Sons da floresta: plataforma possibilita conexão sensorial com a Amazônia

Todos os sons integram uma biblioteca de código aberto com dezenas de florestas ao redor do mundo.

As florestas possuem uma grande importância na manutenção do equilíbrio do planeta e atuam também como fornecedoras de matéria-prima para a sociedade. A maior floresta tropical do mundo, a Floresta Amazônica concentra o maior bioma do Brasil e um dos maiores do globo.

Quem já teve a oportunidade de visitar o coração da Amazônia sabe que a diversidade ambiental de animais, rios e plantas produz uma sonoridade única, quase como uma orquestra, porém totalmente natural.

Mas e quem tem a curiosidade de saber quais são esses sons e os de outras florestas ao redor do mundo – sem sair de casa?

Esse é o objetivo do ‘Sounds of the forest‘ (do inglês, ‘sons da floresta’), uma plataforma que possibilita conexão e interação entre entusiastas e as florestas.

Imagem: Reprodução/Sounds of the Forest

Sounds of the Forest

Conhecer dezenas de florestas ao redor do mundo sem precisar sair de casa é a proposta do projeto global. A ideia é proporcionar uma experiência sensorial para entusiastas e curiosos sobre florestas do mundo todo, com registros em todos os continentes.

No Brasil são, ao todo, 13 registros de sons de florestas, sendo seis destes na área da Amazônia Legal. É possível observar os diferentes sons do bioma como o canto dos pássaros, o soprar das folhas e o barulho dos animais no geral.

Registros na Amazônia Legal

Confira os registros na plataforma de florestas na Amazônia:

Tauari (Amazonas)

Localizado em parte da Floresta Amazônica próximo ao município do Careiro, distante cerca de 124 km de Manaus, no Amazonas, este som foi gravado por Félix Blume.

Lago Mamori – Careiro (Amazonas)

O som do Lago Mamori, em Careiro, também no Amazonas, foi registrado por Constantino Katsiris. Foi gravado em 24 de outubro de 2011, durante a sexta edição do Mamori Sound Project, uma expedição anual de gravação de campo na floresta amazônica brasileira concebida e dirigida por Francisco López.

Monte Alegre (Pará)

Monte Alegre é um município do Pará, onde fica o Parque Estadual Monte Alegre, considerado o único patrimônio imaterial brasileiro. O registro sonoro é de Laurent Jérômem.

Rio Ituxi (Amazonas)

O Rio Ituxi é um curso de água no Amazonas que banha o município de Lábrea. O registro sonoro foi gravado por Marina Gavaldão em agosto de 2019.

Japuranã – Nova Bandeirantes (Mato Grosso)

Desde 2011, Japuranã é um distrito do município de Nova Bandeirantes, no Mato Grosso, fazendo parte da Amazônia Legal. O registro foi feito por Regina Trinca, em 2004.

Parque Estadual Corumbiara (Rondônia)

Localizado em Rondônia, quase próximo da fronteira com a Bolívia, o registro foi gravado por Toninho Muricy, contratado pelo projeto Cine Amazônia para gravar ambientes descendo o Rio Guaporé. Essa gravação é feita da beira do rio no Parque da Fazenda Corumbiara.

É possível observar um Anhuma (Anhima cornuta), que soa um pouco como uma trombeta repetida, depois um gavião chamado Carcará (Caracara plancus) que começa a soar um pouco como uma porta rachando, com Ciganas (Opisthocomus hoazin) também ao fundo.

Biblioteca de código aberto

Todos os sons integram uma biblioteca que pode ser compartilhada com licença Creative Commons de código aberto – ou seja, qualquer um pode ouvir e adicionar novas gravações. Acesse o link.

O mapa mostra o nome do local onde aquele som foi captado (com cidade, país e coordenadas exatas), além do nome da pessoa que registrou, a data, horário e breve descrição da gravação.


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