Plantio experimental de café robusta amazônico em Roraima. Foto: Reprodução/Rede Amazônica RR
Um projeto de campo experimental em Roraima testa o cultivo de 4.500 pés de café robusta amazônico em um hectare no Projeto de Assentamento Nova Amazônia, em Boa Vista. O objetivo é alcançar até 100 sacas por hectare e consolidar o estado como polo de cafeicultura adaptada ao clima amazônico.
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O projeto é desenvolvido pelo Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural (Iater), com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
No projeto do campo experimental, são utilizadas técnicas modernas de cultivo, manejo nutricional das mudas e irrigação por microaspersão – em que a água é distribuída em pequenas gotas, formando uma espécie de névoa ou chuveiro sobre a planta ou solo.
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Campo experimental testa diferentes manejos
No campo experimental, técnicos testam diferentes manejos do café com a proposta de avaliar a produtividade por hectare, como explica o engenheiro agrônomo Eliander Trajano, do Iater:
“Especificamente aqui na nossa unidade no PA Nova Amazônia, do café robusta amazônico, estamos trabalhando com um sistema de irrigação por microjets [pequenos jatos], que funciona como um micro nebulizador. Ele forma uma nuvem de água e irriga com bastante eficiência os cafezais. Também estamos adotando o manejo com duas hastes de café, que devem ser nosso potencial produtivo. Cada haste induz ramos produtivos, permitindo maior número de hastes produtivas por hectare”.
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A ideia da iniciativa é ter espécies com uma excelência maior na região. Na unidade demonstrativa, foram plantados três blocos com 1.500 plantas cada.
Seis híbridos estão sendo testados para identificar quais se adaptam melhor ao solo e clima de Roraima. O projeto também busca posicionar o estado no mercado nacional e internacional de café robusta amazônico.
*Por Katiane de Jesus, da Rede Amazônica RR
