Você já ouviu falar sobre o tele pré-natal? Com o objetivo de garantir autodeterminação e os direitos humanos às diversas etnias indígenas do mundo, foi instituído, pela ONU, em 1994, o dia 9 de agosto como o Dia Internacional dos Povos Indígenas. Para atender demandas dessa população, o Hospital Universitário Getúlio Vargas da Universidade Federal do Amazonas, vinculado à Rede Ebserh (HUGV-Ufam/Ebserh), faz atendimento e realiza projetos de atenção à Saúde, direcionados a esse público.
O Projeto Telessaúde lançado em junho desse ano no HUGV-Ufam/Ebserh é um programa mais extenso que já está propiciando tele assistência ampla, para todos os territórios indígenas do estado, no escopo dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIS), considerando que o Amazonas possui a maior população indígena do país.
Por meio do tele pré-natal de alto risco, atualmente mais de 120 mulheres indígenas estão sendo monitoradas pelo projeto no HUGV. “O telemonitoramento é feito usando tecnologias digitais de informação e comunicação, no qual obstetras orientam e conduzem casos dessa natureza, orientando os profissionais que atuam na saúde indígenas com vista a reduzir a mortalidade materna, garantindo atendimento digno e qualificado”, explica o médico e chefe da Unidade E-Saúde do HUGV-Ufam/Ebserh, Pedro Elias de Souza.
De acordo com ele, são mais de 50 municípios, em um total de 62 existentes, atendidos pelo tele-pré-natal. Em outras especialidades, são mais 25 municípios cobertos nas áreas indígenas. “Nosso planejamento é chegar em todo estado até o final de outubro”, diz.
Atualmente são realizadas teleinterconsultas em diversas especialidades como cardiologia, neurologia, neuropediatria, pediatria, endocrinologia, oftalmologia para pacientes indígenas de todo o estado, sempre com a participação e compartilhamento de conduta com os profissionais de saúde que atuam nesses territórios remotos do estado.
Foto: HUGV-Ufam /Ebserh
“Os teleatendimentos acontecem através da realização de teleinterconsultas nas diversas especialidades e será ampliado em breve, com o apoio do telediagnóstico, ou seja, realização de exames remotos como teleletrocardiograma, teleespirometria, teleretinografia, telradiologia, dentre outros, para toda a população indígena do estado”, informa Pedro Elias.
Além desses projetos, segundo ele, a partir de setembro, com o objetivo de combater a desnutrição em crianças indígenas, o hospital vai oferecer teleassistência em saúde mental, e no âmbito da educação em saúde à distância (teleducação), vai ofertar diversas capacitações e cursos voltados para profissionais de saúde indígena.
“Essa população, negligenciada ao longo do tempo, poderá ter acesso à saúde qualificada e digna, com a oferta de serviço de saúde diferenciada que o HUGV oferece implicando, a curto e médio prazos, em redução das remoções desnecessárias, economia ao erário qualificação de profissionais de saúde indígenas e melhoria de qualidade de vida de brasileiros que vivem em regiões extremamente remotas”, justifica o gestor.
O HUGV oferece atendimento, em saúde em geral, tanto consultas, exames e procedimentos, incluindo internações, quando necessário, e programas assistenciais realizados na Casa de Saúde Indígena (CASAI MANAUS), especialmente na especialidade de Pediatria. “Isso deverá ser ampliado exponencialmente a partir da celebração do programa denominado IAE-PI, um incentivo diferenciado do Ministério da Saúde, para unidades de saúde pública que realizam atendimento a pacientes indígenas’, informa Pedro Elias.
A terceira edição do evento USP Pensa Brasil 2024, de 12 a 16 de agosto, teve como tema ‘COP 30: Desafios para o Brasil‘. O primeiro dia foi marcado pelo encontro entre universidades, apresentação de livro e dados do Sensor USP de Sustentabilidade. O professor Carlos Nobre, climatologista e pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP, do Instituto Amazônia 4.0 e interlocutor no primeiro dia do evento, falou sobre a importância dos temas abordados.
“A Universidade São Paulo e demais universidades têm uma responsabilidade muito grande nessa situação. Nem se previa que nós iríamos atingir esse aquecimento global que estamos vivenciando nestes anos recentes. Isso gera um desafio que posiciona a COP 30 como talvez a mais importante. Então, a ciência e a USP têm que participar do debate sobre por que o planeta se aqueceu tanto nos últimos anos. Isso traz um grande desafio, que é uma reformulação das metas da COP 26 e COP 21, pois estamos em situações mais graves agora”, explicou.
