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Amazonas registra mais de 30 mil notificações de casos suspeitos de arboviroses entre janeiro e junho de 2024

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A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), unidade vinculada à Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM), divulgou no dia 25 de julho, o Informe Epidemiológico das Arboviroses no Amazonas

No Amazonas, no período de 1º de janeiro até dia 25 de julho, foram 30.715 notificados casos suspeitos de arboviroses, sendo confirmados, por critério laboratorial ou clínico-epidemiológicos, 5.593 para dengue, 15 para chikungunya, 63 para zika, especificamente por critério laboratorial, 3.177 casos de febre Oropouche, 124 casos de febre do Mayaro. 

Os dados constam no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e no Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL).

Conforme o informe de arboviroses no Amazonas, segue em 4 óbitos por dengue, sendo 2 em Manaus e 2 em Lábrea. Na lista de municípios do Amazonas com maior quantidade de casos notificados para arboviroses nos últimos 30 dias: Tefé (155), Manaus (130), Jutaí (60), Tabatinga (49), Manacapuru (32), Japurá (30), Guajará (21), Tapauá (15), Envira (11), Humaitá (11) e Iranduba (8).

Foto: Divulgação/FVS-RCP

Prevenção

A melhor forma de evitar as arboviroses é combater os focos de acúmulo de água, locais propícios para a criação de mosquitos transmissores das doenças.

Além dessas medidas, a prevenção contra a Febre Oropouche envolve, ainda, evitar adentrar em locais de mata e beira de rios (principalmente entre 9 e 16 horas), limpeza de quintais, evitando o acúmulo de matéria orgânica e, quando possível, recomenda-se o uso de repelentes.

*Com informações da Agência Amazonas

Portal Amazônia responde: ariramba-de-bico-amarelo é parente do beija-flor?

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Foto: Reprodução/Passaros.org

Você já deve ter visto uma ave pequena e colorida, mas percebeu que não se tratava de um beija-flor? Bem, essa é a ariramba-de-bico-amarelo, que apesar de parecerem beija-flores, não são de uma família tão próxima.

Da família Galbulidae, a ariramba-de-bico-amarelo é uma espécie amazônica, que ocorre ao norte do rio Amazonas, além de estar distribuída por Roraima, Amapá e Pará. Esses pássaros vivem em florestas alagadas, como várzeas e igapós, mas também em florestas de terra firme, e fazem seus ninhos em cupinzeiros nas árvores.

É considerada a menor ave de sua espécie, com 19 centímetros de comprimento. Além do bico, os pés e a região dos olhos também são amarelos. Um fato curioso? A ponta do bico e das unhas são escuros, como se alguém tivesse pintado.

O veterinário especialista em animais silvestres e exóticos com ênfase em resgate de fauna livre, Gabriel Guimarães, contou ao Portal Amazônia que é justamente a cor da ariramba-de-bico-amarelo que causa essa semelhança toda com o beija-flor.

Quando questionado se a espécie é fácil de ser observada em ambiente urbano, o especialista em animais silvestres respondeu que não, mas que não é improvável de acontecer.

“Não é comum. É uma ave com características únicas. Ave de dentro de mata, área alagada. Mas pode acontecer sim, são animais insetívoros, o que difere bastante do beija-flor. Por isso costumam serem encontrados em áreas inundadas, pela maior presença de insetos”, respondeu.

Curiosidades

Gabriel relatou outro um fato curioso sobre a ariramba-de-bico-amarelo: ela é uma das poucas aves do mundo que pode viver em grupos mistos.

O biólogo Pedro Meloni Nassar completa o quadro de curiosidades sobre o pássaro com outro fato interessante sobre as arirambas: observá-las caçando.

“Ficam pousadas em um poleiro, voam para capturar a presa em voo e retornam ao mesmo poleiro. São espécies coloridas e muito bonitas. Apesar de serem, em grande parte, espécies florestais, são de fácil observação após detectadas, pois permanecem imóvel onde estão, permitindo certa aproximação”, completou o biólogo. 

