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Captura sustentável de mais de 6 mil pirarucus em Tonantins é autorizada pelo Ibama

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Comércio legal de pirarucu no Vale do Javari, no Amazonas. Foto: Divulgação/Ibama

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) autorizou o manejo sustentável de 6.617 pirarucus, no município de Tonantins, no Alto Solimões, interior do Amazonas. A autorização foi publicada por meio de duas portarias e é válida até 30 de novembro de 2025.

De acordo com o Ibama, atividade será realizada por comunidades ribeirinhas e indígenas organizadas em acordos de pesca, sob coordenação da Associação dos Produtores e Manejadores de Lagos de Tonantins (Amat).

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Do total autorizado, 3.878 peixes serão manejados em 12 lagos do município, com supervisão da Secretaria de Meio Ambiente do Amazonas (SEMA). Outros 2.739 serão capturados em Terras Indígenas homologadas, com fiscalização do Ibama, Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), e órgãos municipais.

Leia também: Ibama cria ‘Programa Arapaima’ no Amazonas para incentivo ao manejo do pirarucu

manejo pirarucu
Manejo sustentável do pirarucu. Foto: Divulgação

A autorização faz parte do Programa Arapaima, lançado pelo Ibama em fevereiro deste ano, com foco na conservação da espécie e dos ecossistemas de várzea. O transporte do pescado só poderá ocorrer com guias de trânsito emitidas pelo órgão ambiental, acompanhadas de planilhas biométricas e declaração de venda. Entre as exigências estão:

  • Biometria individual dos peixes (peso, comprimento e sexo);
  • Lacre numerado para rastreabilidade;
  • Relatórios técnicos anuais com dados econômicos;
  • Monitoramento georreferenciado das áreas de pesca;
  • Supervisão permanente de órgãos ambientais e indígenas.

Peixes capturados fora dos critérios legais , como abaixo do tamanho mínimo ou em período de defeso, deverão ser doados, conforme determina a autorização.

Geração de renda e conservação do pirarucu

O manejo do pirarucu é considerado uma das práticas mais bem-sucedidas de conciliação entre conservação ambiental e geração de renda na Amazônia. Em Tonantins, dezenas de famílias ribeirinhas e indígenas são beneficiadas com a atividade.

“O manejo do pirarucu é símbolo de que é possível conciliar preservação da biodiversidade, segurança alimentar e desenvolvimento comunitário”, afirmou o superintendente do Ibama no Amazonas, Joel Araújo.

*Por Lucas Macedo, da Rede Amazônica AM

Acre tem crise de escassez hídrica decretada pela Agência Nacional de Águas

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Rio Acre na capital. Foto: Júnior Andrade/Rede Amazônica AC

O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) e a Agência Nacional de Águas e Saneamento (ANA) decretaram, nesta segunda-feira (25), situação crítica de escassez hídrica nos Rios Juruá, Purus e seus afluentes, além do Rio Iaco e Rio Acre, que marcou 1,55 metro na medição das 6h. A medida foi publicada no Diário Oficial do Estado do Acre (DOE) e é válida até 31 de outubro deste ano.

Segundo o órgão, que acompanha a situação de seca no estado, o período de abrangência da declaração poderá ser prorrogado, caso persistam as condições críticas de escassez.

“A ANA irá acompanhar a situação hidrometeorológica da bacia visando identificar impactos sobre os usos da água e propor eventuais medidas de prevenção e mitigação por meio das reuniões de avaliação das Condições Hidrometeorológicas da Região Norte, com a participação dos órgãos gestores dos recursos hídricos dos Estados abrangidos”, disse o órgão.

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O governo federal havia reconhecido, no último dia 18 de agosto, a situação de emergência em 21 cidades do Acre por causa da seca nos rios que cortam o estado. O documento, assinado pelo secretário nacional de Proteção e Defesa Civil substituto, Paulo Roberto Farias Falcão, reconhece o decreto publicado pelo governo do Acre no último dia 6 de agosto.

Segundo o último relatório hidrometeorológico da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), a situação da última sexta (22) era a seguinte:

Rio Juruá – 4,20 metro (41 mm de chuvas em agosto)
Rio Purus – 1,85 metro (0 mm de chuvas em agosto)
Rio Iaco – 0,71 metro (53,40 mm de chuvas em agosto)

Dentre as demais medidas da Resolução nº 264 da ANA, destacam-se ainda:

  • assegurar os processos de monitoramento hidrológico dos rios Juruá, Purus e seus afluentes, rio Acre e rio Iaco;
  • promover a identificação de impactos sobre usos da água, e proposição medidas de mitigação em articulação com diversos setores usuários;
  • possibilitar que processos de declaração de situação de calamidade ou emergência por seca pelos municípios ou estados visando reconhecimento e auxílio pelo Poder Executivo Federal sejam agilizados ou antecipados, a partir de articulação com o Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil.