O professor comentou sobre as responsabilidades do Brasil nessa questão global. “Em 2022, o Brasil foi o quinto maior emissor de gás carbônico no mundo, com 4% das emissões. No Brasil, a maior parte das emissões vem do setor agropecuário e do desmatamento. O objetivo brasileiro deve ser o de zerar essas emissões. O nosso país pode ser o primeiro grande emissor de gás carbônico a zerar suas emissões. Só de cessar as emissões por desmatamento, já resolve 50% da questão das nossas emissões até 2030. Outra medida é buscar a transição energética para fontes renováveis, já que somos um dos países que têm o maior porcentual da fonte de oferta de energia limpa, como eólica e solar, que vêm crescendo nos últimos anos. Começamos também a construir a primeira fábrica de hidrogênio verde. O Brasil é um país com um grande potencial de zerar suas emissões primeiro que os demais”, destacou.
Carlos Nobre afirma que é preciso ligar o alerta e que já estamos em situações complicadas.
“É necessário trazer a urgência não só de reduzir as emissões em todo o planeta e no Brasil, que deve liderar a redução das emissões dos grandes poluidores, mas nós também trazemos a seriedade que é o fato de que, chegando a 1,5° de aumento, que é a situação atual, já houve um aumento exponencial dos eventos climáticos extremos. Ondas de calor, chuvas excessivas e prolongadas, secas batendo recordes, incêndios de vegetação. Então tudo isso está acontecendo em todo o mundo e também no Brasil. A COP 30 tem que ser muito mais rigorosa e ambiciosa na redução das emissões após 2030. Ela deve ser a COP mais importante na busca da adaptação transformativa, que precisa ser muito rápida e muito urgente”, finalizou.
Uma praga conhecida como ‘Vassoura de Bruxa‘ da mandioca foi registrada pela primeira vez no Brasil em plantios de três municípios do estado do Amapá, na Região Norte do estado: Oiapoque, Amapá e Calçoene.
A praga foi encontrada pela primeira vez em terras indígenas por técnicos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e em seguida nos outros dois municípios. O fungo foi detectado também na Guiana Francesa, que faz fronteira com Oiapoque. O governo do Amapá decretou situação de emergência aos três municípios.
Segundo a nota técnica da Embrapa, o transporte de produtos agrícolas entre as regiões pode ter espalhado o fungo, assim aumentando o risco de infecção em outras áreas. (Veja a nota técnica da Embrapa na íntegra)
O fungo causa uma redução na produtividade de mandioca, além de comprometer a qualidade dos produtos consumidos pela comunidade ou comercializados.
Conforme a Embrapa, a transmissão do fungo pode acontecer através de materiais de manuseio das plantas, como ferramentas de corte e poda, que estejam infectadas, além da movimentação de solo e água.
Outros tipos de fungo semelhantes já apareceram no Amapá em frutos como o cupuaçú e em outras regiões do Brasil, como a crise do cacau do sul da Bahia nos anos 90. Mas a praga que afeta os plantios de mandioca especificamente foi registrada pela primeira vez.
A chefe de pesquisas da Embrapa, Cristiane Ramos, explicou que o fungo registrado na região norte, trata-se de uma praga quarentenária, que consiste em um organismo que a presença pode danificar ou destruir cultivos inteiros e ser um obstáculo na exportação, afetando diretamente a economia local.
“Esse fungo, especificamente, é um fungo que não tinha sido detectado no Brasil, por isso ele é considerado pelo Ministério da Agricultura como uma praga quarentenária. Ontem saiu uma matéria no site do Ministério da Agricultura confirmando que é uma praga quarentenária. Então foi a primeira vez o registro desse fungo aqui no Brasil”, disse a chefe de pesquisas da Embrapa.
Cristiane disse ainda que a chegada da doença ao país ainda está sendo investigada, e pode ter sido transmitida tanto pelo transporte de materiais, quanto pelas pessoas.
“A gente ainda está no processo de investigação, como foi feita a introdução. Tem a questão também da crise climática que tem alterado as condições ambientais no mundo todo. E isso tem mudado a ecologia da maioria dos seres vivos. Nós como um estado de fronteira temos que ter muito cuidado com a defesa fitossanitária, não só do nosso estado como do país todo”, finalizou Ramos.
No Brasil, há 12 espécies de pragas quarentenárias presentes em território nacional, conforme o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e mais de 500 consideradas pragas quarentenárias ausentes (PQA), não registradas no país.
Destas pragas, cerca de 10 já foram transmitidas para outros países na América do Sul e na região do Caribe, e possuem a probabilidade de entrada no Brasil. Cada uma deve ser monitorada com ações de controle específicas conforme as características, sendo reprodução, sobrevivência, capacidade de dispersão e outros.
Aspectos da planta infectada:
A doença Ceratobasidium theobromae (Rhizoctonia theobromae), leva o apelido por deixar a planta seca como uma vassoura de bruxa, deixando os ramos deformados, com nanismo, além da proliferação de brotos fracos e finos nos caules.
É comum após a evolução do vírus a presença da clorose, que deixa as folhas com uma aparência amarela esverdeada ou o ‘verde pálido’.
Em seguida vem a morte da gema apical, quando a temperatura é inferior à -2,2ºC, durante 3 horas, ou a morte descendente, quando todos os órgãos da planta são atingidos pela praga.
Foto: Divulgação/Embrapa
O fungo foi coletado e isolado por pesquisadores do Centro Francês de Pesquisa Agrícola para o Desenvolvimento Internacional (CIRAD/França), em parceria com o Centro Internacional de Agricultura Tropical (CIAT/Colômbia), pois os solos brasileiros afetados apresentas semelhantes aos atingidos na Guiana Francesa.
A Embrapa destacou ainda que é necessária a ação imediata dos órgãos competentes, para que medidas oportunas possam ser tomadas, para manejo e controle, até mesmo avançando para um melhoramento genético das sementes de mandioca.
O secretário de Estado do Desenvolvimento Rural (SDR), Rafael Martins, contou que medidas já estão sendo tomadas para o controle de pragas, com as orientações aos produtores rurais para manter a segurança e garantir que o fungo seja contido.
“Vamos também fazer uma ação que é muito importante, que são os bancos de sementes municipais, onde naquele município nós teremos a multiplicação de sementes sadias para que se evite assim a troca de sementes de municípios, podendo levar esse fungo ou algum outro para outros municípios”, contou o secretário.
Como diminuir o impacto do fungo?
–Monitoramento e Vigilância: o monitoramento nos plantios identifica e evita a proliferação;
–Quarentena: limita que os materiais infectados sejam transferidos para outro lugar;
–Manivas Sadias: uso de manivas com saúde comprovada, que não desenvolvam patógenos;
–Tratamento Químico: utilização de fungicidas específicos para controlar a dispersão;
–Práticas culturais: queima das plantas doentes para reduzir as áreas afetadas;
–Sanitização: higienizar corretamente ferramentas usadas para destruir as plantas infectadas, com água e detergente e em seguida a sanitização com solução de hipoclorito de sódio a 1,25%
–Isolar roupas: roupas usadas nas visitas às áreas atingidas, devem ser colocadas em um saco e lavadas rapidamente;
–Comunicar a população: publicações, vídeos, fotos devem esclarecer á população sobre a condição, sinais e modos de transmissão.
O Governo Federal acaba de computar os dados obtidos com a desintrusão da Terra Indígena Karipuna, uma área de aproximadamente 153 mil hectares, localizada no estado de Rondônia, entre os municípios de Porto Velho e Nova Mamoré. No levantamento, o grande destaque é a queda do desmatamento em razão das medidas adotadas no processo de desintrusão, que ocorreu entre junho e julho deste ano.
A plataforma do Ministério da Justiça, Rede Brasil Mais, constatou que zerou o desmatamento dentro da terra Indígena em junho e julho deste ano. Foi registrada queda de 86% ao ser comparado com o mesmo período em 2022 – 2023, quando o número de alertas estava em 20. A redução fica mais expressiva se comparada a junho e julho de 2022, com 160 alertas de desmatamento. No mesmo período 2022 -2024, a queda é de 100%.
“Tínhamos justamente o desmatamento e as invasões de madeireiros como principais ameaças à Terra Karipuna e ao seu povo. Trabalhamos firme, com 210 servidores públicos federais, para devolver o usufruto do território ao povo originário a quem ele pertence”, afirmou Nilton Tubino, representante da Casa Civil que coordenou as operações.
O processo de desintrusão ocorreu dentro do prazo estabelecido, no período de dois meses, junho e julho, com a participação de 20 órgãos federais. De acordo com o relatório final da Casa Civil, que oficializa o trabalho e os resultados, as ações foram exitosas, com “a retirada dos invasores, a inutilização de maquinários e equipamentos, o monitoramento e a conservação das áreas invadidas”.
Entre os resultados, estão a apreensão de 27 metros cúbicos de madeira e a inutilização de mais 27 m³; a destruição de uma balsa, de 38 acessos e de 17 pontes.
Houve ainda a inutilização de 28 edificações dentro da TIKA, locais que serviam de suporte para armazenar materiais a serem utilizados para o desmatamento, como combustível para motosserra. Os quatro acessos terrestres clandestinos identificados foram desfeitos.
Todas as 152 ações planejadas foram cumpridas, com isso, os 42 indígenas que resistiram à dizimação de seus parentes têm de volta a sua terra em completude e maior segurança. O Governo Federal, através da Força Nacional e da Funai, seguirá presente na área, com patrulhamento e monitoramento para evitar que novas invasões aconteçam.
A homologação da TI Karipuna ocorreu em 1998, com isso, os indígenas estão oficialmente autorizados, e apenas eles, a usufruir de forma plena e exclusiva dos recursos naturais, conforme prevê a Constituição.
O processo de desintrusão atende ainda à uma determinação judicial do Supremo Tribunal Federal (STF) em cumprimento à ADPF nº 709 e a ação do Ministério Público Federal (MPF) em face da União, Funai e Estado de Rondônia.
*Com informações Secretaria de Comunicação Socialdo Governo Federal
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), lançou no início de agosto um projeto com foco no fortalecimento estrutural de assentamentos rurais e na sustentabilidade da agricultura familiar do estado.
O objetivo é fomentar a produção agropecuária em Mato Grosso, buscando maior rentabilidade e garantindo a conservação ambiental. A ideia é mecanizar o processo de produção agrícola, visando redução do trabalho manual e elevando a qualidade dos produtos.
A iniciativa tem quatro metas: o fortalecimento das cadeias produtivas; capacitação; assistência técnica; e gestão e monitoramento. Com isso, o Projeto vai estimular a produção agropecuária de mais de 4.300 agricultores familiares.
Os municípios contemplados pela iniciativa no estado são Cláudia, Mirassol d’Oeste, Tangará da Serra, Juscimeira, Várzea Grande, Acorizal, Campo Verde, Nova Olímpia, Nortelândia, Sorriso, Poconé, Rondonópolis, Pedra Preta, São José dos Quatro Marcos, Poxoréu, São José do Povo e Vila Bela da Santíssima Trindade.
Mulheres Emancipadas
Com o apoio da ONG Lírios, o projeto também visa estimular o desenvolvimento das mulheres rurais e suas famílias, com incentivo no planejamento e gestão agrícola, por meio do projeto “Elas e agricultura: empreendedorismo feminino no campo”.
Ainda, serão ofertadas ações de capacitação, divulgação, intercooperação e organização produtiva entre as participantes, além de promover equidade de gênero e a igualdade de oportunidades no campo. Isso por meio de oficinas temáticas, com foco no fortalecimento pessoal, econômico, social e de cidadania das mulheres do campo.
“Queremos, juntos, levar visibilidade para as mulheres. São elas que plantam, colhem, vendem e produzem. Esse é o objetivo do Governo Federal, para emancipação da mulher do campo. Essa iniciativa vem ao encontro das necessidades de fomentar a gestão e planejamento agrícola de forma eficiente, prática e eficaz”, destacou o ministro Carlos Fávaro.
Ao todo, espera-se que mais de 1500 pessoas sejam atendidas. De forma direta, o projeto pretende atender mulheres das comunidades e dos assentamentos rurais, além disso, comunidades e contemplados no Programa Estratégico de Fortalecimento Estrutural de Assentamentos Rurais e Sustentabilidade da Agricultura Familiar em Mato Grosso, indiretamente.
Por Julio Sampaio de Andrade – juliosampaio@consultoriaresultado.com.br
De tempos em tempos, somos tocados coletivamente com tragédias que nos lembram a fragilidade da vida, ao mesmo tempo que da sua força. Chuvas, desabamentos, guerras e acidentes de avião, por exemplo, levam vidas de uma só vez. Cada uma delas é uma história, e esta é a parte da força. Cada uma delas tem um enredo interrompido por algo inesperado que, de uma hora para outra, muda a trajetória de quem vai e de quem fica.
O jornalismo traz algumas destas histórias à tona e, enquanto faz isso, nos faz sentir humanos ao emocionar e até fazer correr algumas lágrimas disfarçadas. É um pai, uma mãe ou um filho que saiu de casa naquele dia normalmente, saiu daqui e ia para ali, tinha esse ou aquele jeito, seu sonho era realizar isto ou aquilo. Ouvimos as histórias e sentimos um pedacinho das perdas. Empatia é conexão e, por alguns segundos ou minutos, nos sentimos conectados com pessoas que nem conhecemos, mas que sentimos próximas.
Sabemos pouco sobre a morte. Há quem não queira falar da morte, seja porque dá azar, seja porque não quer pensar nisso. Todos nós, enquanto estamos vivos, lidamos com a morte, até que um dia lidaremos com a nossa. Para alguns, a morte significa o fim absoluto, o que deve tornar tudo ainda mais doloroso quando se perde alguém amado.
Outros, como eu, pensam que é um fim de um ciclo e início de outro, só que, para quem se foi, não mais entre nós. Para muitos é reconfortante pensar que a pessoa continua a existir, principalmente, para os que acreditam que poderão continuar a cuidar delas, por meio de orações e outras práticas, de acordo com as crenças de cada um.
Para uns e para outros, há o fator tempo. O tempo futuro cuidará para tornar a dor menos intensa e poderá trazer até um presente, o que chamo de saudade boa. Pensar em alguém que amamos e as suas lembranças nos traz uma sensação gostosa, serena, sem mais a dor da perda.
É no tempo passado que estão estas lembranças e a quem poderemos recorrer para desfrutar de momentos que ficarão para sempre. Eles não são uma possibilidade. Estão no passado, mas são uma realidade.
Representam conquistas ou desafios que foram superados, de alguma forma. Podemos selecionar as que queremos cultivar e as que deixaremos de lado. Podemos ressignificar e compreender melhor até desentendimentos que, na época, pareciam tão importantes, mas que percebemos agora tão pequenos.
O fator tempo, porém, não vive apenas no futuro ou no passado. É no presente que ele pode ser mais bem usufruído. A morte nos lembra da importância de cada encontro com nossos pais, com nossos filhos, com nossos amigos e ajuda a sermos mais empáticos com a dor de quem não conhecemos. A morte, pela força e pela fragilidade da vida, nos lembra do valor de cada dia, seja de trabalho, seja um dia de domingo. A morte, se bem compreendida, pode nos levar a sermos mais gratos e mais altruístas.
Não queremos a morte, mas ela é inevitável. Podemos tirar o melhor proveito dela, chorando sem disfarces quando quisermos chorar e celebrando a vida e construindo felicidade para todos, enquanto ainda estivemos por aqui.
Sobre o autor
Julio Sampaio (PCC,ICF) é idealizador do MCI – Mentoring Coaching Institute, diretor da Resultado Consultoria, Mentoring e Coaching e autor do livro Felicidade, Pessoas e Empresas (Editora Ponto Vital). Texto publicado no Portal Amazônia e no https://mcinstitute.com.br/blog/.
Os fãs de quadrinhos podem viajar sem sair do lugar e a região amazônica está repleta de artistas que constroem uma cena de histórias em quadrinhos única, levando seus leitores a conhecerem diversos locais desta forma. São quadrinistas que retomam memórias, ancestralidades indígenas e negras, falam sobre questões ambientais e muito mais em suas criações.
Algumas HQ’s (histórias em quadrinhos) ajudam a mostrar a realidade do Amazonas, por exemplo, e também revelam o quanto é importante valorizar os artistas locais. Conheça três quadrinhos dedicados a isso:
Death Hunt
Death Hunt – história inédita escrita por Stan Lee – se passa na Amazônia dos dias atuais. John Cord, um policial de Nova York (EUA) está em busca seu irmão, o ambientalista Brent, que despareceu em circunstâncias misteriosas enquanto investigava um garimpo ilegal que estaria ocorrendo nas terras de um povo indígena isolado do mundo exterior.
Cord chega a Manaus (AM) e encontra Niara, uma jornalista de origem indígena, que também está investigando o caso por conta própria. A partir daí a história conta com reviravoltas, suspense, ficção científica e ação, que se desenrolam em um thriller revelador.
O título conta com três amazonenses na sua equipe criativa: Ademar Vieira (roteirista), Raquel Teixeira (Capista) e edição de Sâmela Hidalgo.
Foto: Reprodução
Sete Cores da Amazônia
Sarah é mais uma menina que vive nas inúmeras palafitas da periferia de Manaus. Acostumada com sua rotina de pobreza, Sarah vê seu mundo se expandir enormemente quando conhece sua avó, Ceucy, e embarca em uma jornada de descoberta de suas raízes indígenas.
Desenvolvido por Ademar Vieira e Tieê Santos, a HQ Sete Cores da Amazônia foi lançada em 2018 pelo estúdio independente Black Eye.
Foto: Reprodução
Ajuricaba
A ocupação europeia na Amazônia e o avanço do colonialismo português foi marcado pelo genocídio de centenas de povos nativos. Após anos de conflitos, massacres, doenças e escravização, a resposta indígena veio à altura, com o surgimento de um grande líder oriundo da maior nação guerreira da selva, os manaós, Ajuricaba, um jovem corajoso e inteligente que foi capaz de reunir mais de 30 tribos contra as investidas da coroa portuguesa e conseguiu impedir, durante cinco anos, a expansão do projeto colonial português em toda a calha do Rio Negro.
Seus feitos épicos e sua bravura nunca foram esquecidos e é por isso que, hoje, a capital do Amazonas se chama Manaus, em homenagem a ele e ao povo que deu a vida pela liberdade.
O Fundo de Participação dos Municípios (FPM) é uma das principais fontes de recursos para os municípios brasileiros. Compreender seu funcionamento é essencial para gestores e servidores públicos responsáveis pela administração municipal. O fundo ajuda a custear despesas fundamentais, como folha de pagamentos e serviços de saúde.
Os recursos fazem parte do dinheiro arrecadado pela União, por meio de impostos, e que são repassados, a cada dez dias, a todas as prefeituras do país. As transferências aos municípios são feitas por volta dos dias 10, 20 e 30 de cada mês. Caso a data caia num sábado, domingo ou feriado, o repasse é feito no primeiro dia útil anterior.
De acordo com o Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), os municípios também pode ser impedidos de receber o repasse do FPM. O especialista em orçamento público, Cesar Lima, explica o que faz uma prefeitura ficar bloqueada para receber os repasses.
“Dívidas não honradas, cuja União é, por assim dizer, a fiadora. Quando um município não honra esse compromisso, a União, como fiadora, precisa arcar com o pagamento dessa dívida e, por isso, bloqueia o FPM. O outro motivo são as dívidas previdenciárias, que podem ser tanto de um sistema próprio quanto dos recursos que devem ser recolhidos à União”, explicou.
Existe um mapa interativo que o internauta pode acompanhar este repasse. Confira no link.
Exemplo: arrecadação para Agosto de 2024nos Estados da Amazônia Legal
Acre
Os municípios do Acre receberam mais de R$ 38,8 milhões referentes ao FPM. O valor foi distribuído entre as prefeituras do estado e corresponde à parcela do primeiro decêndio de agosto de 2024.
A capital Rio Branco recebeu R$ 22.554.120,42. Entre os municípios que receberam as maiores quantias estão Cruzeiro do Sul, com R$ 1.931.335,22; Senador Guiomard, com R$ 1.269.551,80; Tarauacá, com R$ 1.158.801,13; e Feijó, com R$ 1.030.045,45.
Já entre as cidades que receberam os menores valores estão Assis Brasil, Jordão e Santa Rosa do Purus, com R$ 386.267,04 cada.
Neste decêndio, o valor total compartilhado entre os 5.568 municípios brasileiros foi de R$ 7.167.198.600,00. Na comparação com a primeira parcela de agosto de 2023, houve um aumento de 21% no repasse.
Os municípios do Amapá receberam mais de R$ 31,1 milhões referentes ao FPM. O valor foi distribuído entre as prefeituras do estado e corresponde à parcela do primeiro decêndio de agosto de 2024.
A capital Macapá recebeu R$ 22.554.120,42. Entre os municípios que receberam as maiores quantias estão Santana, com R$ 1.693.911,42, e Laranjal do Jari, com R$ 1.072.476,44.
Já entre as cidades que receberam os menores valores estão Cutias, Ferreira Gomes e Serra do Navio, com R$ 307.294,91 cada.
Neste decêndio, o valor total compartilhado entre os 5.568 municípios brasileiros foi de R$ 7.167.198.600,00. Na comparação com a primeira parcela de agosto de 2023, houve um aumento de 21% no repasse.
Os municípios do Amazonas receberam mais de R$ 116,5 milhões referentes ao FPM. O valor foi distribuído entre as prefeituras do estado e corresponde à parcela do primeiro decêndio de agosto de 2024.
A capital Manaus recebeu R$ 39.469.712,52. Entre os municípios que receberam as maiores quantias estão Tabatinga e Manacapuru, com R$ 2.883.791,07 cada; Parintins, com R$ 2.828.747,16; Itacoatiara, com R$ 2.307.031,78; e Humaitá e Lábrea, com R$ 2.162.843,50, cada.
Já entre as cidades que receberam os menores valores estão Japurá, com R$ 432.568,70; e Amaturá e Itapiranga, com R$ 576.758,52 cada.
Neste decêndio, o valor total compartilhado entre os 5.568 municípios brasileiros foi de R$ 7.167.198.600,00. Na comparação com a primeira parcela de agosto de 2023, houve um aumento de 21% no repasse.
Os municípios do Maranhão receberam mais de R$ 39.156.462,94 referentes ao FPM. O valor foi distribuído entre as prefeituras do estado e corresponde à parcela do primeiro decêndio de agosto de 2024.
No entanto, duas cidades maranhenses, Alto Alegre do Maranhão e Fortaleza dos Nogueiras, estão impedidas de receber o repasse devido a irregularidades.
Mato Grosso
Os municípios do Mato Grosso receberam mais de R$ 124,8 milhões referentes ao FPM. O valor foi distribuído entre as prefeituras do estado e corresponde à parcela do primeiro decêndio de agosto de 2024.
A capital Cuiabá recebeu R$ 7.518.040,14. Entre os municípios que receberam as maiores quantias estão Rondonópolis, Sinop e Várzea Grande, com R$ 3.139.455,05 cada.
Já entre as cidades que receberam os menores valores estão Acorizal, Castanheira e Santa Cruz do Xingu, com R$ 470.918,43 cada. Além disso, o repasse da primeira parcela de agosto foi bloqueado para os municípios de Canarana e Juscimeira.
Neste decêndio, o valor total compartilhado entre os 5.568 municípios brasileiros foi de R$ 7.167.198.600,00. Na comparação com a primeira parcela de agosto de 2023, houve um aumento de 21% no repasse.
Os municípios de Rondônia receberam mais de R$ 63.7 milhões referentes ao FPM. O valor foi distribuído entre as prefeituras do estado e corresponde à parcela do primeiro decêndio de agosto de 2024.
A capital Porto Velho recebeu R$ 17.542.091,27. Entre os municípios que receberam as maiores quantias estão Vilhena, com R$ 2.333.035,67; Cacoal, com R$ 2.139.839,45; e Ariquemes, com R$ 2.333.035,67.
Já entre as cidades que receberam os menores valores estão Cabixi, Cacaulândia e Castanheiras, com R$ 458.536,66, cada.
Neste decêndio, o valor total compartilhado entre os 5.568 municípios brasileiros foi de R$ 7.167.198.600,00. Na comparação com a primeira parcela de agosto de 2023, houve um aumento de 21% no repasse.
Roraima
Os municípios de Roraima receberam mais de R$ 36.5 milhões referentes ao FPM. O valor foi distribuído entre as prefeituras do estado e corresponde à parcela do primeiro decêndio de agosto de 2024.
A capital Boa Vista recebeu R$ 31.325.166,05. Entre os municípios que receberam as maiores quantias estão Rorainópolis, com R$ 586.392,59; Caracaraí, com R$ 439.794,39; e Cantá, com R$ 439.794,39.
Já entre as cidades que receberam os menores valores estão São João da Baliza e São Luiz, com R$ 219.897,19, cada.
Neste decêndio, o valor total compartilhado entre os 5.568 municípios brasileiros foi de R$ 7.167.198.600,00. Na comparação com a primeira parcela de agosto de 2023, houve um aumento de 21% no repasse.
Os municípios do Pará receberam mais de R$ 230,3 milhões referentes ao FPM. O valor foi distribuído entre as prefeituras do estado e corresponde à parcela do primeiro decêndio de agosto de 2024.
A capital Belém recebeu R$ 26.313.144,07. Entre os municípios que receberam as maiores quantias estão Ananindeua, Parauapebas e Santarém, com R$ 3.164.702,40 cada.
Já entre as cidades que receberam os menores valores estão Brejo Grande do Araguaia, Faro e Pau D’Arco, com R$ 474.706,48 cada.
Neste decêndio, o valor total compartilhado entre os 5.568 municípios brasileiros foi de R$ 7.167.198.600,00. Na comparação com a primeira parcela de agosto de 2023, houve um aumento de 21% no repasse.
Tocantins
Os municípios de Tocantins receberam mais de R$ 97.7 milhões referentes ao FPM. O valor foi distribuído entre as prefeituras do estado e corresponde à parcela do primeiro decêndio de agosto de 2024.
A capital Palmas recebeu R$ 17.542.091,27. Entre os municípios que receberam as maiores quantias estão Araguaína, com R$ 3.148.552,48; Gurupi, com R$ 3.148.552,48; e Guaraí, com R$ 1.101.988,35.
Já entre as cidades que receberam os menores valores estão Dueré, Fátima e Goianorte, com R$ 472.284,28, cada.
Neste decêndio, o valor total compartilhado entre os 5.568 municípios brasileiros foi de R$ 7.167.198.600,00. Na comparação com a primeira parcela de agosto de 2023, houve um aumento de 21% no repasse.
O Banco Mundial – Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) – precificou no dia 13 de agosto um título vinculado ao reflorestamento da Amazônia, com prazo de 9 anos, no valor de US$225 milhões.
Este é o maior título vinculado a resultados já precificado pelo Banco Mundial, oferecendo aos investidores um cupom que é composto por uma parte fixa garantida e outra que é variável, atrelada à geração de Unidades de Remoção de Carbono (CRUs) provenientes de projetos de reflorestamento na floresta Amazônica, no Brasil.
Este título é o primeiro a vincular o retorno financeiro dos investidores à remoção de carbono da atmosfera, distinguindo-se de transações anteriores que eram baseadas na venda de créditos de carbono relativos a emissões evitadas.
Deste total, aproximadamente US$36 milhões estão sendo mobilizados para apoiar as atividades de reflorestamento da Mombak, uma empresa brasileira que utiliza esses fundos para adquirir ou firmar parcerias com proprietários de terras na Amazônia, com o objetivo de reflorestar áreas com espécies de árvores nativas.
Além de remover carbono, o reflorestamento contribui para o aumento da biodiversidade e promove o desenvolvimento socioeconômico das comunidades locais. O uso de CRUs nesta estrutura de bônus por resultados introduz um novo modelo de mobilização de capital privado para o financiamento do reflorestamento.
“Uma variedade de parceiros e ferramentas de financiamento é necessária para apoiar a Amazônia e ajudar as comunidades locais a buscarem modos de vida sustentáveis, proteger sua biodiversidade e seu papel global na mitigação das mudanças climáticas”, disse Jorge Familiar, vice-presidente e tesoureiro do Banco Mundial.
“O histórico de participação na transação de hoje demonstra que os investidores privados estão ansiosos para conectar seus retornos financeiros a resultados positivos de desenvolvimento na região amazônica. Com este título, o maior de todos os tempos, continuamos a nos sentir encorajados pelo crescente interesse nesta estrutura, assim como pela diversidade de setores apoiados.”
O título tem proteção de 100% do principal e os recursos, de US$225 milhões, serão utilizados para apoiar as atividades de desenvolvimento sustentável do Banco Mundial ao redor do mundo. Os investidores do título abrirão mão de uma parte dos pagamentos de cupom ordinário, com valores equivalentes a serem disponibilizados, via uma transação de hedge com o HSBC, para financiar os projetos da Mombak.
Os projetos de reflorestamento da Mombak estão alinhados com as prioridades do Banco Mundial na Amazônia e não são financiados por empréstimos do BIRD. As CRUs geradas serão adquiridas através de um contrato de compra e venda por um comprador de CRUs. Uma parte da receita gerada por essa venda será destinada aos detentores do título na forma de juros atrelados às CRUs, além do cupom mínimo garantido que o Banco Mundial pagará aos investidores.
O título oferece aos investidores um potencial benefício financeiro em comparação com os títulos tradicionais do Banco Mundial de prazos semelhantes, caso os projetos e a monetização das CRUs de alta qualidade ocorram conforme o esperado.
“Estamos satisfeitos em colaborar com o Banco Mundial nesse título inovador, que visa apoiar o reflorestamento de milhares de hectares da floresta Amazônica brasileira. Temos o compromisso de ajudar nossos clientes a financiar projetos de desenvolvimento sustentável que façam a diferença no enfrentamento das mudanças climáticas. Foi um privilégio para o HSBC estruturar a transação e atuar como único agente líder na maior emissão de títulos vinculados a resultados do Banco Mundial até a presente data”, afirmou Greg Guyett, CEO do Global Banking & Markets do HSBC.
Foto: Divulgação/Fundo Amazônia
Sobre o Banco Mundial
Os títulos do Banco Mundial apoiam o financiamento de programas que promovem os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Os títulos estão alinhados com as Diretrizes de Títulos de Sustentabilidade publicadas pela Associação Internacional de Mercado de Capitais e, como tal, financiam uma combinação de projetos, programas e atividades verdes e sociais, ou seja, de “desenvolvimento sustentável”, nos países membros do BIRD, conforme descrito na Estrutura de Títulos de Desenvolvimento Sustentável do Banco Mundial.
O Banco Mundial (Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento, BIRD), classificado como Aaa/AAA (Moody’s/S&P), é uma organização internacional. Criado em 1944, é membro original do Grupo do Banco Mundial e opera como uma cooperativa de desenvolvimento global de propriedade de 189 nações. O Banco Mundial oferece empréstimos, garantias, produtos de gerenciamento de risco e serviços de consultoria a países de renda média e outros países com capacidade de crédito, com o objetivo de apoiar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, erradicar a pobreza extrema e promover a prosperidade compartilhada.
Além disso, oferece liderança para coordenar respostas regionais e globais aos desafios do desenvolvimento. O Banco Mundial emite títulos de desenvolvimento sustentável nos mercados de capitais internacionais há mais de 70 anos para financiar programas e atividades com impacto positivo. Mais informações sobre os títulos do Banco Mundial estão disponíveis em www.worldbank.org/debtsecurities.
Você gosta de se aventurar pelo bioma amazônico? No Pará, por exemplo, uma boa pedida são os parques estaduais administrados pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio). Com atrações para todos os perfis de visitantes, eles garantem um passeio recheado de cultura, aventura e tranquilidade em meio à exuberante natureza paraense.
Em Belém, o Parque Estadual do Utinga “Camillo Vianna” é uma das escolhas para quem busca lazer sem precisar sair da capital. Com funcionamento das 6h às 17h, o local oferece uma ampla gama de atividades, incluindo trilhas, caminhadas e ciclismo, além de esportes aquáticos, como passeios de caiaque. A UC é perfeita para famílias e esportistas que querem desfrutar do feriado em meio à natureza, sem abrir mão do conforto da cidade.
Pré-História
Enquanto isso, o Parque Estadual de Monte Alegre, na região oeste paraense, destaca-se por suas belezas naturais e importância arqueológica. Os visitantes têm a chance de conhecerem as famosas e raras pinturas e inscrições rupestres que datam de aproximadamente 12 mil anos.
Os desenhos são considerados pelos especialistas como os sítios arqueológicos mais antigos da Amazônia. Essa imersão na história oferece uma experiência única e educativa, ideal para quem busca conhecer mais sobre o patrimônio cultural amazônico.
Além dos aspectos históricos, o Parque de Monte Alegre é um verdadeiro paraíso para os amantes da natureza. As trilhas que percorrem a UC revelam formações rochosas impressionantes e uma biodiversidade rica, que inclui diversas espécies endêmicas da região. Os mirantes ao longo dos percursos oferecem vistas panorâmicas que capturam a essência das paisagens amazônicas, tornando cada caminhada uma experiência visual e sensorial.
Foto: ASCOM – IDEFLOR-Bio
Cachoeiras
No sudeste paraense, o Parque Estadual da Serra dos Martírios/Andorinhas, em São Geraldo do Araguaia, promete uma experiência também marcante. Situado em uma área de transição entre os biomas Amazônia e Cerrado, o local combina o melhor dos dois mundos, com uma diversidade de flora e fauna que impressiona até os visitantes mais experientes. A UC é um destino popular para ecoturismo e atrai visitantes de todo o Brasil em busca de aventura e tranquilidade.
As mais de 30 cachoeiras catalogadas são um dos principais atrativos do local. Com suas águas cristalinas e quedas d’água de grande impacto, as cachoeiras proporcionam momentos de relaxamento e contato profundo com a natureza. Além disso, os mirantes estrategicamente posicionados oferecem vistas de tirar o fôlego, tornando o Parque um cenário ideal para fotógrafos e amantes de paisagens naturais.