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Seis novas afrotecas são criadas para fortalecer educação antirracista no Pará

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Foto: Reprodução/Prefeitura de Santarém

Secretários municipais de educação e gestores de escolas públicas de Santarém, Belterra, Monte Alegre, Alenquer e Oriximiná participaram na quarta-feira, 11 de setembro, na Afroteca Willivane Melo, em Santarém (PA), de uma reunião com o coordenador do projeto ‘Kiruku: educação para relações raciais e literatura infantil antirracista nos CEMEIs do município de Santarém (A)’, Luiz Fernando França, na qual foram debatidos os detalhes para a implantação de seis novas afrotecas nas cidades mencionadas.

Saiba mais: Afroteca: iniciativa pioneira incentiva educação antirracista no Pará

Representantes do Ministério Público Federal (MPF) e do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) também estiverem presentes na reunião. Promovida pela equipe do projeto Kiriku (Ufopa/Iced), que coordena todo o processo de implantação das novas unidades, o objetivo foi apresentar o conceito e o método de implementação das afrotecas aos representantes das secretarias de Educação, além de alinhar os procedimentos necessários para o início dos trabalhos de implantação.

Para sediar as novas afrotecas foram contempladas as seguintes escolas da região:

  • Escola Municipal Nossa Senhora do Livramento (Santarém),
  • Escola Municipal Vitalina Mota (Belterra),
  • Escola Municipal Peafu (Monte Alegre),
  • Escola Municipal Martinho Nunes (Alenquer),
  • Escola Municipal de Educação Infantil Criança Esperança (Oriximiná).

Além das seis novas afrotecas, o projeto prevê também a implementação de uma nova afroteca na unidade Tapajós da Ufopa, em Santarém.

Foto: Acervo do projeto

Implantação

O projeto de criação de novas unidades de afrotecas é financiado pelo Ministério da Igualdade Racial (MIR) por meio de parceria com a Ufopa. “Composta por livros, jogos, brinquedos e instrumentos musicais, a afroteca é uma tecnologia educacional antirracista construída para acolher crianças, cuidar, educar e ler em perspectiva afrocentrada”, explicou o coordenador do projeto.

As afrotecas foram desenvolvidas, em 2022 pelo Grupo de Pesquisa em Literatura, História e Cultura Africana, Afro-brasileira, Afro-Amazônica e Quilombola (Afroliq) da Ufopa/Iced, no âmbito do projeto “Kiriku: educação para relações raciais e literatura infantil antirracista nos CEMEIs do município de Santarém (PA)”.

Em Santarém já existem quatro unidades: a Afroteca Willivane Melo, localizada no prédio do Ministério Público do Pará (MPPA); a unidade Amoras, do CEMEI Paulo Freire; a Sankofa, do CEMEI Antônia Correa e Sousa; e a Lelê, do CEMEI Maria Raimunda Pereira de Sousa.

*Com informações da Ufopa

Porto Velho foi o município rondoniense com maior produção de soja em 2023

Foto: Wesley Pontes

A Pesquisa Agrícola Municipal (PAM), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), demonstra que, em 2023, Porto Velho liderou a produção de soja em Rondônia, ultrapassando os municípios do sul do Estado, tradicionalmente os maiores produtores estaduais. Em 2023, foram produzidas 181 mil toneladas do grão na capital rondoniense, representando um aumento de 62,3% em relação à produção em 2022 (112 mil toneladas). Em todo o Estado, foram produzidas dois milhões de toneladas do produto no ano de 2023.

O chefe da Seção de Pesquisas Agropecuárias em Rondônia, Airton Dalpias, explica que o resultado é soma das duas safras de soja durante o ano de 2023 e que os produtores dos municípios do sul do Estado, em sua maioria, optaram por plantar milho na área que seria destinada à segunda safra de soja. “Estamos observando dados que indicam que não haverá segunda safra de soja em 2024 em nenhum município rondoniense e, assim, o Cone Sul tende a voltar a ser líder em produção do grão”.

No ranking estadual de produção de soja em 2023, após Porto Velho, estão Pimenteiras do Oeste (180 mil toneladas), Vilhena (164 mil toneladas), Corumbiara (160 mil toneladas) e Candeias do Jamari (157 mil toneladas). Juntos, os cinco maiores produtores foram responsáveis por 39,6% da produção estadual.

Também foi mostrado pela Pesquisa que Guajará-Mirim teve produção de soja pela primeira vez em 2023. No município, foram produzidas 15 mil toneladas do produto. Apesar da expansão da soja em Rondônia ano a ano, os municípios de Cacaulândia, Governador Jorge Teixeira, Ministro Andreazza, Monte Negro, Presidente Médici, Teixeirópolis, Urupá e Vale do Paraíso não registraram produção de soja em 2023.

