#Série l A cara da Amazônia: 5 animais que são a cara do Tocantins

O Tocantins possui uma fauna bastante rica e diversificada, já que possui espécies de animais encontrados em dois biomas, o Cerrado e a Amazônia.

“O Tocantins, por estar na encruzilhada entre Cerrado, floresta e áreas de transição, representa uma zona de grande biodiversidade, mas também de alta vulnerabilidade ambiental, com impactos crescentes causados pela expansão agropecuária e hidrelétricas”, declarou o biólogo João Pedro Costa Gomes. 

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O Portal Amazônia pediu ao biólogo João Pedro Costa Gomes para destacar alguns animais que são a cara de Tocantins e representem essa complexa diversidade característica da Amazônia para a #Série ‘A cara da Amazônia’:

Lobo guará 

O lobo-guará, maior canídeo da América do Sul, possui pelagem avermelhada, patas longas e aparência esguia. É um animal solitário e onívoro, que se alimenta de pequenos animais e frutos, incluindo a famosa fruta do lobo, a lobeira. 

Por sua presença simbólica e vulnerabilidade, tornou-se um dos ícones da conservação no Cerrado. No entanto, a perda de habitat, a caça, a expansão da agricultura e atropelamentos são as principais ameaças a espécies, que, conforme a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), é uma espécie ‘quase ameaçada’. Esse fator também acabou levando alguns exemplares da espécie a serem encontrados na região amazônica do estado.

“Apesar de adaptável, sofre com a fragmentação de habitat, atropelamentos e doenças transmitidas por cães domésticos”, afirmou o biólogo. 

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Tocantins
Lobo guará. Foto: constanzamcl

Tatu-canastra

O tatu-canastra, maior tatu do mundo, possui uma carapaça robusta e garras enormes que o animal utiliza para escavar túneis profundos para se refugiar do calor e dos predadores. Além disso, o tatu é animal noturno e discreto, essencial para o ecossistema, pois suas tocas são utilizadas por animais de outras espécies.

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As principais ameaças para a espécie são incêndios, agricultura, desmatamento, aumento da matriz rodoviária e caça. De acordo com Costa Gomes, a espécie está cada vez mais rara devido à caça e à degradação ambiental do seu habitat.

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Tatu-canastra. Foto: Bradley Davis

Tamanduá-mirim

O tamanduá-mirim é menor que o tamanduá-bandeira, mas é igualmente importante no controle de cupins e formigas. O animal possui pelagem amarelada e espécie de ‘colete’ preto ao redor do peito.

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A espécie, que pode ser vista escalando árvores em busca de ninhos de insetos, possui como principais ameaças a perda de hábitat, a conversão de terra para atividade agrária, a predação por espécie exótica, o desmatamento e a caça. 

“A espécie vive solitária e tem hábitos tanto diurnos quanto noturnos, sendo relativamente comum, mas vulnerável ao desmatamento e atropelamentos”, afirmou o biólogo. 

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Tamanduá-mirim. Foto: Frederico Acaz Sonntag

Arara canindé 

Além das indicações do professor, de acordo com dados do Instituto Arara Azul, também se pode destacar a arara-canindé, animal símbolo do Estado do Tocantins. A arara, pertencente à família dos psitacídeos, possui coloração azulada em seu dorso e amarelo em seu ventre, além de possuir o rosto branco com penas faciais pretas junto ao seu pescoço. 

Por estar situada nas cidades, os impactos urbanos, como atropelamentos e conflitos com seres humanos, são considerados grandes ameaças à espécie. Além disso, a destruição, a poluição, o desmatamento de seu habitat natural e a caça para tráfico de animais também são ameaças à sobrevivência da espécie. 

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Arara-canindé. Foto: Reprodução/Instituto Arara Azul

Pato-mergulhão

Dados do ICMBio também destacam o pato-mergulhão como um destaque no Tocantins. Isso porque a ave é considerada uma das espécies mais raras do mundo, e já foi considerada extinta entre 1940 e 1950. Atualmente estima-se que a população total da espécie seja de aproximadamente 250 indivíduos.

A ave é monogâmica, sedentária e interage com outros animais apenas em um determinado trecho do rio. Além disso, suas principais ameaças são a expansão de atividades agropecuárias e o barramento dos rios, causando a perda e a degradação do habitat natural da espécie, que é considerada pouco tolerante a impactos e à presença humana em seu habitat. 

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pato mergulhão. Foto: Claudia Brasileiro

*Por Rebeca Almeida, estagiária sob supervisão de Clarissa Bacellar

Confira outros animais da série:

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Roraima
Pará
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