Assinado pelo governador Gladson Camelí, o documento do dia 6 de agosto, publicado em edição extra do Diário Oficial do Estado (DOE) e válido por 180 dias, destaca que o regime de chuvas no estado no 1º semestre de 2025 foi inferior ao esperado, o que contribuiu para o cenário de seca dos mananciais. Em julho, por exemplo, choveu somente 8 milímetros.

“Uma das consequências mais imediatas e críticas da drástica redução do volume de água em rios fundamentais para a captação é a crise no abastecimento de água, que compromete a operação das estações de tratamento e exige a implementação de medidas de racionamento e a mobilização de caminhões-pipa para atendimento da demanda em áreas urbanas e rurais”, justifica o decreto de nº 11.733, de 6 de agosto.

Leia também: Rio Branco acende alerta para novo recorde de seca do rio Acre

seca rio acre
Rio Acre – 1,5 metro – Agosto de 2025. Foto: Júnior Andrade/Rede Amazônica AC

Seca do Rio Acre: sem chuvas, o cenário é de alerta máximo

Por conta desse cenário, é justificado também que o baixo nível de chuvas influencia na navegação de embarcações nos cursos d’água, comprometendo ‘a logística de transporte, isolando comunidades e dificultando o abastecimento de bens essenciais, como alimentos e combustíveis, para os municípios e aldeias indígenas de mais difícil acesso’.

Além disto, o governo apontou também, como consequências da estiagem:

  • as altas temperaturas e baixo percentual de umidade relativa do ar
  • a captação e abastecimento de água que tende a ficar comprometido
  • os prejuízos em plantações e lavouras
  • o consequente aumento de queimadas e incêndios florestais
  • os riscos de prejuízo na alimentação de estudantes de zona rural, já que os insumos para refeições vêm por via fluvial

“Fica a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil [CEPDC] designada como unidade gestora orçamentária, podendo ordenar despesas atinentes a créditos abertos para atender atividades de apoio aos Municípios afetados pela emergência de que trata este Decreto”, ordena.

Preocupação

Sobre o decreto, o secretário de Meio Ambiente, Leonardo Carvalho, disse que esta é uma etapa importante para que haja ações de socorro mais rápidas e, consequentemente, que os recursos cheguem de forma mais célere.

“A gente sabe que tem municípios do interior que estão em situação muito delicada, Jordão, Marechal Thaumatugo, enfim, recebemos muitas informações, muitas imagens. É lamentável uma situação que está ficando recorrente. Agora é a união do poder público para se ajudar”, falou.

O gestor disse ainda que há um grupo de gestão de crise desses fenômenos climáticos para definir as ações mais importantes e eficazes diante dessa situação.

“A gente chama de gerenciamento de crise de recursos hídricos, que vai se reunir e assim veremos quais são as ações mais imediatas que têm de ser feitas para dar o socorro, e para prestar o apoio necessário para a população nesses momentos mais difíceis”, complementou.

Glocal Amazônia 2025 leva oficinas, cinema e cultura para comunidades de Manaus

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Foto: Divulgação

Além das atividades no Centro Histórico de Manaus (AM), a Glocal Amazônia 2025 vai ocupar diferentes territórios da cidade com uma série de ações externas que fortalecem a conexão entre sustentabilidade, cultura e comunidade.

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A programação inclui oficinas, rodas de conversa, cinema, feiras e apresentações artísticas abertas ao público. Confira:

Oficinas comunitárias

Na sexta-feira (29), o Projeto Rip Art, às margens do Igarapé do Gigante, no bairro Redenção, recebe a Oficina de Material Reciclável e PET voltada para mulheres e mães solos. A iniciativa estimula a geração de renda e a consciência ambiental, transformando resíduos como plástico, vidro e óleo de cozinha em artesanato e sabão, além de valorizar o protagonismo feminino.

No sábado (30), crianças participam da oficina “Olhares do Guetto”, que usa a fotografia como ferramenta de expressão. Após aprenderem noções básicas da técnica, os participantes saem pelas ruas para registrar cenas do cotidiano e, em seguida, montam uma exposição aberta à comunidade.

Cinema e consciência socioambiental

Ainda no sábado (30), o Cine Palafita – Infâncias Ribeirinhas e o Racismo Ambiental chega à comunidade de Educandos. A iniciativa promove exibições de filmes socioambientais, oficinas de arte e rodas de conversa sobre os impactos das desigualdades ambientais na vida de crianças ribeirinhas urbanas.