A PAM também demonstrou que Rondônia tem produtividade de soja maior que a média brasileira. Enquanto em todo o Brasil a média foi de 3,4 mil quilogramas por hectare, no estado, foram produzidas, em média, 3,6 mil quilogramas por hectare.

Em relação à área plantada em Rondônia, a PAM aponta que, entre 2022 e 2023, houve um aumento de 20,5%, passando de 489 mil hectares para 589 mil hectares. Em Porto Velho, o aumento de área destinada à soja foi de 68,3%, indo de 31 mil hectares para 52 mil hectares. Chama a atenção, ainda, que Candeias do Jamari quase dobrou o tamanho de área plantada em um ano: 23 mil hectares em 2022 e 45 mil hectares em 2023.

Outras lavouras

A PAM também traz informações sobre produção de arroz. Nos dados da Pesquisa, observa-se uma redução na área plantada no Estado em 10,6% entre 2022 e 2023, passando de 40 mil hectares para quase 36 mil hectares. A produção de arroz diminuiu 6,7%, tendo sido 121 mil toneladas em 2022 e 113 mil em 2023.

Sobre o plantio de mandioca, nota-se uma redução ano a ano. Entre 2018 e 2023, a área plantada em Rondônia diminuiu 27,6% (passando de 24 mil hectares para 17 mil) e a produção em 35,8%, diminuindo de 583 mil toneladas para 374 mil.

Acerca da produção de café, destaque na agricultura rondoniense, Airton Dalpias informa que “os dados estão sendo reavaliados para os anos de 2023 e 2024 pela mudança de tecnologia de captura de informações, que conta com a contribuição de órgãos parceiros para uma correta interpretação da evolução produtiva da lavoura cafeeira em Rondônia”.

Ele completa dizendo que o advento do café clonal é um desafio para o levantamento estatístico devido à dinâmica de crescimento e grandes variações de produtividade, dado aos diferentes tratos culturais implantados pelos produtores.

Antropólogo da etnia Wauja, em MT, rastreia em museus cerâmica produzida por seu povo

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Autaki com panelas de cerâmica wauja, no museu du quai Branly, em Paris. Foto: Leandro Varison

No lugar de onde eu venho, a aldeia Ulupuwene, na Terra Indígena do Xingu [MT], o alimento, os remédios e boa parte dos recursos estão na natureza. A base da nossa alimentação é peixe com beiju, feito com polvilho de mandioca. Por isso, na minha rotina diária na aldeia, eu acordo muito cedo, ora para pescar no rio Batovi, ora para colher mandioca na roça ou para coletar frutas e lenha.

Outra atividade que tem ocupado parte do meu dia, além dos estudos, é a coleta de sapê, que usamos para cobrir a casa que estamos construindo para minha família aqui. Em dezembro do ano passado, um incêndio provocado por um raio destruiu seis casas, incluindo a nossa. Além de itens como rede de dormir, perdi todo o material da minha pesquisa de doutorado.

Minha trajetória de pesquisador é recente. Sou professor de crianças e jovens Wauja desde 2006. Naquele ano, após ter concluído o curso de magistério intercultural da Secretaria de Educação do Estado de Mato Grosso, consegui uma vaga de docente na Escola Estadual Indígena de Educação Básica Piyulaga, também no Xingu e perto de onde eu morava na ocasião. Foi essa experiência que me motivou a tentar ingressar na universidade para aperfeiçoar meu trabalho em sala de aula.

Em 2018 me graduei em ciências da linguagem pela Universidade Federal de Goiás [UFG]. A opção por estudar linguagem tem a ver com a minha história de vida. Eu me alfabetizei tarde, aos 16 anos. Escrever em português, especialmente no formato acadêmico, ainda é um desafio para mim.

Na sequência, fiz mestrado no Programa de Pós-graduação em Antropologia Social da mesma instituição. Em minha pesquisa, que concluí em 2021, analisei o rito de reclusão pubertária, uma tradição dos Wauja e de alguns povos do Alto Xingu. Nessa fase, que pode durar de um a dois anos, os adolescentes são preparados para a vida adulta por meio da educação corporal, além de ensinamentos sobre a cultura do seu povo. No caso das meninas Wauja, que ficam reclusas a partir da primeira menstruação, é nesse momento que elas começam a aprender a arte da cerâmica.

Essa cerâmica inspirou minha pesquisa de doutorado, que realizo desde 2022 no Programa de Pós-graduação em Antropologia Social da Universidade Estadual de Campinas [PPGAS-Unicamp] com bolsa da Capes [Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior]. Meu ingresso se deu por meio de um edital específico para candidatos indígenas que o programa oferece desde 2015. As etapas para entrar na pós-graduação são as mesmas do processo convencional. A diferença é que os candidatos indígenas competem apenas entre si pelas duas vagas disponíveis.

Atualmente, me divido entre a aldeia Ulupuwene e Campinas, onde moro sozinho em um pequeno apartamento perto da Unicamp. Eu gosto das aulas, das trocas com os professores e colegas, mas não me sinto confortável na cidade. Além disso, tenho saudade da minha família, do modo de vida na aldeia e da comida.

