Oriunda da Região Norte, a lenda do Uirapuru ganhou o RIR. A história do pássaro mágico foi contada por meio de um espetáculo de aproximadamente 25 minutos com a participação de uma orquestra ao vivo. O cenário impressionou, pois contava com projeções, coreografias e uma cachoeira artificial de 40 metros.

O espetáculo ocupa o lugar do musical argentino ‘Fuerza Bruta’, que foi apresentado em 2019, e também apresenta uma produção nova com a criação de Roberto Medina, o presidente do RiR. 

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