Cultura no Largo de São Sebastião

O coração cultural de Manaus também será palco de diversas atrações. Entre os dias 29 e 31 de agosto, o Largo de São Sebastião recebe os Jogos Amazônicos Sustentáveis, a Feira Glocal, pintura corporal indígena, tour guiado pelo patrimônio histórico, batalhas de poesia e de rima.

À noite, o Palco Fest será tomado por shows musicais e apresentações folclóricas. Na sexta (29), o cantor Uendel Pinheiro abre a programação, seguido do Boi Caprichoso com itens oficiais. No sábado (30), o destaque é o Rap Amazônia 2.0, encerrando com a apresentação do Boi Garantido.

Integração entre comunidade e cultura

Com atividades que vão do artesanato ao hip hop, passando por cinema, tradições indígenas e folclóricas, a Glocal Amazônia 2025 reafirma seu papel de unir sustentabilidade, diversidade cultural e inclusão social, aproximando o evento da vida cotidiana das comunidades de Manaus.

Glocal Experience Amazônia 2025

A Glocal Experience Amazônia 2025 é idealizada e operada por DreamFactory, com realização da Fundação Rede Amazônica e tem o apoio de Bono Conta, Clube POP, Amazônica Net, Águas de Manaus, Agência Amazonense de Desenvolvimento Cultural (AADC), Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e Governo do Amazonas.

Pesquisadores de Mato Grosso buscam eliminar Salmonella em peixes híbridos tambatinga

Os testes para eliminar Salmonella são realizados em laboratório com as espécies de peixes híbridos tambatinga (Colossoma macropomum x Piaractus brachypomus). Foto: Nathaly Barros Nunes/Acervo pessoal

Pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Alimentos e Metabolismo, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), realizam estudos para determinar o ponto ideal de uso de hipoclorito de sódio (NaCIO) no processamento de peixes nativos, visando reduzir a contaminação por Salmonella spp., um microrganismo que pode causar doenças em consumidores.

“Embora a Salmonella não seja parte natural da microbiota de peixes, estudos indicam que eles podem atuar como hospedeiro assintomáticos, provocando contaminação cruzada durante o processamento industrial. Para enfrentar esse risco, a pesquisa avaliou o efeito de diferentes concentrações de cloro, tempo de exposição e temperaturas da água durante o abate”, explicou a doutoranda Nathaly Barros Nunes.

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Foto: Nathaly Barros Nunes/Acervo pessoal

O projeto de pesquisa é financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat).

Nathaly Barros Nunes, atualmente da área de Higiene, Tecnologia e Microbiologia de Alimentos, explica que “o método adotado é o Delineamento Composto Rotacional (DCCR), que contempla 19 experimentos para testar combinações de variáveis e identificar o protocolo mais eficaz de inativação da bactéria”.

Cepas da Salmonella pesquisadas

A cepas utilizadas são a Salmonella Enteritidis ATCC isolada de peixes híbridos tambatinga (Colossoma macropomum x Piaractus brachypomus) e Salmonella Schwarzengrund.

Leia também: Tambacu e tambatinga: conheça dois peixes híbridos criados a partir do tambaqui da Amazônia

A expectativa foi desenvolver um protocolo tecnológico otimizado que possa ser aplicado em frigoríficos de pescado em todo o estado, aumentando a segurança alimentar e a produtividade, ao mesmo tempo aumentando o valor econômico aos produtos regionais.

pesquisa salmonella
Foto: Nathaly Barros Nunes/Acervo pessoal

“Os testes mostraram que seguindo a recomendação oficial no Brasil, usar 5 partes por milhão de hipoclorito de sódio (mesmo princípio ativo da água sanitária) durante 5 minutos e a 5°C, é possivel reduzir uma carga microbiana considerável de aproximadamente 100 milhões de colônias da bactéria nas análises in vitro”, afirmou.

“Concluímos que a concentração de NaClO recomendada no Brasil é efetiva desde que sejam respeitados os parâmetros de tempo de exposição e temperatura”, finalizou a pesquisadora.

De acordo com o coordenador do projeto e do Laboratório de Microbiologia Molecular de Alimentos da Faculdade de Nutrição da UFMT, doutor Eduardo Figueiredo, “a iniciativa tem impacto direto na saúde pública, na economia regional, bem como no desenvolvimento tecnológico do setor de aquicultura”.

