Txai Suruí: “nossa voz precisa ecoar nos espaços de decisão da COP30”

A ativista de Rondônia Txai Suruí é uma liderança indígena reconhecida pela postura combativa em fóruns nacionais e internacionais.

Txai Suruí é do povo Paiter Suruí, cujos territórios ficam nos estados de Rondônia e Mato Grosso. Foto: Rafael Cardoso/Agência Brasil

A ativista Txai Suruí, liderança indígena reconhecida pela postura combativa em fóruns internacionais, exigiu mais participação e poder de decisão para os povos originários nos espaços oficiais da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30).

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Ela participou no sábado (15) da Marcha Mundial pelo Clima, manifestação que percorreu as ruas de Belém com demandas dos movimentos sociais.

Txai disse que as manifestações indígenas recentes na Zona Azul da COP30, como os protestos de terça e sexta-feira, são um recado claro de que os povos tradicionais não se sentem representados da maneira como deveriam.

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Txai Suruí
A ativista Txai Suruí, liderança indígena reconhecida pela postura combativa em fóruns internacionais. Foto: Gabriel Ushida

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“Imagina ter um evento na sua casa e você não poder entrar lá, enquanto eles decidem sobre a sua vida, enquanto o seu território segue ameaçado, segue sofrendo violações, as suas pessoas seguem morrendo”, disse Txai.

“Os povos indígenas jamais permitirão que um evento como esse aconteça sem que as vozes deles sejam ouvidas, sem que grito seja dado, sem que as denúncias sejam feitas e sem que as pressões aconteçam. Nós precisamos ter espaços de decisão”, complementou.

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A ativista do povo Paiter Suruí, cujos territórios ficam nos estados de Rondônia e Mato Grosso. Foto: Divulgação

A ativista do povo Paiter Suruí, cujos territórios ficam nos estados de Rondônia e Mato Grosso, celebrou a participação dos movimentos sociais e dos povos tradicionais nas ruas durante a marcha deste sábado.

“Um momento importantíssimo no qual se juntam movimentos sociais, povos indígenas, quilombolas, extrativistas, população da floresta, população da Amazônia para dizer ao mundo o que queremos”, disse Txai.

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“Dizemos ao mundo que não aceitamos mais a exploração de óleo na Foz do Amazonas e que a demarcação dos territórios é um direito dos povos indígenas, que a demarcação é uma das principais soluções que o Brasil e o mundo podem tomar no combate às emergências climáticas. Se a COP não consegue nos dar respostas para a crise, a gente está aqui dizendo que a resposta somos nós”, complementou.

*O conteúdo foi originalmente publicado pela Agência Brasil, escrito por Rafael Cardoso

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