*Por Karleandria Araújo, estagiária sob supervisão de Clarissa Bacellar

Casa flutuante na Amazônia: Narrativas Femininas pelo Mundo conta a história de Olga D’arc  

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O projeto Narrativas Femininas pelo Mundo, chega ao seu penúltimo episódio gravado na Amazônia. Neste episódio, a jornalista Paula Cristina conta a mudança drástica de vida de Olga D’arc, mulher apaixonada pela natureza. No programa, a socióloga aposentada fala com sorriso no rosto da sua relação com os animais silvestres e da forma simples que leva a vida no Amazonas.

Olga descreve que um dos motivos de se mudar para o Estado foi tentar, de alguma forma, ajudar os povos da região, e que construiu um templo em homenagem ao Pajé Gabriel Gentil, pesquisador na área indígena e colega dos tempos de pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

“Eu sou apaixonada, pelo Rio Negro, pelas histórias daqui, eu tento postergar a vida da terra, isso que eu gosto de fazer, eu amo a natureza, eu deixo exemplo de que para viver precisamos de coragem e decência na vida, no amor, na paixão, em tudo. Você não precisa de muita coisa para ser feliz”, declara Olga D’arc. 

Foto: Arquivo pessoal/ Paula Cristina.

Paula Cristina relata algumas curiosidades sobre o tempo que passou com Olga como, por exemplo, se teria a coragem que a socióloga teve em abrir mão de uma vida na cidade e ir morar em uma casa flutuante.

“Dona Olga é uma grande mulher que se tornou uma pessoa muito querida em minha vida. De uma sabedoria e personalidade tão autênticas que ultrapassam o que foi dito no vídeo. Acredito que, para além do que ela compartilhou conosco, ela soube escutar seu coração. Conhecer mulheres como a Olga, com personalidades tão diferentes, me faz ir em busca cada vez mais do meu autoconhecimento. Até hoje permaneço com mais perguntas que respostas. E essa é graça da vida e o que faz meu coração bater mais forte, não sei se teria a mesma coragem que Olga, mas tive o privilégio de conhecê-la e de compartilhar sua história com o mundo”, conta Paula. 

O quarto episódio do programa que narra a história de Olga D’arc, é o mais assistido do canal, batendo a marca de mais de 910 mil visualizações. 

Confira o episódio no link abaixo:

Vídeo: Reprodução/YouTube/Narrativas Femininas pelo Mundo

Programa especial

O ‘Narrativas Femininas pelo Mundo’ ganhou um novo caminho: os episódios que já foram gravados na Amazônia são exibidos pelo canal Amazon Sat. No total, são cinco episódios que reúnem a experiência de Paula pela região.

*Por Karleandria Aarújo, estagiária sob supervisão de Clarissa Bacellar

Narrativas Femininas pelo Mundo: educação e vozes indígenas chamam atenção em Manaus

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O projeto Narrativas Femininas pelo Mundo apresenta locais de qualquer lugar do mundo através de vivências de mulheres. Na edição amazônica, a jornalista Paula Cristina tem conhecido a região e, em seu terceiro episódio, mostra a realidade dos 35 povos e 700 famílias  indígenas que moram no Parque das Tribos, em Manaus (AM).

A cacique Lutana Kokama representa como ninguém essa força feminina, pois é a líder do parque, quebrando muitas barreiras de preconceito não somente dos “homens brancos”, mas dos indígenas do seu próprio povo. Lutana expõe qual é a sua maior dificuldade em administrar a comunidade.   

“Ser a mãe do povo é ir em busca recurso para a comunidade. Uma das maiores dificuldades  que temos hoje é a comunicação entre os irmãos, pois falamos línguas diferentes”, diz a líder.

Foto: Arquivo pessoal/ Paula Cristina.

Outras personagens como a pedagoga Claudia Baré, a ativista e líder Vanda Witoto, e a cantora Elizete Tikuna são exemplos da história de luta de milhares de indígenas espalhadas pela Amazônia que buscam todos os dias pela melhoria na educação das futuras gerações do seu povo. 