Autaki na aldeia Ulupuwene (MT). Foto: Kuwé Karmi Waurá

A produção de formas tradicionais de cerâmica é um saber ancestral dos Wauja. Todos da comunidade participam de sua feitura, primeiramente na coleta do barro e do cauxi, um tipo de esponja de água doce que é misturada ao barro para conferir resistência e facilitar a modelagem das peças. As mulheres modelam e pintam as panelas desde a adolescência, mas os homens só participam desse processo mais velhos, a partir dos 30 anos. A cerâmica é parte da nossa identidade e o conhecimento sobre sua produção tem sido repassado dos anciões para os mais jovens ao longo do tempo.

No entanto, sobretudo a partir dos anos 2000, quando se intensificaram os contatos com os não indígenas, a produção das peças e seu uso cotidiano vêm se alterando. Muitas famílias Wauja passaram, por exemplo, a adotar utensílios de plástico e de alumínio. Percebo também que alguns formatos tradicionais de panelas têm sido modificados para atender às exigências do mercado de artesanato. Meu desafio no doutorado é tentar compreender pelo viés da cerâmica as transformações culturais dos Wauja.

Além da pesquisa de campo nas aldeias waujas no Alto Xingu, tenho visitado museus que abrigam coleções das cerâmicas do meu povo. Especialmente a partir de meados do século XX, por meio de estudos de antropólogos e arqueólogos, bem como de não indígenas interessados em conhecer e colecionar a arte indígena, as cerâmicas waujas se espalharam por museus do Brasil e do exterior.

Um exemplo é o museu du quai Branly, em Paris, especializado em coleções de arte de povos da Ásia, África, Oceania e América. Esse espaço conta com cerca de 175 peças waujas oriundas de duas coletas. Uma do final dos anos 1960 e início dos anos 1970, feita pela antropóloga Vilma Chiara [1927-2020] e pela arqueóloga Niède Guidon. E outra de 2005, realizada pelo museólogo e antropólogo brasileiro Aristóteles Barcelos, professor na University of East Anglia [Reino Unido].

A minha ida e permanência na França entre 2023 e 2024 foi possível devido à Bolsa Guatá, uma iniciativa da embaixada francesa no Brasil que viabiliza viagens internacionais para doutorandos indígenas. Em minha primeira experiência internacional, participei de uma série de conferências e outras atividades, sob a supervisão do antropólogo Emmanuel Mathieu de Vienne, da Universidade Paris Nanterre. Nelas, pude falar sobre a minha pesquisa e sobre a cultura do meu povo em um país com uma tradição acadêmica que influenciou fortemente a antropologia brasileira.

Entre setembro de 2023 e fevereiro deste ano, realizei um levantamento detalhado das peças de cerâmica wauja do acervo do quai Branly. Em parceria com o antropólogo brasileiro e pesquisador científico daquela instituição Leandro Varison, iniciei um projeto de museografia colaborativa com o objetivo de atualizar e, em muitos casos, corrigir os nomes e as descrições desses itens. Trata-se de um trabalho que articula saberes tradicionais e acadêmicos no campo da antropologia. E é algo que espero continuar depois que terminar o doutorado.

Atualmente, sou vinculado à Escola Indígena Municipal Ulupuwene, no Xingu. Porém desde 2022 estou licenciado da sala de aula para me dedicar ao doutorado, que devo terminar em dois anos. Quando me perguntam o que vou fazer após a conclusão da pesquisa, respondo que quero voltar para minha aldeia e mostrar às crianças e adolescentes a importância de preservar nossas histórias e costumes, como é o caso da produção e utilização cotidiana das panelas de cerâmica.

*O conteúdo foi originalmente publicado pela Revista Pesquisa Fapesp. O depoimento de Autaki Waurá foi concedido a Patricia Mariuzzo.

Foz do Amazonas enfrenta ameaças semelhantes ao derramamento de óleo no Nordeste

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O veleiro Witness, do Greenpeace, fez parte da Expedição Costa Amazônica Viva, em março deste ano. Foto: Enrico Marone/Greenpeace

Em agosto de 2019, o litoral do Nordeste brasileiro foi palco de um dos maiores desastres ambientais já registrados na costa do país. Um derramamento de petróleo que, além de destruir ecossistemas e impactar a vida de milhares de pessoas, demonstrou o despreparo e a inação das autoridades diante de uma crise ambiental de tamanha magnitude.

Cinco anos depois, o impacto desse crime ambiental ainda é sentido nas praias, nos recifes de corais, nos manguezais e, sobretudo, nas comunidades que dependem desses ambientes para sobreviver.