*Com informações da Fapemat

Livro sobre aves da Amazônia ganha prêmio Jabuti Acadêmico 2025

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Foto: Reprodução/Facebook-Dzoodzo Baniwa

O livro ‘Espécies de Aves do Rio Cubate: Terra Indígena do Alto Rio Negro’ foi vencedor da categoria Ciências Biológicas, Biogeografia e Biotecnologia do prêmio Jabuti Acadêmico 2025. Apoiado pelo Governo do Amazonas, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (Fapeam), a obra reúne registros de 310 espécies de aves observadas na região do Rio Cubate, com informações detalhadas sobre nomes tradicionais, habitats, alimentação e comportamentos.

Leia também: Dois livros do Inpa são finalistas do Prêmio Jabuti Acadêmico; saiba quais

A obra é resultado do projeto ‘Biogeografia de aves para conservação e desenvolvimento sustentável na Bacia do Rio Negro’, fomentado pelo edital nº 0007/21- Biodiversa/Fapeam, e conta com o trabalho colaborativo entre pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e de moradores da comunidade Baniwa da aldeia de Nazaré, no município de São Gabriel da Cachoeira (distante a 852 km de Manaus).

O livro foi organizada por Dario Baniwa, Dzoodzo Baniwa, Damiel Legario Pedro, Estevão Fontes Olímpio, Gracilene Florentino Bittencourt, Camila Cherem Ribas, Fernando Mendonça d’Horta e Ramiro Dário Melinski e foi publicado pela editora do Inpa.

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Doutora em Biologia Genética e uma das organizadoras do livro, Camila Cherem Ribas explica que a obra foi criada de forma coletiva com mais de 130 pessoas, a maioria moradores da comunidade de Nazaré do Rio Cubate, na Terra Indígena do Alto Rio Negro. Receber o prêmio Jabuti Acadêmico foi uma supresa e um reconhecimento ao trabalho realizado com a comunidade.

Foi uma surpresa, pois todas as decisões foram tomadas em assembléia na comunidade, não houve nenhuma estratégia de fazer um livro que fosse interessante para a comunidade externa à Terra Indígena, e mesmo assim a comunidade acadêmica o viu como uma obra interessante. Esse reconhecimento é fundamental, pois mostra que a comunidade acadêmica está compreendendo cada vez mais a necessidade de abrir a ciência feita na academia para reconhecer e colaborar com outras formas de conhecimento, no caso da Amazônia, o conhecimento tradicional de comunidades locais indígenas e ribeirinhas”, comentou a pesquisadora Camila Ribas.

Fomento à pesquisa

Para a doutora Camila Cherem Ribas, o apoio da Fapeam é essencial para a difusão da ciência, principalmente, para a difusão do conhecimento científico intercultural, baseado na valorização de saberes locais e conhecimentos científicos.

“Todo o processo de fazer o livro foi inteiramente financiado pela Fapeam, incluindo as viagens de campo, as bolsas para os pesquisadores não indígenas, os pagamentos pelos serviços dos pesquisadores indígenas, a diagramação e a impressão do livro. Destaco também a importância do financiamento para levar ao conhecimento dos indígenas e de suas organizações a importância e a potencialidade de colaboração da Fundação”, explicou.

Ela também ressaltou que durante o processo de elaboração do livro, os indígenas, em especial os professores das escolas locais, ficaram muito interessados em conhecer os métodos de pesquisa utilizados na ciência acadêmica.

O estudo “Biogeografia de aves para conservação e desenvolvimento sustentável na Bacia do Rio Negro” culminou no livro e em um artigo publicado na revista Nature em 2023, além de ser foco de uma matéria para a Audubon Magazine em 2024.  A lista de aves registradas também será a base para um artigo em preparação, que será coproduzido com os pesquisadores indígenas.

O livro

O livro lançado em 2024, foi escrito em Baniwa, Nheengatu e português. O material alia o conhecimento tradicional dos Baniwa à pesquisa científica, e foi concebido desde o início como ferramenta para fortalecer o ensino nas escolas indígenas e a autonomia cultural das comunidades locais. A obra não apenas registra a biodiversidade do Alto Rio Negro, mas também afirma a potência dos saberes indígenas como base legítima para a produção de conhecimento científico e a conservação ambiental.

Acesse a obra: 

Espécies de Aves do Rio Cubate: Terra Indígena do Alto Rio Negro

*Com informações da Fapeam

Filmes produzidos na Amazônia se destacam no Festival de Cinema de Gramado 2025

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Boiuna é uma produção da Amazônia, filmado no Pará, que venceu três categorias no festival. Foto: Divulgação

O Festival de Cinema de Gramado 2025, realizado entre os dias 9 e 23 de agosto, encerrou mais uma edição consagrando produções de diferentes regiões do país e reforçando sua posição como o evento mais tradicional do audiovisual brasileiro. Entre os destaques, o cinema produzido na Amazônia chamou a atenção pela força criativa, conquistando prêmios e projeção nacional.