Paula Cristina descreve o quanto a gravação do terceiro episódio lhe marcou:

“A Shirley Thomas, conhecida como Rionegrina, que abre o episódio, é uma artista maravilhosa, assim como Cláudia Baré, Lutana Kokama, Vanda Witoto e Elizete Tikuna, que a cada ano que passa desenvolvem mais projetos artísticos, culturais e educativos incríveis. Foram dois meses de convivência com mulheres muito sábias, que guardo em meu coração. Os aprendizados são tantos e muitas vezes vieram de maneiras mais simples do que se imagina”.

Confira o episódio no link abaixo:

Vídeo:Reprodução/YouTube/Narrativas Femininas Pelo Mundo

Programa especial

O ‘Narrativas Femininas pelo Mundo’ ganhou um novo caminho: os episódios que já foram gravados na Amazônia são exibidos pelo canal Amazon Sat. No total, são cinco episódios que reúnem a experiência de Paula pela região.

*Por Karleandria Aarújo, estagiária sob supervisão de Clarissa Bacellar

5 opções de cinema para aproveitar a rota alternativa em Manaus 

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O cinema, hoje, é uma indústria que movimenta bilhões de reais anualmente. Alguns países lideram esse mercado com maestria, tanto em produção quanto em consumo. Mas há especialistas que se arriscam em dizer que as salas de cinema estão ameaçadas pelos serviços de streaming. Seria essa uma ameaça na indústria cinematográfica?

Enquanto o lucro, competitividade e incertezas rondam as grandes indústrias de produção cinematográficas, há também aqueles que buscam formas de valorizar essa arte, colocando a disposição do público os cinemas alternativos

Em Manaus (AM) os famosos cinemas alternativos estão espalhados pelo Centro e em universidades públicas, alguns com opções de entrada gratuitas e outros com preços mais acessíveis que a salas de cinemas convencionais. O Portal Amazônia encontrou algumas dessas opções. Confira:

Cine Teatro Guarany

Inaugurado em novembro de 1999, o Cine Teatro Guarany tem como objetivo abrigar shows e espetáculos de pequeno porte, assim como sessões de cinema.

Sessões: todos os sábados (horários sob consulta)

Entrada: gratuita 

Onde: Vila Ninita. Avenida Sete de Setembro, n° 1546, Centro

Foto: Divulgação/Secretaria de Cultura e Economia Criativa

Cine Casarão

Localizado no Centro Cultural Casarão de Ideias, a sala de cinema foi reformada e reinaugurada no dia 4 de junho.

Sessões: Sexta, sábado e domingo, de 13h às 19h30

Entrada: Inteira R$ 20; Meia R$ 10

Onde: Rua Barroso, n° 279, Centro

Foto: Reprodução/Instagram – casaraodeideias

Cine Carmen Miranda Cinema

O Cine Carmen Miranda Cinema é uma novidade na cidade. Inaugurou no dia 27 de junho e é uma homenagem à memória dos cinemas antigos de rua do Centro de Manaus.

Sessões: De quinta a sábado às 17h

Entrada: Gratuita

Onde: Rua do Congresso, n° 10, Centro

Foto: Reprodução/Instagram – joaonunespro

Cine & Vídeo Tarumã

O Cine & Vídeo Tarumã é um projeto de extensão da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), desde 1992, vinculado à Faculdade de Informação e Comunicação (FIC).

Sessões: Terças e quintas às 12h (quinzenalmente com uma sessão especial chamada ‘Sessão secreta’) 

Entrada: Gratuita (oferece 2 horas complementares para estudantes)

Onde: Miniauditório Narciso Lobo, bloco da FIC/UFAM, setor Norte 

Foto: Reprodução/Facebook – Cine Vídeo Tarumã

Cineclube Óscar Ramos

Cineclube Óscar Ramos – Criado e desenvolvido por estudantes da Universidade Estadual do Amazonas.