Uma Linha do Tempo de descaso

2019

  • Agosto: As primeiras manchas de óleo aparecem nas praias do Nordeste. Comunidades locais e turistas são surpreendidos pela ausência de respostas efetivas por parte do governo local e federal.
  • Setembro a Outubro: O óleo atinge diversos ecossistemas marinhos, como manguezais e recifes de corais. As ações de limpeza e contenção são lideradas por pescadores, voluntários, ONGs e outras iniciativas populares.
  • Novembro: Relatórios revelam a extensão do desastre e a falta de ação coordenada do governo brasileiro.

2020 e além

  • As consequências do derramamento de óleo continuam a afetar o meio ambiente e a saúde pública. As comunidades atingidas enfrentam desafios econômicos e sociais significativos.
  • Vila de pescadores artesanais e de frutos do mar em Barra de Serinhaém, no sul da Bahia, sente os efeitos da queda na venda de pescados, após o vazamento de óleo cru que atingiu o local no segundo semestre de 2019.

Voluntários em ação

A operação de limpeza e contenção do óleo contou com a participação ativa de voluntários que enfrentaram inúmeras dificuldades para minimizar os danos. Entre eles, Rodolfo Rodrigo, voluntário do Greenpeace Brasil, que compartilhou alguns dos desafios vividos durante as operações em Fortaleza:

“Nós observamos três principais dificuldades: a falta de informações por parte do governo, que inclusive chegou a acusar ONGs pelo derramamento de óleo, promovendo desinformação; a ausência de assistência especializada; e a dificuldade de acesso aos inúmeros locais atingidos”, relata Rodolfo. “Muitas das ações que minimizaram os impactos partiram de empresas, ONGs, brigadistas florestais e da própria população, como os pescadores”.

Rodolfo também descreveu momentos emocionantes, como o resgate de animais marinhos afetados pelo óleo. Em um deles, a equipe foi chamada para tentar salvar uma tartaruga coberta com óleo na comunidade do Serviluz, no Ceará. No entanto, devido à falta de assistência especializada, o animal não resistiu.

“Foi um dos momentos mais difíceis para nossa equipe”, lembra Rodolfo. “Ver a vida marinha tão gravemente afetada, com tartarugas cobertas por uma substância que parecia piche ou óleo industrial, foi desolador”.

Agora, uma nova ameaça de crime ambiental surge na Foz do Amazonas, onde projetos de exploração de petróleo colocam em risco centenas de quilômetros de manguezais, regiões costeiras e a vida marinha.

“O desastre no Nordeste deixa claro a necessidade de políticas públicas mais robustas e eficientes para a proteção das zonas costeiras e das questões socioambientais de modo geral. Para que não tenhamos mais cenários apocalípticos como esse do Nordeste oriundo do óleo, vamos continuar defendendo que o desenvolvimento do Brasil deva estar baseado numa matriz energética renovável, na economia circular, no melhor aproveitamento dos recursos naturais e na potencialização das economias e atividades sustentáveis que já existem nos territórios”.

Uma expedição recente conduzida pelo Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (IEPA) analisou a hidrodinâmica da Bacia da Foz do Amazonas. A pesquisa demonstrou que qualquer vazamento de óleo na região pode se espalhar rapidamente por Guiana Francesa, Suriname, Guiana e até águas caribenhas, com impactos irreversíveis às comunidades costeiras e à biodiversidade marinha.

Enquanto isso, comunidades da Guiana Francesa já manifestaram preocupação sobre os impactos potenciais de um derramamento na costa amazônica, destacando a importância da biodiversidade marinha para sua subsistência e renda.

*Com informações do Greenpeace Brasil

Volume de água nas cachoeiras de Presidente Figueiredo é afetado pela seca no Amazonas

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Cachoeira de Iracema na seca em 2024. Foto: Francisco Carioca/Rede Amazônica AM

A forte estiagem que atinge o estado do Amazonas já afeta as cachoeiras de Presidente Figueiredo, conhecidas por seu volume abundante de água. A diminuição do fluxo hídrico preocupa comunidades locais e o setor agrícola, que já enfrenta dificuldades com a falta de água para irrigação. Devido à seca e baixa no nível de água, a Prefeitura de Figueiredo decretou situação de emergência por 120 dias.

O volume de água normal na cachoeira de Iracema, uma das mais atrativas da cidade, costuma ser grande. Quando chove, os pedrais até desaparecem devido ao forte fluxo. Agora, o cenário da cachoeira mudou: o volume de água está menor e mais pedras estão expostas. Até quem não conhece o local percebe a diferença.

O volume de água na corredeira do Urubuí também já está menor, consequência da estiagem que atinge o estado.

Cerca de 4 mil pessoas visitam Presidente Figueiredo todos os fins de semana durante o verão. A redução no volume de água das cachoeiras não afeta o turismo, mas causa prejuízo às comunidades e ao setor agrícola, que fica sem água para irrigação.