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O grande representante do Norte foi o curta-metragem ‘Boiuna’, produzido no Pará, que venceu três categorias: Melhor Direção (Adriana de Faria), Melhor Atriz (Naieme e Jhanyffer Santos) e Melhor Fotografia (Thiago Pelaes).

Inspirada na lenda amazônica da Cobra Grande, a obra alia realismo fantástico com temas sociais, como ancestralidade, resistência e protagonismo feminino. As filmagens ocorreram em Benevides, Benfica e Ilha do Combu, envolvendo uma equipe majoritariamente paraense, formada por mais de 60 profissionais.

53º Festival de Cinema de Gramado - Adriana de Faria recebe o prêmio Melhor Direção por “Boiuna”, filme produzido na Amazônia, entregue pelo ator Marcos Breda | Foto oficial: Cleiton Thiele/Ag.Pressphoto
22/08/2025 – 53º Festival de Cinema de Gramado – Adriana de Faria recebe o prêmio Melhor Direção por “Boiuna”, entregue pelo ator Marcos Breda | Foto oficial: Cleiton Thiele/Ag.Pressphoto

Leia também: Lendas amazônicas: Onde estão as cobras grandes da Amazônia?

Antes da premiação, ‘Boiuna’ já havia sido indicado em nove categorias, consolidando-se como uma das produções mais lembradas da edição. O reconhecimento amplia a visibilidade do cinema amazônico, que cada vez mais ganha espaço em eventos de alcance nacional.

Da Amazônia pela Amazônia

Outro destaque da região foi o documentário ‘Os Avós’, produzido no Amazonas e dirigido por Ana Lígia Pimentel. A obra integrou a mostra competitiva de longas documentais, sendo um dos quatro títulos inéditos no Brasil. O filme aborda a realidade de avôs e avós com idades entre 30 e 35 anos, um retrato de juventude e maturidade forçada em comunidades periféricas. A temática chamou atenção por lançar luz sobre conflitos geracionais e estruturais pouco explorados no cinema nacional.

53º Festival de Cinema de Gramado: Homenageado Kikito de Cristal, ator Rodrigo Santoro, e equipe do longa-metragem Hors-Concours ‘O Último Azul’. Foto: Edison Vara/Agência Pressphoto/Festival de Cinema de Gramado

Além dessas produções, a Amazônia também esteve presente de forma indireta com o longa ‘O Último Azul’, exibido fora da mostra competitiva. Estrelado por Rodrigo Santoro e Denise Weinberg, o filme se passa em um cenário amazônico, onde idosos são transferidos para uma colônia habitacional.

A obra, que já havia vencido o ‘Urso de Prata’ no Festival de Berlim, ganhou espaço em Gramado, reforçando a Amazônia como território de narrativas universais. Dirigido por Gabriel Mascaro (‘Boi Neon’ e ‘Divino Amor’), o filme foi escolhido para fazer a abertura do 53º Festival de Cinema de Gramado.

Leia também: Curta produzido pelo primeiro cineasta Yanomami é premiado no Festival de Gramado 2023

No total, o festival exibiu 74 filmes entre curtas e longas, entregando 52 prêmios, sendo 40 Kikitos. Com público estimado em 40 mil pessoas, a edição de 2025 reforçou o papel de Gramado como vitrine para o cinema nacional, reunindo produções de diferentes origens e consolidando a pluralidade do audiovisual brasileiro.

A presença da região Norte no festival reflete uma tendência de maior inserção do cinema amazônico no cenário nacional. Com a premiação de ‘Boiuna’ e a participação de ‘Os Avós’, o Norte se firmou como um dos polos criativos que mais crescem no país, levando para as telas de Gramado a força cultural e social da Amazônia.

Acre é o estado que menos investe em saneamento no país, aponta estudo

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Rede de tratamento de esgoto de Rio Branco atende 20% da população, aponta Trata Brasil. Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

O Acre foi o estado que menos investiu em saneamento básico no Brasil entre 2019 e 2023. Isto é o que aponta os dados do Instituto Trata Brasil, divulgados nesta semana.

No período, o estado aplicou R$ 55,58 milhões, valor que representa menos de 0,1% do total nacional, que superou a casa dos R$ 25 bilhões.

Do valor investido no Acre, R$ 6,76 milhões vieram de recursos próprios, R$ 34,21 milhões de fontes onerosas (empréstimos e financiamentos) e R$ 14,58 milhões de recursos não onerosos, como repasses da União.

