Pesquisadores realizam estudo sobre qualificação dos estoques de carbono na região da Amazônia Maranhense

O estudo teve uma abordagem aprofundada para a quantificação e valorização dos estoques de carbono florestal na Amazônia Maranhense.

Uma pesquisa realizada no Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Conservação (PPGBC) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) revela informações significativas sobre os estoques de carbono na Amazônia Maranhense, ressaltando a importância das florestas da região na mitigação das mudanças climáticas globais. A pesquisa foi conduzida pelo aluno Admo Silva e supervisionado pelo docente Celso Junior, ambos pertencentes ao programa, e publicada recentemente na Revista Brasileira de Geografia Física.

O estudo teve uma abordagem aprofundada para a quantificação e valorização dos estoques de carbono florestal na Amazônia Maranhense, utilizando dados de sensoriamento remoto para analisar a vegetação, que inclui as características das florestas de terra firme, vegetação secundária, manguezais e áreas protegidas. A pesquisa utilizou uma abordagem multidisciplinar, combinando dados de sensoriamento remoto, análise econômica e avaliação ecológica para fornecer uma visão abrangente do papel das florestas na Amazônia Maranhense.

As principais descobertas da pesquisa retrataram um levantamento da Amazônia Maranhense, demonstrando que a região armazena aproximadamente 279 milhões de toneladas de CO₂, avaliados em 6,70 bilhões de dólares (utilizando a abordagem do custo social do carbono). Foram destacadas as áreas com maior concentração de carbono, onde estão as florestas maduras e a vegetação secundária, particularmente, na Reserva Biológica do Gurupi e em terras indígenas.

A análise apontou que mais de 80% dos estoques de carbono de florestas secundárias estão fora de áreas protegidas. Também, foi identificada a questão da degradação florestal (incêndios florestais e extração seletiva de madeira) que tem impacto significativo na redução dos estoques de carbono de florestas maduras.

Imagem: Reprodução/UFMA

Admo Silva destacou a relevância da preservação dessas áreas. “Nossos resultados mostram que as florestas maduras e a vegetação secundária desempenham um papel vital no sequestro de carbono. Proteger essas áreas não só é essencial para a biodiversidade, mas também para mitigar o aquecimento global”, frisa.

O estudo tem o intuito de adotar estratégias integradas e sustentáveis que promovam a proteção ambiental, a fim de proporcionar a proteção do meio ambiente em evidência, a importância emergente na mitigação das mudanças climáticas, que envolve a implementação de políticas públicas com incentivos à conservação e à restauração das florestas secundárias e áreas protegidas.

O professor do PPGBC, Celso Henrique Leite Silva Junior, acrescenta a importância dos resultados do estudo que facilitou a identificação precisa dos níveis de carbono, além de proporcionar uma visão detalhada sobre a distribuição geográfica na região.

A pesquisa foi financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e contou com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

*Com informações da UFMA

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