Sebrae, 50 anos impulsionando a economia do Amazonas

Estatísticas do Sebrae Amazonas informam que, de um total de 42.262 microempresas instaladas em 2018, os números saltaram para 59.193 no corrente em 2022.

O desempenho nacional do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresa (SEBRAE), entidade voltada a apoiar e fomentar a criação, a expansão e a modernização das micro e pequenas empresas, capacitando-as para cumprir com eficácia o seu papel no processo de desenvolvimento econômico e social, repete-se no aqui no Estado. Estatísticas do Sebrae Amazonas informam que, de um total de 42.262 Microempresas instaladas em 2018, os números saltaram para 59.193 no corrente em 2022. Sobre Microempreendedor Individual (MEI) – 58% do universo de pequenos negócios -, são ainda mais explosivos: de 25.088 unidades existentes em 2018 quadruplicaram para 103.451 no corrente exercício (crescimento de 312%); e em relação a Pequenas Empresas: de 9.477 operativas em 2018, hoje são 14.452.

Nesse contexto, segundo economista Lamisse Said da Silva Cavalcanti, diretora superintendente do Sebrae-AM, visando dar suporte a novas performances resultantes desse processo de mudanças, o órgão priorizou suas atividades prevendo atender 39 mil pequenos negócios e 34 mil pessoas físicas. Destacam-se o Sebraetec, Consultorias de Inovação e Tecnologia, com 70% do custo da consultoria subsidiado pelo Sebrae-AM; Atividade de Atendimento Remoto, em que o órgão coloca-se à disposição do cliente todo dia e toda hora por meio de vários canais; a Central de Relacionamento; aplicativos Portal Sebrae, Portal de Educação à Distância, Loja Sebrae; Educação Empreendedora, que capacita professores e estes capacitam estudantes do ensino fundamental, médio e superior em empreendedorismo, estimulando, desta forma, o surgimento dos futuros empreendedores.

Foto: Divulgação/Sebrae

Muni Lourenço, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Amazonas (FAEA), vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e atual presidente do Conselho Deliberativo Estadual (CDE) do Sebrae-AM, em segundo mandato, considera que “em meio século, a força empreendedora no Amazonas cresceu expressivamente, somando hoje mais de 177 mil empresas espalhadas pelo Estado, estimulando a geração de empregos por meio da expansão dos pequenos negócios. Segundo avalia, “neste contexto de desenvolvimento econômico do Estado sabemos que as demandas das micro e pequenas empresas são cada vez mais crescentes e o Sebrae precisa acompanhar essa progressão. Desta forma, se faz necessária expandir fontes de recursos orçamentários, eficiência na aplicação e concentração dos recursos na atividade finalística, tudo isso para oferecer sempre, em quantidade e qualidade, os serviços esperados pelas micro e pequenas empresas amazonenses”.

Destacando como desafio permanente a busca incessante e contínua de ampliação do portfólio de serviços prestados às micro e pequenas empresas e aos pequenos negócios, Muni Lourenço destaca o esforço de expandir a atuação efetiva do órgão no território amazonense, hoje incluindo a agropecuária, observando que o setor vem crescendo significativamente, também impulsionado por programas especializados de largo alcance técnico mantidos pelo Sebrae Amazonas. Dados do IBGE apontam que mais de 330 mil produtores rurais vivem, atualmente, da atividade agrícola, pecuária, pesca e piscicultura. Cerca de 26% da maior concentração de donos de negócios trabalham na agropecuária no Amazonas, atrás apenas do Pará e Rondônia.

Em decorrência, “estamos possibilitando a participação de empreendedores nos principais eventos da pecuária brasileira, buscando intercâmbio, avanços tecnológicos e acesso dos produtores rurais a inovações, regularização ambiental e fundiária”, salienta Muni. Também vêm sendo realizados fortes investimentos na interiorização das ações do órgão, por meio de escritórios instalados em Itacoatiara, Manacapuru, Humaitá, Coari e Tefé, além de Parintins, inaugurado no último dia 14. Antes do final do ano estão programadas inaugurações de novas unidades em Santa Isabel do Rio Negro e Tabatinga. 

Sobre o autor

Osíris M. Araújo da Silva é economista, escritor, membro do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas (IGHA), da Academia de Letras, Ciências e Artes do Amazonas (ALCEAR), do Grupo de Estudos Estratégicos Amazônicos (GEEA/INPA) e do Conselho Regional de Economia do Amazonas (CORECON-AM).

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista


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