Leia também: Região Norte ainda vive cenário crítico de saneamento básico, aponta levantamento do Trata Brasil

Entre as capitais brasileiras, Rio Branco está na terceira pior posição de pior capital do Brasil em atendimento de saneamento básico, atrás somente de Porto Velho (1º) e Macapá (2º), todas do Norte.

Já no ranking geral das cidades, a capital acreana aparece na quarta posição, atrás de Santarém (1º), Porto Vellho (2º) e Macapá (3º).

Os indicadores de Rio Branco revelaram ainda baixa cobertura de água, esgoto e desperdício elevado.

  • Coleta de esgoto: caiu de 21,65% em 2019 para 19,91% em 2023;
  • Atendimento de água: passou de 54,23% para 53,13% no mesmo período;
  • Esgoto tratado: apenas 40,49% do volume coletado;
  • Perdas na distribuição: chegam a 56,06%;
  • Desperdício diário: cada ligação perde, em média, 829 litros de água.

A capital acreana também registrou o menor valor médio anual de investimento por habitante entre todas as capitais: R$ 8,09. Para alcançar a universalização prevista no Marco Legal do Saneamento, seriam necessários R$ 223,82 por habitante ao ano.

Leia também: Perdas de água crescem nas 100 maiores cidades do país, aponta Ranking do Saneamento 2025

Situação no Acre

No Acre, apenas 48% da população tem acesso a água potável e pouco mais de 10% contam com coleta de esgoto. Menos de 1% do esgoto é tratado, segundo dados complementares do setor.

rede de esgoto e saneamento acre
Maior parte dos moradores do Acre não são contemplados pela rede de esgoto. Foto: Aleksandro Soares/Saneacre

O levantamento também revela que o Acre não apresentou a documentação exigida pelo Decreto 11.598/2023 para comprovar a capacidade econômico-financeira da empresa responsável pelo serviço de saneamento, o Departamento Estadual de Água e Saneamento do Acre (Depasa).

Além disso, o estado não possui projetos estruturados ou licitações em andamento para ampliar a rede de água e esgoto. Houve apenas um acordo de cooperação com o BNDES em 2017 para preparar um projeto, mas ele não saiu do papel.

O Grupo Rede Amazônica entrou em contato com o órgão e aguarda retorno.

Leia também: Cinco municípios da região Norte apresentam piores índices de saneamento básico em 2025

Região Norte

A região Norte registrou o menor volume de investimentos do país entre 2019 e 2023, com apenas R$ 4,87 bilhões, cerca de 4,7% do total nacional.

Cidades como Macapá (AP), Porto Velho (RO) e Santarém (PA) têm desempenho ainda mais crítico que Rio Branco.

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Segundo o Instituto Trata Brasil, 67% dos investimentos na macrorregião Norte vêm dos prestadores de serviço, percentual bem abaixo da média nacional. Os 33% restantes dependem de prefeituras e governos estaduais, que nem sempre possuem capacidade fiscal para bancar obras de grande porte.

Essa limitação estrutural ajuda a explicar por que os indicadores de saneamento da região são os piores do Brasil, com cobertura de abastecimento de água e coleta de esgoto muito abaixo das metas do Marco Legal, que prevê 99% de cobertura de água e 90% de esgoto até 2033.

*Por Jhenyfer de Souza, da Rede Amazônica AC

Cupuaçu está entre frutos estudados para desenvolvimento de bebida láctea fermentada

Foto: Maressa Caldeira Morzelle/Acervo pessoal

Um projeto de pesquisa investiga formas de produzir leites fermentados utilizando polpas de frutos nativos do Brasil. Os primeiros foram os frutos do cupuaçu (Theobroma grandiflorum), mangaba (Hancornia speciosa) e  ata (Annona squamosa), explorando o uso desses ingredientes para agregar valor nutricional aos produtos lácteos.

Os estudos fazem parte do Edital Bolsa de Doutorado com produto Tecnológico, apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat), e coordenado pela doutora Maressa Caldeira Morzelle, da área de Ciência e Tecnologia de Alimentos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

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Cupuaçu é uma fruta típica da Amazônia

Os estudos começaram com o desenvolvimento de um leite à base de cupuaçu, formulado e otimizado para definir concentrações de polpa de açúcar, buscando equilíbrio de sabor e estabilidade do produto. Foram realizadas análises físico-químicas, medição de teor de compostos bioativos, testes de vida de prateleira e avaliação sensorial.