Sessões: Terças-feiras, às 14h30

Entrada: Gratuita

Onde: Auditório térreo da Escola Superior de Artes e Turismo da UEA, Avenida Leonardo Malcher, Centro

  

Foto: Reprodução/Cineset

*Por Karleandria Araújo, estagiária sob supervisão de Clarissa Bacellar

Narrativas Femininas pelo Mundo: os ricos sabores da gastronomia amazônica

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A jornalista Paula Cristina segue sua aventura na Amazônia no ‘Narrativas Femininas pelo Mundo‘, mas dessa vez explorando os sabores exóticos de algumas plantas, animais e até insetos nativos.

O episódio dois, transmitido pelo Amazon Sat neste domingo (7), tem como protagonistas quatro mulheres com muita coisa em comum: desde muito cedo começaram a trabalhar e aprenderam a usar os sabores regionais ao seu favor, além do amor expressado pela Amazônia e tudo que ela pode oferecer.

Amazônia, Ivete, Iraci e Clarinda ensinam como a valorização dos sabores da terra pode manter a cultura viva e gerar renda na região. 

Foto: Paula Cristina/Acervo pessoal

Clarinda Ramos é chef de cozinha Sateré-Mawé e fundadora da primeira casa de comida indígena do Brasil. Ela viu no dia a dia de seu povo uma forma de apresentar ao mundo um pouco da sua cultura e expressar o que, segundo ela, é um ato de resgate dessa cultura. 

“Eu quis trazer tudo aquilo que deixamos para trás por opressão. Nós indígenas somos um povo que sofremos muita opressão até hoje. Nós criamos essa casa de comida indígena para falar da nossa cultura através da nossa comida,  mostrar o quanto cada produto tem um significado para nós”, esclareceu a chef. 

Paula Cristina relata o que sentiu ao experimentar os produtos diversificados deste episódio, desde as cachaças apresentadas por Amazônia, feirante a mais de 50 anos do Mercado Adolpho Lisboa ao x-caboquinho super recheado de dona Iraci da feira do Parque 10, em Manaus. Essa foi a primeira vez que Paula provou um fruto típico da região: o tucumã.

Ela também experimentou o famoso tacacá de Ivete, uma senhora que era professora e largou tudo para viver da venda do que ela chama de ‘melhor tacacá da região’.

Foto: Paula Cristina/Acervo pessoal

“Até hoje eu sonho com o dia em que eu vou poder voltar na Casa de Comida Indígena Biatuwi e me acabar comendo a quinhapira, caldo de peixe apimentado, preparado pela chefe Clarinda Sateré Mawé. Que prato divino. Assim como tudo o que eu comi no Amazonas. Confesso que o jambu causou uma confusão no meu paladar, ainda mais, porque minha primeira experiência foi com a Dona Amazônia, vendedora no Mercado Adolpho Lisboa, que me colocou logo pra beber uma dose de cachaça com jambu, mas no tacacá ele fez toda a diferença, adorei a sensação”, contou Paula. 

Confira mais detalhes dessa aventura gastronômica:

Vídeo: Reprodução/YouTube – Narrativas Femininas pelo Mundo

Programa especial

O ‘Narrativas Femininas pelo Mundo’ ganhou um novo caminho: os episódios que já foram gravados na Amazônia são exibidos pelo canal Amazon Sat. No total, são cinco episódios que reúnem a experiência de Paula pela região.

*Por Karleandria Aarújo, estagiária sob supervisão de Clarissa Bacellar

Efeitos do La Niña na Amazônia devem iniciar em setembro e permanecer até meados de 2025, segundo meteorologista 

O La Niña é um fenômeno atmosférico caracterizado por uma alteração da temperatura das águas do Oceano Pacífico na sua porção equatorial e gera diversas consequências quando se fala de clima. A Amazônia é uma das regiões próximas da Linha do  Equador e pode ser afetada diretamente com esse fenômeno.

Leia também: Portal Amazônia responde: como El Niño e La Niña afetam a região amazônica?

Assim como o El Niño, esse evento perturba os padrões de circulação atmosférica, modificando a temperatura e a precipitação em várias regiões do mundo. O La Niña na Amazônia provoca o aumento na intensidade da estação chuvosa, ocasionando cheias (enchentes) expressivas de alguns rios da região.

