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Sexta, 19 Abril 2024

​​34 línguas indígenas faladas no Pará são mapeadas em primeira etapa de pesquisa

Na primeira etapa do projeto 'As línguas indígenas no Pará em 2021: fraturas do contemporâneo', 34 línguas indígenas foram registradas no Estado. O projeto é realizado pela Universidade Federal do Pará (UFPA), por meio do Grupo de Estudos Mediações, Discursos e Sociedades Amazônicas (Gedai), com a participação da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) e da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa). 

Aprovado pela Secretaria de Cultura do Estado do Pará (Secult-Pará), no âmbito da Lei Aldir Blanc – Edital de Cultura Imaterial, o projeto foi desenvolvido com o objetivo de produzir um inventário sobre as línguas indígenas faladas atualmente no Estado. A proposta visava a construir um mapa interativo e um documentário com a localização dos falantes em terras indígenas, o número aproximado de falantes, o tronco linguístico a que suas línguas pertencem e as indefinições quanto à origem genética de algumas línguas.
Foto: Reprodução/Gedai

O projeto é coordenado pela professora Ivânia Neves (UFPA), também coordenadora do Gedai, e teve sua primeira etapa de desenvolvimento entre os meses de março e setembro de 2021. Dados da Federação dos Povos Indígenas do Pará, em 2020, apontam que, atualmente, pelo menos 65 povos indígenas, entre isolados e contatados, vivem no território paraense. 

De acordo com o relatório, assinado pela professora Ivânia, na primeira fase da pesquisa foram registradas 34 línguas indígenas no Estado, sem contar as línguas dos 13 povos isolados que vivem dentro das fronteiras paraenses.

São 18 línguas Tupi, quatro línguas Macro-Jê, nove línguas da família Karib, uma língua da família Karajá, uma língua da família Aruak e uma língua Warao, além dos 13 povos isolados.

"Para chegar a estes resultados, realizamos uma pesquisa que contou sobretudo com a participação de alunos indígenas das universidades públicas do estado do Pará. Em suas pesquisas, eles produziram, com seus próprios aparelhos de telefones celulares, uma série de vídeos com o objetivo de mostrar os usos sociais de suas línguas na atualidade. A comunicação com alguns deles, em função das dificuldades com o acesso à Internet, aconteceu principalmente por grupos de WhatsApp. Para orientar as pesquisas, produzimos uma série de tutoriais em formato escrito e em audiovisual", explicou Ivânia Neves

Participação da Ufopa

Na Universidade Federal do Oeste do Pará, as atividades do projeto foram desenvolvidas com a participação da professora Marília Leite, coordenadora local; do professor Florêncio Vaz (ICS); e dos alunos Adenilson Paigo Munduruku (Agronomia/Ibef), Iolandino Xayukuma Wai Wai (Ciência da Computação/IEG), Pedro Cohco Wai Wai (Interdisciplinar em Saúde/Isco), Rena Janice Tiriyó Kaxuyana (Pedagogia/Iced), Suzan Michelle Nogueira dos Anjos (Letras/Iced), Dayana Mara de Sousa Costa (Letras/Iced) e Clodoaldo Correa da Silva (Informática Educacional/Iced).

Mapa interativo

O projeto resultou na construção de um mapa interativo que apresenta as línguas indígenas no Pará. Acessando o mapa e clicando nos nomes das línguas indígenas, pode-se encontrar as terras e territórios indígenas e conhecer um pouco sobre as 34 línguas indígenas faladas. Acesse o Mapa Interativo das línguas indígenas no Estado do Pará: 

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Comentários: 1

Clarice Cohn em Quinta, 30 Dezembro 2021 12:51

Na Terra Indígena Trincheira-Bacajá também se fala Mebengokré. Está no mapa mas não na descrição nem no mapa interativo. Apreciaríamos muito se o acrescentasse.

Na Terra Indígena Trincheira-Bacajá também se fala Mebengokré. Está no mapa mas não na descrição nem no mapa interativo. Apreciaríamos muito se o acrescentasse.
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