Leia também: Sequenciamento do genoma de cupuaçu da Amazônia representa avanço tecnológico no Pará

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Cupuaçu uma é fruta amazônica. Foto: Ronaldo Rosa/Embrapa

Frutas de outros biomas

Na segunda etapa, foi produzida uma versão com mangaba, com formulação voltada para alto teor de fibras. O objetivo foi avaliar o potencial do produto para a saúde intestinal e quais os benefícios ele pode oferecer. As análises incluirão estudos físico-químicos, bioacessibilidade de compostos fenólicos e fermentação colônica, para investigar o efeito sobre a microbiota.

O terceiro produto será elaborado com o fruto da ata, sem adição de açúcar. O foco é atender consumidores que buscam opções com menor teor calórico. Serão feitos testes físico-químico, análises de percepção de doçura de vida de prateleira.

De acordo com a pesquisadora, “o trabalho busca ampliar o portfólio de leites fermentados funcionais, valorizar frutos regionais e gerar conhecimento aplicável à indústria de alimentos, contribuindo para a inovação no setor lácteo brasileiro’, ressaltou a doutora Maressa.

*Com informações da Fapemat

Sonia Guajajara assume presidência brasileira do Mecanismo Amazônico dos Povos Indígenas

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Ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Durante a 5ª Cúpula de Presidentes da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), realizada em Bogotá, na Colômbia (no dia 21 de agosto. No evento, o Brasil assumiu, por meio da a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, a presidência do primeiro ano do mecanismo junto com a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB).

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Foto: Reprodução / Instagram @Oguajajara

A criação do mecanismo veio de um encaminhamento da reunião da Cúpula de Belém, realizada em 2023, para ser lançado na Cúpula promovida na Capital da Colômbia. Ao longo de dois anos, os países da Bacia Amazônica se reuniram para discutir e definir o formato do mecanismo, com participação e articulação ativas do Ministério dos Povos Indígenas.

Em seu discurso, a ministra Sonia Guajajara celebrou a criação do Mecanismo Amazônico dos Povos Indígenas na OTCA, destacando-o como uma conquista histórica que garante participação e protagonismo indígena nas decisões que os afetam.

“Estamos no Brasil com o primeiro Ministério dos Povos Indígenas. Sabemos que Venezuela também tem um Ministério importante e que Colômbia conduz uma importante mesa de concertação. Já a Bolívia tem um vice-presidente da altura e grandeza de David Choquehuanca e que outros países também têm avançado em políticas que garantam direitos, participação e protagonismo dos povos indígenas em nossos países”, afirmou a ministra Sonia Guajajara.

Sonia Guajajara
Ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara. Foto: Divulgação

“Mas era necessário garantir este mesmo espaço na OTCA. Os presidentes deram um passo importante na Carta de Belém em 2023. Decidiram por fortalecer a organização e orientaram a construção de um mecanismo com participação paritária. Os Chanceleres transformaram a orientação dos presidentes em resolução e muitos de vocês aqui presente negociaram ao longo de todo este ano de 2025 este texto belíssimo que hoje foi aprovado pelos chanceleres”, acrescentou.

Sonia Guajajara enfatizou a importância de transformar o mecanismo em um espaço real de influência, ressaltando o papel crucial dos povos originários, que registram cerca de 3 milhões de pessoas de mais de 400 povos na Bacia Amazônica, como guardiões do bioma, seus saberes e modos de vida.

Ela ainda conectou a conquista do mecanismo à luta contra as mudanças climáticas, o negacionismo e a violência histórica, posicionando-o como fundamental para evitar o ponto de não retorno ambiental e para promover um futuro com mais direitos e participação indígena em fóruns globais como a COP do Clima e da Biodiversidade.

Formato de governança inédito

A criação do mecanismo foi uma orientação dos chanceleres que compõem a OTCA por meio da Resolução 7 da organização internacional, que estabelece novas diretrizes e metas para o desenvolvimento sustentável da Amazônia, com foco no alcance desses objetivos até 2030.

Ao longo de todo o primeiro semestre de 2025, representantes dos países membro e organizações indígenas formataram o mecanismo, com participação direta da equipe negociadora brasileira, composta pelo Ministério dos Povos Indígenas (MPI), Ministério das Relações Exteriores (MRE) e Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB).

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Indígenas. Foto: Divulgação

Um dos resultados dos debates é o formato de governança inédito, composto de maneira paritária pelos 8 países e 8 organizações indígenas que participam da organização. Com rotatividade de presidência anual entre os países, o MAPI poderá debater temas de relevância para os povos indígenas na região amazônica, incentivando os países e a OTCA a avançarem na garantia de direitos aos povos indígenas.

Outra importante atribuição do mecanismo será a organização do Fórum dos Povos Indígenas e Comunidades Locais e Tradicionais para que estes contribuam com seus conhecimentos tradicionais na formulação de políticas nos âmbitos nacionais e da OTCA.