Seca no Amazonas

No último dia 28, o governo do Estado declarou situação de emergência ambiental e de saúde pública em todas as 62 cidades do Amazonas devido à seca e queimadas na região. Conforme boletim divulgado pela Defesa Civil do Amazonas nesta quinta-feira, já são mais de 364 mil pessoas afetadas pela estiagem em todo o estado.

O decreto na capital amazonense foi assinado um dia após o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, visitar o Amazonas ao lado de ministros para avaliar a situação da seca no estado. Durante a agenda, Lula anunciou quatro projetos de dragagem nos rios Amazonas e Solimões, e outras medidas para amenizar os impactos da estiagem.

Na capital Manaus, o nível do Rio Negro, em Manaus, atingiu a cota de 16,97 metros de acordo com a medição feita pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), nesta quinta-feira (12). A marca está próxima do limite mínimo considerado seguro à banhistas pelas autoridades, estipulado em 16 metros.

Segundo os dados do SGB, nas últimas 24 horas o Rio Negro baixou 24 centímetros na capital amazonense. Desde o dia 1º de setembro, o nível do rio em Manaus reduziu 2,81 metros, uma média de 25,54 centímetros por dia.

Na mesma data, em 2023, ano da maior seca já enfrentada na história do estado, o Rio Negro marcava 21,19 metros. Nos primeiros doze dias de setembro daquele ano, houve uma redução de 2,41 metros, o equivalente a 21,90 centímetros diariamente.

Leia também: Manaus decreta situação de emergência devido à seca no Rio Negro

*Por Francisco Carioca, da Rede Amazônica AM

“Floresta não fica em pé sem os povos tradicionais”, afirma reitor da UFPA

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Foto: Léo Ramos Chaves / Revista Pesquisa FAPESP

Uma das apresentações mais contundentes da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, realizada em Brasília, foi feita pelo reitor da Universidade Federal do Pará (UFPA), Emmanuel Zagury Tourinho. Em uma plenária em 31 de julho sobre oportunidades e desafios para o desenvolvimento sustentável, um dos motes da conferência, Tourinho afirmou de modo categórico que não há projetos de desenvolvimento da Amazônia que possam ser definidos como sustentáveis e que a degradação do modo de vida das populações tradicionais, que ajudam a manter a floresta em pé, está chegando a um ponto de não retorno, colocando em xeque a preservação do bioma.

Graduado em psicologia pela UFPA e doutor pela Universidade de São Paulo (USP), Tourinho é um especialista em psicologia aplicada a processos culturais e um conhecedor do ambiente de pesquisa na Amazônia – além de reitor da maior universidade da região, foi membro de conselhos científicos de instituições como o Museu Paraense Emílio Goeldi, de Belém, e o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, de Manaus. Também presidiu a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) entre 2017 e 2018. No dia seguinte à apresentação na conferência, concedeu a entrevista a seguir.

O senhor afirmou que a Amazônia está chegando a um ponto de não retorno na degradação do tecido social de suas populações tradicionais, em uma situação comparável com a do desmatamento. Que processo é esse?

Há um interesse de grandes grupos econômicos em territórios da Amazônia e uma parte das populações tradicionais vai sendo expulsa dessas áreas, migrando para a periferia de cidades pobres que não oferecem condições adequadas de sobrevivência. Isso tudo compromete um modo de vida que, até então, garantia a floresta em pé. Se a Amazônia for ocupada de um modo diferente, sem essas populações, não se sabe o que vai acontecer com a floresta.

Precisamos aproveitar esse interesse global pela conservação da floresta para mostrar que temos que garantir a vida das populações que, até então, protegeram a floresta. Estou falando de todas as populações tradicionais – indígenas, quilombolas, extrativistas e ribeirinhas. Todas essas populações estão hoje expostas a muitos tipos de violência e, no caso dos indígenas, a falta de demarcação de suas terras os torna ainda mais vulneráveis.

Como essa degradação vem ocorrendo?

Vou dar o exemplo dos plantadores de arroz que foram removidos da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, por determinação da Justiça Federal. Alguns mudaram para a ilha de Marajó. A transformação de uma grande área de Marajó em um território para a produção de arroz expulsou populações tradicionais. Houve um efeito direto sobre a paisagem e sobre as populações, que, enquanto estiveram lá, garantiram em alguma medida a floresta em pé e projetos agroflorestais sustentáveis.

Veja também a cadeia de produção do açaí. Hoje o fruto é consumido no mundo inteiro e parte do território da Amazônia que não era ocupada pelo açaí está passando a ser. As populações ribeirinhas que vivem da coleta do açaí são impactadas por essa nova economia, não necessariamente de forma positiva. Tem havido um aumento da ocorrência da doença de Chagas na região, porque o inseto barbeiro, que é o transmissor e vivia em outra vegetação, se concentra em plantações de açaí. E há pressões de madeireiros ilegais, do garimpo ilegal. Não existe um sistema que proteja essas populações.

O senhor afirmou que não há projetos de desenvolvimento da Amazônia que sejam sustentáveis. Por quê?

A razão básica é que não são projetos para promover o desenvolvimento social dos povos da Amazônia, mas para criar riqueza para grandes grupos econômicos, eventualmente gerando também divisas internacionais para o país. Eles deixam em segundo plano as condições de vida das populações e criam passivos sociais e ambientais. Cada projeto novo chega prometendo mais emprego, mais infraestrutura para as cidades, e depois não se vê isso. Pontualmente aqui e ali há um benefício, mas nada comparável ao volume de riquezas extraídas e danos causados. Isso não quer dizer que não seja possível desenvolver a economia fazendo um uso sustentável dos recursos naturais.

O senhor disse que burocratas não estão aptos a desenvolver projetos inclusivos. Que governança deveria haver?

Quando eu me referi aos burocratas, pensei nos gestores de agentes financeiros que desconhecem a realidade da Amazônia e concebem projetos a partir da lógica: como podemos aproveitar essa riqueza toda que há na Amazônia? O poder público precisa estar alerta e só permitir que avancem projetos que protejam direitos das populações locais. Isso é possível de ser feito, mas é preciso mudar a lógica. É necessário ouvir as populações e dar a elas poder decisório. Isso acontecerá de modo satisfatório se essas populações forem as beneficiárias econômicas diretas.

O senhor criticou projetos de geração de energia limpa na Amazônia, perguntando: “Limpas para quem?” Por quê?

Há um equívoco em pensar que qualquer projeto de energia limpa é sustentável ou positivo para todo mundo. Alguns desses projetos comprometem as condições de vida das pessoas que vivem onde eles são implantados. Algumas hidrelétricas na Amazônia têm essa história: desorganizam a vida de grandes comunidades e degradam as condições de vida dessas pessoas. Belo Monte é um caso. Houve prejuízos para as populações que não são reparáveis. Mas, quem olha de fora, diz: “Ah, que bom que estamos produzindo mais energia limpa!” Energia renovável não é sinônimo de sustentabilidade se não incluir uma dimensão social.

Como pesquisadores podem ajudar a enfrentar esse problema?

Não há como fazer esse enfrentamento sem lançar mão da inteligência científica e dos saberes tradicionais locais. Nos projetos para a Amazônia, prevalece o princípio do vazio. Eles são pensados como se não existissem pessoas que conhecem a realidade local e estão aptas a dizer como devem ser concebidos. Temos na Amazônia instituições de ciência e tecnologia muito bem estruturadas, fazendo pesquisas que incluem uma interação cotidiana com a população. Temos que ouvir essa inteligência científica.

Na iniciativa Amazônia+10, que reúne pesquisadores de 25 estados e do exterior, uma das preocupações é fixar mais cientistas da Amazônia. Isso para não repetir o que ocorreu na formação de redes de pesquisa na Amazônia lideradas por cientistas de outras regiões que depois voltavam  para os estados de origem. Isso é uma necessidade?

Tem que haver cooperação entre quem faz ciência na Amazônia e quem faz ciência fora da Amazônia. Ocorre que as instituições da Amazônia desejam superar uma lógica colonialista, uma prática que era comum de os pesquisadores amazônidas serem procurados só para coletar dados para colegas de fora. Não queremos ser mais coletadores de dados. Queremos desenvolver uma agenda de pesquisas pensada a partir da realidade da Amazônia e estabelecer cooperação com quem quiser colaborar.

A agenda de pesquisas tem de ser referenciada pela fronteira do conhecimento, mas também pela realidade social e incluir o empoderamento da população com conhecimento científico, para que ela participe do debate sobre políticas para a região. A UFPA lidera o Centro Integrado da Sociobiodiversidade da Amazônia, o Cisam, com pesquisadores das 13 universidades federais sediadas na Amazônia. O Cisam é orientado por essa visão da ciência, reconhecendo a complexidade dos problemas da Amazônia e adotando abordagens interdisciplinares.

*O conteúdo foi originalmente publicado pela Revista Pesquisa FAPESP, escrito por Fabrício Marques.

Alerta vermelho: Gaia vive e reage

Por Julio Sampaio de Andrade – juliosampaio@consultoriaresultado.com.br

Gaia é uma palavra que tem origem grega e significa “mãe terra”. Na mitologia grega é a segunda divindade, tendo surgido apenas após o Caos. Gaia cria as montanhas, os rios e tudo o que existe na terra. Gaia é a própria terra viva.

Mokiti Okada fala em A Grande Natureza, que a natureza vive, que tem espírito. Fala também na força do solo, sendo este o princípio da Agricultura Natural, preconizada por ele. Neste tipo de cultivo, não se utiliza adubos e, sim, folhagens e materiais do próprio solo, ricos em microrganismos. O solo é tratado como um ser vivo, que tem sentimentos e que reage.

A ideia de que o planeta vive não é nova e está presente em culturas milenares. Em algumas delas, elementos como o sol, a lua, a chuva, o fogo ou o mar são deuses ou representações deles. Deuses que podem manifestar amor ou fúria, merecendo por isto, todo o respeito e temor. Isto para culturas menos civilizadas.

Para culturas mais evoluídas como a nossa, a terra, o solo e os demais elementos são apenas o que são, o que podemos ver ou tocar, não muito diferentes de objetos descartáveis. Seremos mesmo mais evoluídos?

Nas primeira vezes que tive contato com as ameaças ambientais, tudo parecia coisa de ficção científica ou alarmismo de “ecochatos”. Aos poucos, as coisas começaram a parecer mais reais, mas que seriam controláveis, no momento necessário. O que vemos, cada vez mais perto, nos noticiários, nas imagens, nas estatísticas, nas inundações, nos incêndios devastadores em todos os estados do país, na poluição tóxica do ar, na perda da biodiversidade, na elevação do nível do mar, nos recordes de temperatura em todo o mundo, não deixam dúvidas. Gaia vive e reage. Alerta vermelho para a humanidade.

Talvez não seja apenas a agressão do homem ao meio ambiente, mas também do homem contra o homem e contra outros seres. A própria natureza nos ensina que onde se acumulam impurezas, surgem ações de eliminação, processos purificadores. É o que ocorre com as nuvens carregadas ou quando ingerimos alimentos em excesso ou estragados. Até mesmo uma minúscula célula elimina o que não será aproveitado pelo seu metabolismo. Trata-se de um princípio universal, que se aplica em outros setores menos evidentes, como na relação entre as pessoas, no uso do dinheiro ou na aplicação do tempo.

Nossos pensamentos, palavras e ações podem gerar impurezas e, neste caso, não faltam exemplos. Parece que ainda estamos longe de construir uma cultura verdadeiramente civilizada, capaz de enxergar além do que podemos ver e tocar. Para citar apenas um fator, no momento, em pleno ano de 2024, o mundo convive com mais de cinquenta conflitos armados. E as guerras não existem apenas entre os países. Elas estão em todos os locais: na política, nas ruas, nas empresas e até nas famílias. Será que tudo isto não cria impurezas? Nossas reclamações contra o tempo e contra a vida não geram impurezas? O egoísmo, o excessivo materialismo e o desrespeito à vida não geram impurezas? Será que isto não interfere em Gaia, a mãe natureza?

De nada adianta, porém, engrossarmos a fileira dos pessimistas, principalmente, porque se já estivesse tudo perdido, não haveria o que fazer. Ao contrário, há o que fazer e depende de cada um agir para transformar a realidade. Emoções e atitudes positivas e responsáveis, podem ser transformadoras. É preciso acreditar que dá tempo e que podemos construir a nossa felicidade, trabalhando para a felicidade de todos e, consequentemente, de Gaia, nossa mãe-terra.

E, para isto, reforço o convite: vamos construir felicidade? Para você, para mim, para todos? Gaia e o mundo precisam.

Sobre o autor

Julio Sampaio (PCC,ICF) é idealizador do MCI – Mentoring Coaching Institute, diretor da Resultado Consultoria, Mentoring e Coaching e autor do livro Felicidade, Pessoas e Empresas (Editora Ponto Vital). Texto publicado no Portal Amazônia e no https://mcinstitute.com.br/blog/.

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista

Energia solar fortalece empreendedorismo sustentável em comunidades no Amazonas

Foto: Bruna Martins

Mais de 530 famílias serão beneficiadas com o novo sistema de energia solar instalado na comunidade Bauana, localizada na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Uacari, no município de Carauari (distante a 787 quilômetros de Manaus), interior do Amazonas. A iniciativa visa fortalecer o empreendedorismo sustentável, alinhado à bioeconomia, e melhorar os indicadores socioeconômicos da população regional.

A partir da instalação do sistema, será possível o funcionamento de duas mini usinas para produção de óleos de andiroba e murumuru, buriti, açaí, e outros produtos da bioeconomia amazônica. O sistema solar possui 80 painéis e 32 baterias de lítio. Além do Bauana, o sistema beneficiará outras 10 comunidades, entre a RDS Uacari e a Reserva de Extrativista (Resex) Médio Juruá. São elas: Santo Antônio, Vila Ramalho, São Raimundo, Bom Jesus, Imperatriz, Roque, Nova Esperança, Novo Horizonte, Pupuaí e Gumo do Facão.

O sistema de energia é fruto do projeto “Sempre Luz”, realizado entre a Fundação Amazônia Sustentável (FAS) e a multinacional brasileira UCB Power. Em 2021, a mesma iniciativa levou abastecimento para aproximadamente 130 pessoas da comunidade ribeirinha Santa Helena do Inglês, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Rio Negro, no município de Iranduba (distante a 64 quilômetros de Manaus). O local sofria com constantes interrupções de energia e, após o projeto, passou a ter o fornecimento de eletricidade 24 horas.

O superintendente geral da FAS, Virgilio Viana, explica que o sistema vai dar suporte aos laboratórios de empreendedorismo local.

“Nós temos não apenas um conjunto de placas solares, mas também todos os equipamentos que permitem funcionar uma mini usina de processamento dos frutos da bioeconomia, em um campus de inovação, educação e diversas outras atividades [RDS Uacari e RESEX Médio Juruá]”, enfatiza.

O fornecimento elétrico ainda irá facilitar o acesso à educação, pesquisa, telessaúde e outras atividades via internet. Viana avalia que o sistema é uma grande oportunidade para o desenvolvimento sustentável local.

“Temos uma história de sucesso no desenvolvimento de projetos de armazenamento de energia em comunidades da Amazônia, em parceria com a FAS. Estamos muito orgulhosos em apoiar mais essa iniciativa”, afirma George Fernandes, CEO da UCB Power.

*Com informações da FAS

Manaus decreta situação de emergência devido à seca no Rio Negro

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A Prefeitura de Manaus decretou situação de emergência na capital amazonense em razão da estiagem. O Decreto nº 5.983 está publicado na edição de 11 de setembro, do Diário Oficial do Município (DOM) e tem validade de 180 dias. 

De acordo com o decreto, a Secretaria Municipal de Segurança Pública e Defesa Social (Semseg), por meio da Secretaria Executiva de Proteção e Defesa Civil (Sepdec), fica autorizada a adotar as medidas necessárias ao mapeamento dos riscos e minoração dos efeitos decorrentes da estiagem.

 Entre as ações previstas estão:

  • planejar, organizar, coordenar e controlar medidas a serem empregadas durante a situação de anormalidade;
  • articular-se com as esferas federal e estadual, a fim de combater a emergência;
  • encaminhar ao chefe do Poder Executivo municipal relatórios técnicos sobre a emergência;
  • divulgar à população as informações necessárias sobre a situação de emergência e o resultado das ações para controle dos efeitos da estiagem no município de Manaus;
  • propor de forma motivada, a contratação temporária de profissionais, aquisição de bens, material e contratação de serviços necessários à atuação na situação de anormalidade, no que couber;
  • e  adotar os meios necessários para implantação do Plano Operativo, bem como outros planos e ações que venham a ser propostos para atendimento do disposto nesse decreto.

Para a publicação do decreto de emergência, a Prefeitura de Manaus considerou o relatório técnico n⁰ 96/2024/Diprev/Sepdec/Semseg da Sepdec sobre a situação de anormalidade no município de Manaus, em virtude de estiagem; o 34⁰ Boletim Hidrológico da Bacia do Amazonas produzido pelo Serviço Geológico do Brasil  (CPRM), o Informativo de Síntese dos Prognósticos de Estiagem no Amazonas – 2024, com status de alerta, feito pela Defesa Civil do  Estado do Amazonas; e o Parecer nº 045/2024 – Asjur/Semseg/Manaus, acolhido pelo secretário municipal de Segurança Pública e Defesa Social.

Nesta quinta-feira (12), a medição do porto de Manaus apontou que o Rio Negro atingiu, na capital do Amazonas, a marca de 16,97 metros. Em 2023, ano da maior estiagem já registrada no Amazonas, nesta mesma data, o rio estava com 21,19 metros.

Apesar do problema, pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil (SGB) acreditam que o rio não deve atingir a cota da seca de 2023, que foi de 12,70 metros. A previsão para este ano é de que o nível das águas fique em torno de 14 a 15 metros, o que já é considerado muito baixo.

*Com informações da Prefeitura de Manaus

Pipoca em Cena 4: dicas de edição

Com parte do projeto Pipoca em Cena, acompanhe nessa série de quatro videoaulas, dicas de produção audiovisual com celulares. São informações sobre as necessárias etapas para a realização de um filme, começando com a ideia e o roteiro, passando pela produção, equipamentos, captação, edição e distribuição do filme.

“Esta primeira videoaula marca o início de uma jornada para cineastas aspirantes e entusiastas do cinema. Queremos proporcionar uma base sólida para que nossos alunos possam desenvolver suas habilidades e criar histórias que realmente se destaquem”, destacou Anderson Mendes, gerente de conteúdos especiais da Fundação Rede Amazônica.

Acompanhe o quarto e último episódio:

Veja os demais episódios:

Sobre o Pipoca em Cena

A décima edição do Projeto Pipoca em Cena, da Fundação Rede Amazônica (FRAM), tem o apoio institucional da Globo Filmes; Policia Militar do Amazonas; Secretaria de Estado de Educação e Deporto Escolar (SEDUC); e o apoio da Agência Amazonense de Desenvolvimento Cultural (AADC); Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (SEC) e Governo do Amazonas.