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Dicionário Tupi Mondé: a resistência linguística do povo Cinta Larga

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Foto: Reprodução/Funai

O povo Cinta Larga, em Rondônia, destaca-se por ser uma das poucas etnias indígenas brasileiras em que a língua materna, o Tupi Mondé, ainda é predominante no cotidiano das aldeias: uma “legado” que é passado de geração para geração há milhares de anos.

Em alusão ao Dia Internacional dos Povos Indígenas, o Grupo Rede Amazônica conversou com representante da etnia Cinta Larga, Itxalee OyGoyan Cinta Larga, de 18 anos, que desenvolveu um projeto para criar um dicionário que “traduz” o Tupi Mondé para a língua portuguesa. O projeto foi apresentado em março na 23ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia na Universidade de São Paulo (USP).

“No meu contexto, é falado o Tupi-Mondé tanto em casa quanto em outros lugares. Temos indígenas que saem das comunidades pra trabalhar, então eles acabam aprendendo o português para se virar. Mas dentro das aldeias, a língua é muito mais forte e preservada. A oralidade está em todos os momentos”, relata.

A língua Tupi-mondé é falada por quatro etnias no estado de Rondônia, são elas: Cinta Larga, Paiter-Suruí, Zoró e Gavião.

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Pelo projeto, o estudante foi premiado com três reconhecimentos nacionais. Segundo Itxalee OyGoyan, o idioma é parte essencial da identidade do povo e ainda é transmitido com naturalidade pelas gerações mais velhas, o que garante sua continuidade.

O exemplo dos Cinta Larga é especialmente relevante num cenário em que muitas línguas originárias estão em risco de desaparecimento diante da crescente influência do português e da perda de tradições orais entre outras comunidades indígenas.

Preservar a língua Tupi Mondé é resistir

De acordo com o indígena, preservar o idioma vai muito além das palavras: é manter viva a história e o modo de vida do seu povo.

“Nós temos uma riqueza muito grande. Preservar o idioma garante que o nosso passado e presente não sejam apagados no futuro. Por isso, aprendemos e ensinamos para os mais novos”, declara.

O esforço do jovem faz parte de um movimento mais amplo de valorização das línguas indígenas no Brasil. Especialistas alertam que muitas delas estão em risco de extinção, e iniciativas como essa se tornam fundamentais para manter viva a diversidade cultural dos povos originários.

O cenário é semelhante entre o povo do professor licenciado em Ciências Sociais, Edir Cinta Larga. Ele destaca que 98% dos indígenas ainda falam a língua materna. Para ele, a preservação vai além da comunicação: é uma questão de sobrevivência cultural.

“Eu diria que o povo são 98% falantes da língua materna. Existe esse 2% que são mestiços que não falam, mas entendem. Ainda assim, nossa língua é presente e usada no dia a dia”, afirma Edir.

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Tupi Mondé é lingua dos cinta larga Foto: Reprodução/Funai
o Tupi MoTupi Mondé é lingua dos cinta larga Foto: Reprodução/Funaindé

Uma língua, múltiplas formas de ver o mundo

A língua Cinta Larga pertence à família linguística Tupi-Mondé, dentro do tronco Tupi, uma das ramificações mais expressivas entre os povos indígenas do Brasil. Para Edir, a principal característica da língua vai além da gramática ou fonética, está na forma própria como o povo interpreta o mundo.

“Acredito que a característica da nossa linguagem é a nossa maneira própria de denominar e descrever o que faz parte do nosso mundo interno. Cada subgrupo do nosso povo, Mãn, Kaban e Kakin, tem suas variações. Apesar de sermos do mesmo povo, temos diferenças regionais, inclusive na forma de nomear as coisas”, explica.

A ameaça de extinção de línguas indígenas é uma realidade preocupante no Brasil. Segundo a Unesco, a cada duas semanas uma língua indígena desaparece no mundo. Edir reforça que a perda de um idioma tradicional é o desaparecimento de uma forma de entender o mundo.

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“Perder a linguagem é perder sua identidade, perder suas características, sua base. Sem a linguagem, não tem como você se identificar com uma etnia, com aquele povo. Também se perde a forma de transmitir conhecimento, de se comunicar”, afirma.

Do ponto de vista científico, o desaparecimento de uma língua implica a perda de séculos de saberes acumulados, especialmente sobre o meio ambiente, medicina natural, manejo da floresta e espiritualidade.

Celebrar o Dia Internacional dos Povos Indígenas é reconhecer a importância dos povos originários, não apenas como guardiões de florestas e terras, mas como detentores de saberes ancestrais que enriquecem a identidade e a diversidade do Brasil.

*Por Beatriz Rodrigues, estagiária sob supervisão de Jaíne Quele Cruz, da Rede Amazônica RO

Termo de Cooperação Técnica para manutenção de status sanitário da febre aftosa é assinado por estados da Amazônia

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Foto: Alice Leão/Secom-AC

A Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf), o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf) e a Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron) assinaram, no dia 7 de agosto, o Termo de Cooperação Técnica que institui o Plano de Contingência Para Proteção da Zona Livre de Febre Aftosa sem Vacinação, recentemente reconhecida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

O documento prevê ações conjuntas envolvendo os três estados para a manutenção do novo status sanitário. Participaram da assinatura o diretor-presidente da Adaf, José Omena, e os presidentes do Idaf, José Francisco Thum, e da Idaron, Júlio César Peres.

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“O impacto disso é uma segurança para os nossos rebanhos e tornar a vigilância ainda mais ativa, para que mal nenhum atinja nossos rebanhos. E a gente mostre para os outros países que estamos consolidados com as orientações do Ministério da Agricultura e Pecuária, junto com as agências de defesa agropecuária”, destacou José Omena.

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Foto: Alice Leão/Secom-AC

Termo institui Plano de Contingência

O principal objetivo do plano de contingência é estabelecer ações de prevenção a uma possível ocorrência de febre aftosa em zonas ou países adjacentes, estabelecendo um fluxo coordenado de ações entre os estados que compõem a zona, mapeando e registrando pontos de vulnerabilidade para animais e produtos de risco, protegendo a zona livre da doença de ameaças externas e viabilizando respostas rápidas, baseadas em dados atualizados de risco.

O documento prevê, ainda, a instituição de uma Comissão Interestadual da Zona Livre Sem Vacinação, composta por representantes do Serviço Veterinário Oficial do Amazonas, Acre e Rondônia e da iniciativa privada ligada ao setor, em cada um dos estados.

Após a assinatura do termo, em que cada um dos estados que compõem a zona livre de febre aftosa sem vacinação se compromete a cumprir as medidas necessárias à manutenção do status sanitário, o plano será apresentado à OMSA. O conjunto de ações nele previsto garante preservar a condição sanitária alcançada, além de conquistar a confiança dos mercados no agronegócio nacional e internacional.

Leia também: Roraima conquista status histórico de Estado livre de febre aftosa sem vacinação

No dia 29 de julho, em Brasília, o Amazonas recebeu do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) o documento que chancela o status sanitário internacional de livre de febre aftosa sem vacinação. O certificado foi entregue ao diretor-presidente, José Omena.

O documento havia sido entregue pela OMSA ao Brasil em maio, em Paris, onde está sediada a organização internacional. Agora, o Mapa entregou o certificado individualmente a cada um dos 22 estados que evoluíram para o novo status sanitário, que passa a abranger todas as regiões.

Na prática, o novo status representa para os pecuaristas redução de gastos com vacinação, além de possibilitar a abertura de novos mercados, colocando o Amazonas e o restante do país em um novo nível de produção, possibilitando o desenvolvimento do setor de produção de proteína animal.

*Com informações da Agência Amazonas

Colheita da Soja: mais de R$ 900 milhões devem ser movimentados em Roraima em 2025

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Foto: Reprodução/Acervo Secom RR

A Colheita da Soja no Cerrado de Roraima é um dos grandes marcos econômicos do estado anualmente e, em 2025, deve movimentar mais de R$ 900 milhões segundo a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Roraima (Aprosoja-RR). Este ano a abertura acontece entre 8 e 9 de agosto.

O agronegócio de Roraima celebra o período com a expectativa de produção de 430 mil toneladas e conta com a presença de produtores, técnicos e lideranças, com o objetivo de fortalecer o setor agrícola da região.

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Roraima tem plantações do grão em propriedade de oito municípios, que iniciaram a colheita da safra ainda em julho. A estimativa é baseada em uma média de 55 sacas por hectare, com uma área plantada de 132 mil hectares ao todo, um aumento de 16 mil hectares em relação ao ano passado.

O diretor-presidente da Aprosoja-RR, Murilo Ferrari, explica que, da produção de Roraima, cerca de 40% é processada no estado, em torno de 170 mil toneladas. O restante é levado para outras regiões do Brasil.

A produção no estado ocorre nos seguintes municípios:

  • Boa Vista
  • Alto Alegre
  • Cantá
  • Bonfim
  • Mucajaí
  • Caracaraí
  • Rorainópolis
  • e São João da Baliza.

“Enquanto o cenário nacional é de retração nos investimentos, Roraima segue em crescimento. O estado se firma como nova fronteira agrícola”, destacou Murilo Ferrari.

Produção da soja em Roraima

Dados do Governo de Roraima de 2024 fazem um comparativo desse crescimento desde 2018, quando o estado possuía uma área plantada de grãos de 56.887 hectares e produção de 223.092 toneladas de grãos, incluindo soja, arroz e milho; mas chegou ao fim de 2024 com área de cultivo de grãos de 152.533 hectares e 640.005,9 toneladas de produção de grãos.

“Isso representa respectivos aumentos de mais de 168% na área plantada e aproximadamente 187% na produção de grãos entre 2018 e 2024”, apontou o governo.

A soja segue como o grão com maior destaque: a área plantada em 2018 era de 37.670 hectares e produção de 105.780 toneladas de soja, saltando para o cultivo de 116.174 hectares e produção de 415.315,1 toneladas do grão até outubro de 2024.

Leia também: Conheça as vegetações não florestais do bioma Amazônia

Segundo informações levantadas pela Aprosoja Brasil, a soja é a principal cultura agrícola do país. Dados da Embrapa, por exemplo, apontam que o uso do solo no Brasil é de 8% para a agricultura (grãos – 60 milhões de hectares) e, destes, a soja ocupa 3,5% (33 milhões de hectares).

A soja se tornou a principal espécie cultivada em Roraima, entre outros fatores, por sua grande adaptação às condições edafoclimáticas. Mesmo em áreas de primeiro ano de plantio, apresenta alta produtividade, fato esse que não ocorre em outros locais de expansão agrícola, onde tradicionalmente cultiva-se o arroz em áreas de abertura.

Abertura Oficial da Colheita da Soja 2025

A Abertura Oficial da Colheita da Soja no Cerrado de Roraima – Safra 2025 acontece nos dias 8 e 9 de agosto, promovida pela Aprosoja-RR em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Roraima (FAERR) e o Governo de Roraima.

O governador do estado, Antonio Denarium, convidou os interessados a conhecer e participarem do evento.

A programação começou na noite do dia 8 com uma palestra do pesquisador Daniel Barcelos Vargas, da Universidade Federal de Roraima (UFRR), sobre produção tropical de alimentos e desenvolvimento nacional.

Colheita da soja roraima 2025 palestra abertura
Foto: Reprodução/Governo de Roraima

Neste sábado (9) o evento segue na Fazenda Ouro Verde, localizada na RR-206, zona Rural de Alto Alegre, com visitação aos estandes de patrocinadores e colheita simbólica da soja.

O evento conta ainda com a cobertura do Grupo Rede Amazônica em Roraima. O diretor executivo Joel Cristian Gomes destacou que o objetivo é “mostrar que Roraima produz com eficiência, profissionalismo, respeito ao meio ambiente e aos povos originários. É uma forma de atrair ainda mais investimentos e mostrar o potencial da agricultura no estado”.

Pará registra menor área de desmatamento da década, aponta Deter

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Foto: Bruno Cecim/Agência Pará

O Pará alcançou um marco histórico na luta contra o desmatamento: segundo dados do sistema Deter do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), analisados pela Secretaria de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade (Semas), o Estado registrou, no acumulado entre agosto de 2024 e julho de 2025, a menor área recoberta por alertas de desmatamento da última década, com 1.325 km².

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O número representa uma redução de 21% em relação ao período anterior, quando foram registrados 1.681 km², além de uma redução de 66%, se comparado ao ano de 2020, quando foram registrados 3.918 km² de área sob alertas. O resultado comprova que o Pará não foi o Estado que mais desmatou em 2025.

O desempenho positivo reafirma o papel de liderança do estado no enfrentamento à crise climática e à degradação ambiental na Amazônia Legal. O resultado se soma à queda verificada no mês de julho de 2025, com 182 km² de alertas, a menor área do mês desde 2019. Percentualmente, essa redução foi de 80%, em relação ao mesmo mês do ano de 2019, e de 36% com julho do ano passado. 

“O Pará está mostrando ao Brasil e ao mundo que é possível aliar desenvolvimento com proteção ambiental. Essa redução histórica no desmatamento é fruto de um esforço coordenado, com presença do Estado no território, fortalecimento da fiscalização e valorização de quem produz com responsabilidade”, afirmou o governador Helder Barbalho.

Com os novos dados, o estado permanece como um dos protagonistas no combate ao desmatamento na Amazônia Legal. Mesmo sendo um dos maiores estados da região, sua participação nos alertas caiu de 39% para 29% do total em um ano, enquanto outros Estados tiveram aumentos. 

No acumulado anual, foi reduzido em 356 km² a área sob alerta de desmatamento em comparação com 2024, mantendo a tendência de queda iniciada em 2021.

Segundo o secretário de Estado de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade, Raul Protázio Romão, os resultados reforçam a efetividade das políticas adotadas. “Estamos colhendo os frutos de uma atuação estratégica baseada em rastreabilidade, regularização ambiental, comando e controle e incentivo à produção sustentável. O Pará chegará à COP30 com resultados concretos, e isso dá ainda mais força à nossa agenda ambiental e climática”, destacou o secretário.

Leia também: Em março, Pará registra redução de 36% em área recoberta por alerta de desmatamento

Pará busca se tornar referência

Os dados divulgados pela Semas chegam em um momento estratégico, em que o estado se organiza para a 30ª Conferência das Partes sobre Mudança do Clima da ONU (COP30), que será realizada em Belém em novembro de 2025. A capital paraense será o centro das discussões climáticas globais, e os números posicionam o estado como exemplo de transição pra uma economia de baixo carbono.

A gestão estadual destaca ainda o papel da integração entre os órgãos ambientais, municípios e setor produtivo, que vem sendo fortalecida por meio de iniciativas como o Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA), O Plano de Bioeconomia, o Programa Regulariza Pará e os investimentos em tecnologia de monitoramento.

“Esse resultado não é obra do acaso. É uma mudança de paradigma que envolve o campo, a cidade, a floresta e os povos que vivem nela. Estamos pavimentando o caminho para um novo modelo de desenvolvimento na Amazônia”, completou Helder Barbalho.

Embora o estado tenha registrado uma redução significativa, o cenário geral da Amazônia Legal aponta um leve aumento de 4% na área de desmatamento em comparação com o ciclo anterior.

Ainda assim, o total acumulado da Amazônia Legal em 2025 (4.495 km²) é o segundo menor dos últimos sete anos, o que reflete, em parte, os avanços regionais coordenados.

Com a visibilidade global proporcionada pela COP30, o governo espera consolidar parcerias, atrair investimentos verdes e acelerar a implementação de políticas públicas voltadas à conservação florestal e à justiça climática.

“Queremos transformar os bons números em melhores condições de vida para as populações da floresta e atrair os recursos necessários para ampliar nosso impacto positivo. A floresta em pé precisa valer mais do que derrubada, e o Pará está provando isso com dados”, finalizou Raul Protázio Romão. 

O Inpe também divulgou a taxa de desmatamento referente ao ano Prodes 2024, período compreendido entre agosto de 2023 a julho de 2024. De acordo com os números consolidados, o desmatamento no Estado foi de 2.395 km’, representando uma redução de 27,40% (-904 km) em relação à taxa registrada em 2023 (3.299 km). Trata-se do menor valor anual da série histórica recente (2019-2024), evidenciando uma tendência de queda progressiva.

*Com informações da SEMAS-PA

Qualidade da água do Rio Tarumã-Açu é analisa por meio de projeto em Manaus

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Foto: Moisés Henrique/Ipaam

O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), em parceria com a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), realizou no dia 7 de agosto a análise do Índice de Qualidade da Água (IQA) no Rio Tarumã-Açu, na zona oeste de Manaus. A ação integra o Programa de Monitoramento de Água, Ar e Solos do Estado do Amazonas (ProQAS/AM) e tem como objetivo levantar dados atualizados sobre a condição ambiental de uma das áreas mais utilizadas para lazer e instalação de flutuantes na capital.

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De acordo com o diretor-presidente do Ipaam, Gustavo Picanço, o monitoramento técnico subsidia decisões mais seguras sobre a ocupação da área. “Preservar o Tarumã é proteger não só o meio ambiente, mas também a saúde pública e o direito de todos a um ambiente equilibrado”, afirmou.

A análise foi acompanhada pelo gerente de Recursos Hídricos do Ipaam, o doutor em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia, Daniel Nava, e pelo pesquisador do ProQAS/AM, Rafael Lopes e Oliveira, doutor em Biotecnologia.

“Esse monitoramento faz parte do controle ambiental que é responsabilidade do Ipaam. No Tarumã, realizamos há anos essa atividade em parceria com a UEA, com coletas na cheia e na vazante. Em 2023, os resultados indicaram perda de qualidade em diversos parâmetros, como se o rio estivesse pedindo socorro. Por isso, interrompemos o licenciamento de novos flutuantes na região”, explicou Daniel Nava.

Leia também: Após 14 dias de monitoramento nos rios do Amazonas, expedição retorna a Manaus

Foto: Moisés Henrique/Ipaam

Segundo o gerente, a situação é agravada pela ausência de um Plano Diretor de Saneamento em Manaus, o que faz com que igarapés da cidade despejem esgoto sem tratamento diretamente no Tarumã-Açu.

“O igarapé hoje traz todo esse aporte para o Tarumã, que vai perdendo a capacidade de depuração. Isso compromete a balneabilidade em vários trechos, tornando a água imprópria para banho. Estamos trabalhando com a UEA em indicadores de balneabilidade para que a população tenha acesso online e possa se planejar com segurança”, reforçou.

Leia também: Plano do MP prevê retirada gradual de flutuantes do Tarumã-Açu em Manaus até 2027

O pesquisador Rafael Lopes detalhou os parâmetros utilizados na análise. “Pesquisamos o Tarumã-Açu há mais de cinco anos. Avaliamos prioritariamente o Índice de Qualidade da Água, composto por nove parâmetros, como coliformes, pH, oxigênio dissolvido, turbidez, fósforo e outros. Mas, ao todo, analisamos 164 indicadores. O IQA é uma nota de zero a 100, e quando esse valor fica abaixo de 50, já é sinal de alerta para o uso humano da água”, destacou.

O monitoramento também subsidia a construção do Plano de Gestão da Bacia Hidrográfica do Tarumã-Açu, em desenvolvimento pelo Ipaam em parceria com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), a UEA e o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Tarumã-Açu (CBHTA), do qual o Instituto é vice-presidente.

qualidade da agua é monitorada em manaus por meio de projeto
Foto: Moisés Henrique/Ipaam

Entrega dos resultados da qualidade da água

Os resultados das análises serão apresentados no dia 12 de agosto, em evento no auditório do Centro de Monitoramento Ambiental e Áreas Protegidas (CMAAP) do Ipaam. O professor da UEA Sergio Duvoisin Junior, doutor em Físico-Química e coordenador do ProQAS/AM, irá expor os dados coletados e as interpretações técnicas.

Após a apresentação, o documento com as conclusões será encaminhado pelo diretor-presidente do Ipaam aos órgãos de controle ambiental, de Justiça, à Prefeitura de Manaus, à Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM), ao CBHTA, entre outras instituições.

Rafael Lopes convidou a população a participar da apresentação dos resultados da análise. “Vamos mostrar como a região está sendo utilizada e discutir os próximos passos para garantir a sustentabilidade do Tarumã-Açu. Os coliformes e o pH são os parâmetros mais fáceis de entender para a população”, finalizou.

O ProQAS/AM é coordenado por doutores e conta com uma equipe multidisciplinar formada por profissionais com graduação, além de alunos de mestrado e doutorado nas áreas de Engenharia Florestal, Química, Biologia e Matemática. Essa diversidade contribui para análises técnicas e precisas, fundamentais para a preservação dos recursos naturais do Amazonas.

*Com informações da Agência Amazonas

Copa Wajãpi de Futebol chega à 5ª edição em Pedra Branca do Amapari: integração cultural

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Foto: Irineu Ribeiro/Arquivo Secom GEA

Cerca de 200 atletas indígenas se reúnem por dois dias na Aldeia Polo Aramirã, em Pedra Branca do Amapari (AP), com foco no esporte e na integração cultural. O evento que atrai os atletas indígenas é a Copa Indígena Wajãpi de Futebol, que chega à sua 5ª edição. O evento acontece nos dias 8 e 9 de agosto, no Estádio Pajé Maraca e conta com apoio do Governo do Amapá.

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A disputa conta com a participação de 10 equipes indígenas e jogadores representantes das aldeias Mariry, Manilha, Yvyrareta, Aramirã, Wakõwa, Tajauwyry, Okora’yry, Ytuwasu, Yvytõtõ e Amapari Wãnã.

Copa busca valorizar cultura unindo saúde e esporte

Sob coordenação da Prefeitura de Pedra Branca do Amapari, por meio do Departamento de Desporto e Lazer (DDL), a programação conta com o apoio da Secretaria Extraordinária de Estado dos Povos Indígenas do Amapá (Sepi).

“Esse evento representa a valorização do esporte dos nossos parentes. Os povos indígenas esperam esse reconhecimento, a preservação das nossas histórias e costumes, e isso está sendo feito pelo Governo do Amapá, que tem apoiado e respeitado a trajetória do nosso povo. Estamos felizes por esse evento, e esperamos que haja muita interação, diversão e lazer para os nossos Wajãpi”, destaca o secretário adjunto da Sepi, Motã Wajãpi.

Copa Wajãpi de futebol reúne em Pedra Branca do Amapari. Foto: Divulgação/Prefeitura de Pedra Branca do Amapari
Copa Wajãpi de futebol reúne em Pedra Branca do Amapari. Foto: Divulgação/Prefeitura de Pedra Branca do Amapari

Leia também: 6 pontos turísticos imperdíveis de municípios do Amapá

A Copa Wajãpi tem como principal objetivo fortalecer os laços entre as comunidades indígenas, promovendo a prática esportiva, o intercâmbio cultural e a preservação das tradições do povo Wajãpi.

*Com informações da Agência Amapá

Lula sanciona lei do licenciamento ambiental com 63 vetos

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Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, nesta sexta-feira (8), com vetos, o polêmico projeto de lei (PL) aprovado pelo Congresso Nacional que elimina ou reduz exigências para o licenciamento ambiental no Brasil.

Leia também: Portal Amazônia responde: o que é Licenciamento Ambiental?

Lula vetou 63 dos 400 dispositivos propostos pelo PL do Licenciamento Ambiental ou PL da Devastação – como vinha sendo chamado por ambientalistas – aprovado pela Câmara no último dia 17. 

O Planalto informou que os vetos garantem “proteção ambiental e segurança jurídica” e foram definidos após escutar a sociedade civil.

Apoiado pelo agronegócio e setores empresariais, o PL vinha sendo denunciado por organizações ambientalistas e pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) como grave retrocesso ambiental.

Ao explicar os vetos no projeto de lei do presidente Lula em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, a ministra do meio ambiente, Marina Silva, informou que essa foi uma decisão coletiva do governo.

“Foi um trabalho que, no nosso entendimento, mantém o diálogo com o Congresso Nacional, fazendo com que a gente assegure a integridade do licenciamento ambiental e consiga fazer processos que ganhem celeridade sem a perda da qualidade do licenciamento que é fundamental para proteção do meio ambiente em um contexto de crise climática, perda de biodiversidade e de processos de desertificação”, explicou.

Uma medida provisória (MP) e um outro projeto de lei com urgência constitucional também foram assinados por Lula nesta sexta, para recompor, em parte e com outras redações, os dispositivos vetados.

Leia também: Instituições ambientais reagem à aprovação do PL do Licenciamento Ambiental

Vetos do projeto de lei

A MP editada trata exclusivamente da modalidade de Licenciamento Ambiental Especial (LAE), que permitia um licenciamento simplificado para projetos e obras consideradas “estratégicas” pelo governo.

Apesar de manter a nova modalidade criada pelo projeto, o governo vetou a possibilidade desse tipo de processo ser realizada com fase única. Marina Silva explicou que a LAE estabelecida pela MP não exclui etapas.

“O LAE passará a ser acionado para estabelecer projetos prioritários, que terão equipes destinadas a dar celeridade aos licenciamentos, mas não se permitirá licenciamento simplificado, ou monofásico”, informou.

A secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior, destacou que a decisão dos vetos envolveu todo o governo, e não apenas um ministério. Ainda segundo Belchior, o trabalho do governo foi guiado por quatro diretrizes principais.

“As diretrizes são: garantir a integridade do processo de licenciamento; dar segurança jurídica para os empreendimentos e investidores responsáveis; assegurar os direitos dos povos indígenas e comunidades quilombolas, e incorporar dispositivos que tornem o licenciamento mais ágil sem prejudicar sua eficiência”, explicou.

Leia também: Projeto de Lei altera regras de licenciamento ambiental; veja o que muda

Potencial poluidor

O governo vetou ainda a possibilidade de licenciamento simplificado para empreendimentos de médio potencial poluidor, o que inclui modalidade de licenciamento por autodeclaração.

Com isso, a Licença por Adesão e Compromisso (LAC) fica mantida apenas para obras de baixo impacto ambiental.

“Evita que empreendimento de risco relevante, como barragens de rejeitos, realizem licenciamento simplificado sem análise técnica adequada. O PL do Executivo [assinado hoje], além de restringir a LAC para baixo potencial de impacto, acrescenta limites ao procedimento autodeclaratório”, informou o Planalto.

Unidades da federação

O governo também vetou dispositivos que transferiam, “de forma ampla”, para os estados e o Distrito Federal (DF), a responsabilidade por definir os parâmetros e critérios para licenciamentos. Com os vetos, o governo estabeleceu que os estados devem respeitar “padrões nacionais”.

Também foi vetada a possibilidade de retirar a Mata Atlântica do regime de proteção especial para supressão de floresta nativa.

“[O bioma] já se encontra em situação crítica, com apenas 24% de sua vegetação nativa remanescente”, justificou o Planalto.

Presidente Lula. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Povos tradicionais e produtores rurais

Outro veto do presidente Lula derrubou o dispositivo que limitava as consultas a comunidades indígenas e quilombolas para empreendimentos realizados em suas áreas.

Pelo PL, apenas as comunidades com o território homologado ou titulado teriam que ser consultadas. Com o veto, os grupos indígenas e quilombolas que tenham iniciado o processo de reconhecimento devem ser consultados.

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“A limitação proposta no texto do PL aprovado deixaria de fora uma série de povos e territórios em fase de reconhecimento pela Funai e pela Fundação Palmares, contrariando a Constituição Federal”, justificou o governo.

Também foi derrubado pelos vetos o dispositivo que dispensava o licenciamento ambiental para produtores rurais com Cadastro Ambiental Rural (CAR) ainda pendente de análise pelos órgãos estaduais

“A medida protege o meio ambiente, uma vez que somente serão dispensados do licenciamento os proprietários rurais que tiveram o CAR analisado”, informou o Executivo.

Impactos indiretos

O governo vetou ainda dispositivo que limitava ações de compensação apenas aos impactos diretos ao meio ambiente, excluindo os chamados impactos indiretos.

“A medida assegura que, sempre que houver nexo de causalidade entre o empreendimento e os impactos ambientais – diretos ou indiretos -, possam ser exigidas medidas adequadas de mitigação, compensação ou controle, preservando a efetividade do licenciamento ambiental”, explicou o Executivo.

Unidades de Conservação

O presidente Lula vetou ainda o artigo que retirava o caráter vinculante para os pareceres de órgãos gestores de Unidades de Conservação no licenciamento de empreendimentos que afetem diretamente a unidade ou sua zona de amortecimento.

Ou seja, a manifestação do órgão gestor de um parque nacional, de acordo com o PL do Legislativo, não precisaria ser considerado obrigatoriamente para emissão do licenciamento. Com o veto, os órgãos das Unidades de Conservação terão poder real sobre o processo.

“A medida reforça a importância da avaliação técnica especializada na proteção de áreas ambientalmente sensíveis, assegurando que os impactos sobre Unidades de Conservação sejam devidamente analisados e considerados nas decisões de licenciamento”, destacou o governo.

Instituições Financeiras

Outro veto do presidente Lula manteve a responsabilidade de instituições financeiras na concessão de crédito em casos de danos ambientais em projetos por elas financiados.

“A medida reforça a importância de que o crédito seja condicionado ao cumprimento da legislação ambiental, estimulando a prevenção de danos e alinhando o financiamento ao desenvolvimento sustentável. O PL do Executivo [enviado ao Congresso] estabelece que o financiador deve exigir do empreendedor o licenciamento ambiental antes de conceder crédito”, informou o Executivo.

*O conteúdo foi originalmente publicado pela Agência Brasil, escrito por Lucas Pordeus León

Verão Amazônico 2025 estimula cuidados com a saúde e consciência ambiental; confira a programação

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Ponta Negra, em Manaus, recebe o projeto Verão Amazônico neste sábado (9). Foto: Ivo Brasil/Amazonastur

Rede Amazônica prepara um dia cheio de atividades ao ar livre como parte do projeto ‘Verão Amazônico’ neste sábado (9) em Manaus (AM). Diversas ações serão realizadas nesta edição como foco na saúde, esportes, consciência ambiental e atividades culturais.

A programação começa às 9h e segue até à noite na areia, calçadão e no anfiteatro do Complexo Turístico Ponta Negra, na Zona Oeste de Manaus (AM). Confira a programação completa no fim da matéria.

Por-do-sol da praia da Ponta Negra, em Manaus. Foto: Divulgação

“A Rede Amazônica vai estar na Ponta Negra com o Verão Amazônico para curtir, aproveitar o lazer, esportes, além dos serviços de saúde realizados por nossos parceiros nesse projeto. Este é um evento pensando para toda a família aproveitar o verão com cuidado e consciência”, informa a supervisora de Programação no Grupo Rede Amazônica, Daniela Arouck.

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Além do convite a um estilo de vida mais saudável e da conscientização ambiental no período mais quente do ano na região, o ‘Verão Amazônico’ também propõe levar acesso à arte para o público. Um dos principais nomes da cena eletrônica local, a DJ Madame C. é uma das atrações e vai comandar, na areia da Ponta Negra, um sunset com muita música e energia lá no alto.

Às 20h, no anfiteatro, será apresentado o espetáculo ‘Rita Lee, uma Autobiografia Musical’, com a atriz Mel Lisboa, em parceria com a Mostra de Teatro Águas de Manaus e o Instituto Brasileiro de Teatro (iBT).

“Convidamos a população para a abertura da Mostra de Teatro Águas de Manaus, um evento gratuito que entra para o calendário da cidade. É muito importante ter eventos abertos ao público que unam o fomento à cultura e a conscientização ambiental, sobretudo no período mais quente do ano, quando o consumo de água aumenta. Ficamos felizes em participar desta iniciativa e reforçamos que a programação na Ponta Negra continua no domingo (10)”, convida a gerente de Responsabilidade Social da Águas de Manaus, Simony Dias.

Projeto Verão Amazônico conta com mostra de teatro da Águas de Manaus
Foto: Caio Vitturi

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Confira a programação completa do Verão Amazônico

– Na areia
9h – zumba com o Sesc Amazonas
10h – ritbox com o Sesc Amazonas
17h – sunset e música eletrônica com a DJ Madame C

– Stands
Pontos de hidratação – Águas de Manaus
Nutrição: Avaliação de IMC e orientação nutricional – Sesc
Saúde: Aferição de pressão arterial e teste de glicemia – Sesc
Fisioterapia: Liberação miofascial e ventosaterapia – Sesc
Drive Thru Ambiental – Gestão humanizada de resíduos

– Esportes
Quadras de beach tennis, futmesa, vôlei e aulas de ritmos, com o Sesc.

– Anfiteatro
20h – espetáculo ‘Rita Lee, uma Autobiografia Musical’, com Mel Lisboa – Mostra de Teatro Águas de Manaus

Verão Amazônico

Verão Amazônico’ é uma iniciativa do Grupo Rede Amazônica e integra campanha educativa, conteúdo jornalístico, pílulas nos intervalos com dicas de saúde e meio ambiente e ativação presencial. O projeto chama a atenção do público para ações como a limpeza de praias e rios, cuidados com a saúde, consumo consciente de água, prática de esportes e outros.

Em 2025, o ‘Verão Amazônico’ tem patrocínio da Águas de Manaus. A ação acontece em parceria com o Instituto Brasileiro de Teatro (iBT) e Sesc Amazonas, e apoio da 2V Produções e Eventos.

Imagem de ovo do Aedes aegypti feita no Amazonas chega em final de concurso internacional

Foto: Jander Matos e Joaquim Nascimento

Uma imagem que atraiu o mundo científico. Levando o pioneirismo em capacidade analítica e a atuação da região Norte do país para o mundo, o Centro Multiusuário para Análise de Fenômenos Biomédicos da Universidade do Estado do Amazonas (CMABio/UEA) ficou entre os 25 finalistas do concurso internacional de fotografias ‘Wellcome Photography Prize‘ (‘Prêmio de Fotografia da Wellcome’, em português).

A imagem de microscopia, que captura o ovo do mosquito Aedes aegypti, foi exibida na categoria ‘The Marvels of Scientific and Medical Imaging‘ (‘As maravilhas da imagem científica e médica’, em português), fazendo parte do retorno da modalidade.

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Intitulada ‘Febre Submarina’, a imagem apresenta uma área maior, que trata do ovo do mosquito, conhecido por transmitir dengue, causador da febre chikungunya e o Zika vírus. Os pontos amarelos são chamados de tubérculos e servem para grudar os ovos nas superfícies mesmo sem água, também fornecem nutrientes pro embrião que está dentro do ovo.

Foi adquirida em microscópio eletrônico de varredura no CMABio pelo tecnólogo em microscopia e bolsista do Fundo de Reserva Específico de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação Tecnológica (FEPD&I) da UEA, Jander Matos, e por Joaquim Nascimento, doutorando em Biologia Evolutiva & Conservação do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).

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Segundo Jander, esse estudo mostra os efeitos externos causados no ovo da espécie. “Nesse caso, são observadas a forma, o tamanho, quantidade de tubérculos e integridade das camadas externas. Os efeitos externos desse teste são condições climáticas extremas, como aumento de temperatura. Olhar esses efeitos determina se a espécie tem sua reprodução afetada pelo aquecimento global”, afirmou.

Foto: Jander Matos/Acervo pessoal

Imagem ficou em exibição

A dupla teve oportunidade de exibir a fotografia durante a cerimônia de premiação, que aconteceu dia 16 de julho no Instituto Francis Crick, centro de pesquisas em Londres (Inglaterra). Apesar de não terem vencido dentro da categoria, o trabalho deles integra, agora, a exposição Wellcome Photography Prize 2025, disponível para visita até outubro deste ano na Manby Gallery, localizada no Instituto Francis Crick.

Foto: Jander Matos/Acervo pessoal

Para o tecnólogo, esse momento traz um valor enorme para o trabalho que estão realizando e que está sendo publicado.

“Mostra que estamos em um nível alto em relação a projetos internacionais e instituições de renome, como o Instituto Francis Crick. Também eleva a UEA, que a todo momento é pautada como instituição estratégica por estar inserida no contexto amazônico”, finalizou Jander.

O concurso

O ‘Wellcome Photography Prize‘, anteriormente conhecido como ‘Wellcome Image Awards‘ (‘Prêmios de Imagem Wellcome’, em português), possui um legado de 28 anos, em que reconhece profissionais que, por meio de imagens impactantes, apresentam aspectos da vida, do mundo e da ciência.

Neste ano, a premiação teve três categorias: ‘Fotografia Solo Impressionante’; ‘Uma Série de Histórias’; e ‘As Maravilhas da Imagem Científica e Médica’.

O prêmio é aberto a todos, e recebeu inscrições de mais de 100 países, com a dupla do Amazonas estando entre os 25 melhores selecionados. Além deles, mais uma imagem brasileira também chegou à final.

Mais informações no site oficial do concurso: https://wellcome.org/engagement-and-advocacy/engaging-people/wellcome-photography-prize/2025

*Com informações da UEA

Instância é criada em Roraima para fortalecer turismo de aventura e cultural

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Foto: Divulgação/Secult RR

A Secretaria de Cultura e Turismo de Roraima (Secult) formalizou a criação da Instância de Governança Regional (IGR) da região turística Roraima – Savana Amazônica. A nova IGR contempla os municípios de Boa Vista, Cantá, Alto Alegre, Mucajaí e Iracema e foi viabilizada por meio de parceria com o Centro de Apoio aos Municípios da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR).

Com paisagens naturais que incluem cachoeiras, trilhas, piscinas naturais e um rico patrimônio histórico e cultural no centro de Boa Vista, a região é estratégica para o turismo de aventura e cultural.

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As IGRs funcionam como unidades de gestão compartilhada, previstas no Programa de Regionalização do Turismo, e são adaptadas às realidades locais.

Segundo o diretor do Departamento de Turismo (Detur), Bruno Muniz de Brito, a medida representa um avanço importante no processo de regionalização da atividade turística no Estado.

“O Detur vai reunir com os órgãos municipais e estruturar um planejamento de longo prazo que proporcione desenvolvimento da atividade econômica do turismo nos municípios que contemplem todos os atores do trade”, afirmou.

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Secult formaliza criação de instância para fortalecer turismo nos municípios
Foto: Divulgação/Secult RR

Instância será estruturada com base em características regionais

Ele adiantou que o documento será estruturado com base no Plano de Desenvolvimento Regional e Sustentável do Turismo, o Roraima 2030.

A proposta é integrar comunidades locais, setor privado e poder público na gestão dos recursos naturais, promovendo um turismo consciente, com respeito ao meio ambiente e geração de benefícios para a população local.

*Com informações da Secult-RR