Com a criação do mecanismo, a ministra Sonia Guajajara acredita que a OTCA avança de forma estrutural para garantir as vozes e a participação indígena nos espaços de decisão das questões amazônicas.

Sem cultura, não existe ESG

Por Julio Sampaio de Andrade – juliosampaio@consultoriaresultado.com.br

Sabemos que ESG é a sigla, em inglês, para Environmental, Social and Governance (Ambiental, Social e Governança). Como o objetivo maior do ser humano e dos seres-empresas é a Felicidade (mesmo nos negócios, o lucro ainda não é o fim, mas o meio necessário para isto), defendo sempre que deveríamos buscar o ESG-H (happiness) ou ASG-F (felicidade). Entender os conceitos não é tão difícil, difícil pode ser implantar as suas práticas e muito mais difícil, fazer com que elas se tornem um valor real, se transformem em cultura e entrem no espírito de toda a empresa.

Penso nisso quando observo duas companhias, igualmente importantes em seus setores e igualmente possuidoras de valores declaradamente elevados. Ambas são empresas do bem e se esforçam para fazer as coisas corretas. Financeiramente, uma vive momentos de prosperidade há anos e a outra, nem tanto, embora isto possa ser atribuído a vários fatores inerentes ao próprio tipo de negócio. Pode-se dizer que ambas possuem características de empresas familiares. Ambas anseiam tornar-se empresas ESG.

Uma delas ainda está na primeira geração e os seus fundadores participam da operação diariamente. Eles não se cansam de repetir as declarações de Missão, Valores e Propósito da empresa. Cada palavra dessas declarações foi minuciosamente discutida, de forma que cada uma é dotada de um significado real. A máxima dita por eles aos colaboradores é: “se você tiver dúvidas em qualquer situação, leia a nossa missão e você terá a resposta”. Eles possuem diversos rituais que favorecem a criação da cultura que desejam criar e seguem com eles, de maneira consistente. Também possuem um conselho consultivo, composto por eles e por conselheiros externos que se sentem confortáveis em questionar e discordar de eventuais decisões dos diretores executivos. O conselho, mesmo de caráter consultivo, funciona e tem força para reverter uma decisão, em prol dos interesses da empresa.

A segunda empresa é muito forte em sua proposta de valor e nos produtos que entrega ao mercado, conseguindo se diferenciar de concorrentes muito maiores e poderosos. Apesar de já ter algumas décadas de existência, ela não investiu em rituais de gestão, direcionando os seus esforços para pesquisa e produção. Há declarações de Missão, de Valores e de Propósito, mas elas não são trabalhadas com a equipe. Ao implantar a governança, a empresa se depara com uma cultura centralizada no CEO, que ao assumir a presidência do conselho, tem dificuldades de conviver com discordâncias, inconscientemente lidando com os conselheiros, como se fossem executivos, numa relação hierárquica. O tema ESG, e o que está contido nele, é estranho à cultura da companhia.

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As duas empresas ainda têm um longo caminho a percorrer até se tornarem empresas ESG maduras, que vão além dos discursos e das exigências formais da legislação ou do mercado. A diferença é que uma delas parece mais distante de entrar nessa trilha, pois a sua governança é desalinhada ao discurso e não contribui para a formação de uma cultura ESG.

Sem cultura, não existe ESG. Sem rituais e sem um processo legítimo de governança, a cultura ESG não será formada, tendendo a ser departamentalizada. Ou seja, o mundo real acontece e o tema é tratado em um departamento com ações específicas, emissão de relatórios e cumprimento de tabelas. Ainda é o estágio da maior parte das boas empresas que declaram ser ESG. Nem é preciso falar daquelas que simplesmente tentam capitalizar na comunicação e fazer o mínimo possível, como o conhecido Greenwashing (algo como “lavagem verde”, para parecer ser ambientalista, por exemplo).

Não é o caso destas duas empresas, que buscam ser coerentes entre discurso e prática. Mas ser coerente não é tão fácil assim. Nós mesmos, como pessoas, podemos ter dificuldades que, às vezes, são mais percebidas pelos outros do que por nós mesmos.

Para nós, seres humanos ou para os seres-empresas, penso que vale o mesmo caminho: autoconhecimento, saber o que se quer, humildade para ouvir o que os outros têm a dizer e força para se transformar.

Sobre o autor

Julio Sampaio (PCC,ICF) é idealizador do MCI – Mentoring Coaching Institute, diretor da Resultado Consultoria, Mentoring e Coaching e autor do livro Felicidade, Pessoas e Empresas (Editora Ponto Vital). Texto publicado no Portal Amazônia e no https://mcinstitute.com.br/blog/.

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista