Café de açaí produzido no Amapá. Foto: Reprodução/Engenho Café de Açaí
Baseada na bioeconomia, o Engenho Café de Açaí aliou duas paixões: o açaí e o café. Dados da empresa apontam que, nos últimos quatro anos, mais de 200 toneladas de caroços de fruto foram reutilizados na produção.
A Startup surgiu com o propósito de dar um novo destino aos resíduos do ‘Ouro Negro‘ da Amazônia. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), só em 2024 foram produzidas 22 mil toneladas do fruto, com 1.760 hectares de área plantada, totalizando em R$ 65 milhões.
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A pesquisa do IBGE aponta ainda que no Amapá há pelo menos 2 milhões de pés de açaí plantados, sendo o fruto o principal produto de consumo dos amapaenses.

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O empreendimento do casal Lázaro Gonçalves e Valda Gonçalves começou de maneira simples. A matéria-prima era triturada de forma manual, num pilão.
Do modo de preparo ao gosto que traz os traços do fruto da Amazônia amapaense combinado com as sensações ao tomar um café, Lázaro destaca que o maior diferencial do produto é a preocupação com o meio-ambiente.
“Durante os últimos quatro anos de operação, já reaproveitamos mais de 200 toneladas de resíduos de açaí. Nós estamos alinhados com oito das 17 ODS da Organização das Nações Unidas (ONU), então isso é muito importante. Tem a questão da Amazônia, que é um apelo muito forte, por isso somos fortes concorrentes para disputar com o mundo” afirma Lázaro.
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Hoje, a empresa conta com sete funcionários atuando em uma fábrica que distribui produtos para o Brasil e outros países.
“A gente começou com capacidade de dez quilos, depois pulamos para 600 quilos a 1000 quilos por mês, agora nossa capacidade é de 13 toneladas por mês e futuramente 30 toneladas por mês”, afirmou Lázaro.

A empresa aposta no conceito de economia Verde que visa integrar a economia com a sustentabilidade ambiental e a justiça social. O crescimento econômico está atrelado a uma forma que não comprometa o meio ambiente e população.
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A ideia inovadora foi indicada junto a outras duas empresas ao prêmio Earthshot Prize, criado pelo herdeiro da coroa britânica, príncipe William.
*Por Mariana Ferreira, da Rede Amazônica AP