A meteorologista do Instituto Nacional de Metereologia (Inmet), Andrea Mendes, explica para quais meses está previsto as primeiras manifestações do fenômeno, principalmente na região amazônica.

“O El Niño nos próximos meses tende a cessar, vem a neutralidade, quando não há influência nenhum nem de outro e a partir de julho a setembro, já tem aí 70% da porcentagem da possibilidade do La Niña começar a sua influência, ou até antes. Ele vai aí evoluindo e aí nós teremos a condição de La Niña. Para a Região Norte ele difere do El Niño: enquanto ele diminui as chuvas, o La Niña aumenta, coloca as chuvas na Região Norte e Nordeste, e diminui as chuvas na região sul”, informou a meteorologista.

Andrea explica ainda que algumas partes da Amazônia terão previsão de chuvas mais abaixo da média do que em outros locais da região.

“Então na região amazônica segue essa tendência de chuva lá na poção norte, enquanto que aqui no Acre, Rondônia, Tocantins e boa parte do Amazonas com chuvas abaixo da média. Não significa que não vai chover, mas as chuvas vão ficar abaixo da média quando se vê o trimestre”, explicou.

O Meteorologista do Laboratório de Modelagem do Sistema Climático Terrestre da  Universidade do Estado do Amazonas (LABCLIM/UEA), Leonardo Vergasta, reforça as previsões climáticas, mas enfatiza que os efeitos do La Niña podem se fortalecer em 2025.   

“Os prognósticos apontam para um La Niña inicialmente fraco, que pode alcançar uma intensidade moderada no início de 2025. As chuvas dos últimos meses não foram suficientes para a recuperação dos níveis dos rios. Diante desse cenário, deveremos presenciar uma seca significativa em 2024, principalmente na porção centro-sul da bacia (Rio Juruá, Rio Purus, Rio Acre, Rio Madeira e Rio Amazonas)”, alertou Vergasta.

Leia também: Pesquisador afirma que “a seca de 2023 ainda não acabou”

Tefé (AM) 21/10/2023 – Um indigena obserna o leito do rio Amazonas em Tefé (AM) praticamnete seco.
 Foto: Alex Pazuello/Secom
Foto: Alex Pazuello

Flora amazônica: o que pode mudar?

“A flora sofre alterações na composição de espécies, com algumas árvores mais resistentes substituindo aquelas que não suportam condições extremas. Isso pode reduzir a capacidade de armazenamento de carbono da floresta e diminuir a produtividade primária, afetando toda a cadeia alimentar. Secas também aumentam o risco de incêndios, devastando grandes áreas e causando perdas de biodiversidade”, comentou Leonardo Vergasta.

Fauna amazônica: quais os impactos?

“A fauna, por sua vez, pode ser forçada a se deslocar em busca de novos habitats e alimentos, aumentando a competição por recursos. A disponibilidade de alimentos diminui com as secas e inundações, afetando herbívoros e predadores. Os ciclos reprodutivos de várias espécies podem ser interrompidos, e o estresse causado por condições extremas aumenta a suscetibilidade a doenças e parasitas. As interações entre espécies também são afetadas, com alterações nas dinâmicas predador-presa e impactos na polinização e dispersão de sementes, essenciais para a regeneração da floresta. A capacidade de resiliência da Amazônia está sendo desafiada pela crescente frequência e intensidade dos eventos extremos, ameaçando a biodiversidade e alterando permanentemente os ecossistemas”, concluiu Vergasta.

*Por Karleandria Araújo, estagiária sob supervisão de Clarissa Bacellar

Narrativas Femininas pelo Mundo: viagem pela Amazônia revela papel da mulher na região

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A jornalista Paula Cristina, com seu instinto questionador típico da profissão, é a criadora de um projeto que revela as minúcias do cotidiano da mulher brasileira, o ‘Narrativas femininas pelo mundo’. A ideia surgiu pouco a mais de dois anos, quando ela criou uma página no Youtube, com o objetivo de mostrar diversos lugares do mundo através da rica história e saberes de mulheres de cada localidade por onde passasse. E ela chegou na Amazônia.

O primeiro episódio da saga na região se passa no município de Careiro Castanho, no interior do Amazonas. Nele, Paula conta a história de mulheres que trabalham com artesanato e agricultura, mostra a proximidade dessas amazônidas com a natureza e o meio ambiente. Ela contou ao Portal Amazônia quando surgiu a ideia inusitada de produzir o canal.

“A ideia do Narrativas Femininas surgiu em 2021 após passar uma parte da pandemia assistindo muitos documentários e programas de viagem. A pergunta que hoje é um ‘bordão’ do canal é a mesma que surgiu na minha cabeça naquele momento: ‘já imaginou conhecer um lugar por meio de histórias de mulheres que representam saberes, culturas e realidades de lá?’. O objetivo central sempre girou em torno de criar uma rede de divulgação de mulheres que trabalham com cultura e turismo pelo Brasil e pelo mundo”, esclareceu Cristina.

A jornalista conta que todo o projeto – desde as filmagens, roteiros e edição – é feito por ela e que isso é desafiador.

“Eu tenho trabalhado sozinha desde o processo de preparação da viagem até as gravações e a edição de todo material. Foi bem desafiador no começo, porque mesmo com as experiências em jornalismo, precisei aprender muita coisa do zero e dar conta de desempenhar inúmeras funções. Mas a vontade de pegar a mochila logo e sair por aí documentando essa jornada falou mais alto e tornou esse processo mais natural. Mantenho um estilo espontâneo, sem muitas formalidades, que é como eu gosto de viajar”, explicou.

Foto: Paula Cristina/Arquivo pessoal

Estreia no Amazon Sat

O ‘Narrativas Femininas pelo Mundo’ ganhou um novo caminho: os episódios que já foram gravados na Amazônia passam a serem exibidos pelo canal Amazon Sat, com estreia neste domingo (30), às 12h30 (hora Brasília).

No total, são cinco episódios que reúnem a experiência de Paula pela região. No primeiro episódio, quatro munícipes de Careiro Castanho são protagonistas e contam sobre a importância da agroecologia, uma ciência que fornece os princípios ecológicos básicos para o estudo e tratamento de ecossistemas, e o quanto o artesanato com matérias-primas utilizadas no dia a dia pode mudar a história de uma comunidade. 

Foto: Paula Cristina/Arquivo pessoal

Dona Antônia, por exemplo, tem 64 anos, trabalha com artesanato desde muito jovem. No município amazonense ela aprendeu novas técnicas e produz luminárias, cestos, chapéus entre outros itens. Para ela é motivo de muito orgulho ter peças suas espalhadas em vários países.   

“A minha vida é essa, eu trabalho desde criança com artesanato e aqui no Castanho aprendi mais coisas, dizem que sou famosa. Já vendi minhas peças para vários lugares, como São Paulo, Rio de Janeiro, para Milão, que nem sei para onde fica. O Artesanato Maravilha começou com duas peças e hoje tem meu nome espalhado no mundo até no Japão”, contou com entusiasmo a artesã na gravação. 

Acompanhe o que vai rolar no primeiro episódio:

*Por Karleandria Aarújo, estagiária sob supervisão de Clarissa Bacellar

Quanto pesa um boi-bumbá? Saiba como é a preparação dos tripas para dar vida ao item 10 no Festival de Parintins

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O boi-bumbá é o símbolo da manifestação folclórica parintinense, é a principal estrela do espetáculo durante as três noites de Festival. E é do tripa, nome dado ao homem responsável pelo movimento do boi durante a apresentação no bumbódromo, a missão de colocar em movimento a magia amada dessa festa.

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Item 10  

O item 10 no Festival Folclórico de Parintins tem como méritos evolução e encenação e os elementos comparativos geometria idêntica, leveza, coreografia e movimentos de um boi real.

O Portal Amazônia conversou com os homens que trazem vida a esse item tão querido pelas galeras: Alexandre Azevedo, tripa do boi Caprichoso, e Batista Silva, tripa do boi Garantindo.

Preparação física

Alexandre, tripa do boi Caprichoso, contou com quais produtos é produzido o item carregado com tanto orgulho por ele, e como é produzida a fumaça que sai de suas narinas na hora do espetáculo.

Foto: Reprodução- Instagram/alexandreazevedu

O tripa do Garantido, Batista, contou que por algumas vezes chegou a ficar com algumas marcas e arranhões no corpo ao carregar o item e relatou ainda alguns segredos, como a matéria prima que é produzido o rabo do item, um produto muito conhecido nas cidades de várzea da Amazônia: a juta

Foto: Reprodução- Instagram/Batistasilvajr

E quanto ao peso carregado pelos tripas por cerca de 2 horas e 30 minutos no Bumbódromo, em cada uma das três noites de festival?

A assessoria do Garantido informou que o item pesa 14 kg, informação confirmada por Batista. Já o tripa do Caprichoso afirmou que o item carregado por ele pesa de 13 a 15 kg.

Os tripas revelaram ainda, que para aguentar as muitas horas de dança e gingado cênico é indispensável uma boa alimentação e a prática de atividade física.

Orgulho e tradição 

Alexandre Azevedo é prova do amor repassado de pai para filho. O talento de Marquinho Azevedo, ex-tripa do Caprichoso, é visto a cada movimento e palavra emocionada do herdeiro. 

Foto: Glen Dinely

Batista Silva, tripa que dá vida ao item 10 do garantido, contou como é o critério de permanência no seu posto e definiu como se sente em fazer parte da história cultural da Região Norte. 

Foto: Reprodução- Instagram/boigarantido

*Por Karleandria Araújo, estagiária sob supervisão de Clarissa Bacellar

Amazonense está entre maiores recordistas de pesca esportiva do país

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A Bacia Amazônica é a maior bacia hidrográfica do mundo, com um dos maiores potenciais hídricos do planeta. Rica de numerosas espécies de peixes que impressionam pelo tamanho, cores e quantidade. Fatores que contribuem para os amantes de pesca esportiva, uma modalidade que tem como objetivo principal o lazer e a diversão do pescador.

Sem fins comerciais ou alimentares, o pescador utiliza equipamentos específicos para cada tipo de peixe e de ambiente. Esse tipo de atividade preza pelo respeito à natureza e à vida dos peixes, praticando o pesque e solte ou seja, devolvendo os peixes capturados.

O empresário e pescador esportivo Salomão Rossy é um dos maiores recordistas brasileiros de pesca esportiva e teve seus feitos pesqueiros registrados pela BGFA Recordes, órgão responsável por homologar os recordes derivados da pesca esportiva no Brasil. 

Ao Portal Amazônia, o empresário relatou a sua vasta experiência na captura desses ‘monstros do rio’, e algumas curiosidades como a régua especial de medidas e o orgão homologador, além de citar quais foram os anos em que ele teve os maiores índices de recordes.

“A aferição é feita com uma régua específica, deferida e produzida pela BGFA Recordes no Brasil (órgão responsável pelas homologações de recordes na pesca esportiva no Brasil). São ao todo 12 recordes unificados, amazonense e brasileiro absoluto. Meus recordes são de 2022 e 2023”, contou Rossy.

Leia também: Gigantes do Rio Madeira: peixes que surpreendem pelo tamanho

Na lista mais recente consta registro de recorde mato-grossense.
Foto: Salomão Rossy/Arquivo pessoal

O recordista conta que ele e sua equipe mais registraram a pesca desses peixes de grande porte no Amazonas não muito longe da capital. 

“Meus recordes foram todos registrados bem próximo a cidade de Manaus, aqui do lado, no Rio Solimões”, afirmou. 

Foto: Salomão Rossy/Arquivo pessoal

No site oficial da BGFA é possível conferir os recordes de Salomão Rossy já catalogados.

Segundo a BGFA Recordes, na lista mais recente com registros homologados, consta recordes mato-grossenses com a espécie (Hoplias aimara) conhecida popularmente como trairão e registros amazonenses.

Foto: Reprodução/BGFA Recordes

Confira a lista de recordistas amazônidas que também figuram nos registros:

Luís Fernando Alves Galan

Dinarti Vitor Carli Júnior

Data: 10/05/2024

Local: Tabapora (Rio dos peixes) – MT

Espécie: (Hoplias aimara)

Modalidade: Comprimento

Peso / Comprimento: 92 cm

Recorde: Mato-grossense

Luiz Eduardo Quadros Moraes

Foto: Divulgação/BGFA Recordes.

Data: 05/05/2024

Local: Rio Roosevelt, Novo Aripuanã-AM

Guia: Izaque

Operação: Amazon Roosevelt

Espécie: (Hydrolycus scomberoides)

Modalidade: Comprimento

Peso / Comprimento: 86 cm

Recorde: Amazonense

José Gustavo A. Souza

Foto: Divulgação/BGFA Recordes.

Data: 05/05/2024

Local: Rio Roosevelt, Novo Aripuanã-AM

Guia: Zaqueu (Japa)

Operação: Amazon Roosevelt

Espécie: (Pellona castelnaeana)

Modalidade: Comprimento

Peso / Comprimento: 55 cm

Recorde: Amazonense

Dinarti Vitor Carli Júnior

Foto: Divulgação/BGFA Recordes.

Data: 12/05/2024

Local: Rio Teles Pires, Itaúba/MT

Espécie: (Arapaima gigas)

Modalidade: Comprimento

Peso / Comprimento: 143cm

Recorde: Mato-grossense

Como registrar recordes

Quem pode homologar um Recorde?

Qualquer pessoa, de qualquer idade e sexo, desde que Brasileiro ou Sul-Americano e de acordo com as regras de cada categoria específica.

Que espécie de peixe pode ser homologada como Recorde?

Qualquer espécie, sem exceção, de água doce ou salgada, desde que seja uma espécie válida e com um nome científico reconhecido. O peixe deve ser identificável com base em fotos. Também será admitida a homologação de híbridos, caso seja possível identificar as duas espécies padreadoras, de acordo com as características presentes no peixe capturado (híbrido).

Somente posso homologar peixes pescados no Brasil?

Não, para brasileiros não teremos limitações territoriais. Será admitida a homologação de qualquer espécie, pescada em qualquer lugar do mundo.

O que é preciso para se homologar um recorde?

É necessário obter uma régua ou uma balança Oficial BGFA. Cumprir todas as regras determinadas para cada modalidade (Peso ou Comprimento), sem qualquer exceção. Submeter o pedido de homologação à análise da BGFA. Também serão admitidas para aferição de comprimento as réguas da IGFA, apenas. Não será admitida qualquer outra.

Serão admitidos os ‘alicates’ da marca Boga Grip, bem como qualquer balança digital (que não a Oficial BGFA), desde que sejam submetidas aos testes de aferição e autenticação da BGFA.

Paguei a análise do Recorde, ele é automaticamente homologado?

Não. O valor pago destina-se apenas para que seu pedido seja submetido à análise a aprovação da BGFA. Ele não garante que seu recorde será homologado. Caso todas as regras tenham sido seguidas, sem exceção, seu recorde será homologado, sem qualquer custo extra. Caso seu pedido não preencha todos os requisitos, ele será indeferido e não haverá restituição do valor pago.

Paguei a análise do Recorde, ele é automaticamente homologado?

Não. O valor pago destina-se apenas para que seu pedido seja submetido à análise a aprovação da BGFA. Ele não garante que seu recorde será homologado. Caso todas as regras tenham sido seguidas, sem exceção, seu recorde será homologado, sem qualquer custo extra. Caso seu pedido não preencha todos os requisitos, ele será indeferido e não haverá restituição do valor pago.

O que está incluso na homologação?

Inclui a entrada para o nosso Hall da Fama. Uma vez no Hall, você terá seu recorde incluído em nosso site Oficial e perfil do Instagram. Há algumas opções de pacotes de homologação.

*Por Karleandria Araújo, estagiária sob supervisão de Clarissa Bacellar