9 destinos para curtir a natureza na Amazônia Legal

Enquanto uns querem viver novas experiências, outros precisam apenas estender uma rede e passar o dia se embalando. E a Amazônia oferece lugares para ambos.

Gosta de destinos turísticos onde a natureza é o destaque? Quando idealizamos uma viagem não pensamos apenas na diversão, mas também sobre aquilo que o lugar pode nos oferecer. Enquanto uns querem se arriscar e viver novas experiências e aventuras empolgantes, outros precisam apenas estender uma rede e passar o dia se embalando.

E a Amazônia oferece lugares para ambos! Conheça nove lugares na região amazônica que são ideais para entrar em contato com a natureza, seja descansando ou se aventurando:

Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque (AP/PA)

O Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque é a maior unidade de conservação brasileira de proteção integral. O local conta com trilhas e muitas cachoeiras, onde os visitantes podem ter contato direto com a natureza.

Para isso é necessário que o interessado peça autorização ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Geralmente os turistas entram na unidade através de agências de turismo, já que é necessário o auxílio de guias que conheçam a região, além do pagamento de pilotos de voadeiras (tipo de embarcação), por exemplo.

A unidade está localizada entre os estados do Amapá e Pará e abrange os municípios amapaenses de Calçoene, Laranjal do Jari, Oiapoque, Pedra Branca do Amapari e Serra do Navio. Já do lado paraense o município de Almeirim é alcançado pelo parque.

São trilhas, corredeiras, cachoeiras que proporcionam uma experiência única pra quem gosta de se aventurar com direito a contemplação da natureza.

Saiba mais: Conheça o PARNA Montanhas do Tumucumaque, considerado o maior parque do Brasil

Foto: Divulgação/ICMBio

Serra do Divisor (AC)

É o quarto maior parque nacional brasileiro e é considerado também o local de maior biodiversidade da Amazônia. Criada em 1989, a unidade de conservação (UC) é gerida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e pelo governo federal.

O acesso à área é realizado pelo município de Mâncio Lima. O turista pode chegar por via terrestre, pela BR-364. Para diminuir o tempo de deslocamento, tem a opção de ir de avião até Cruzeiro do Sul, segunda maior cidade do Acre, e tomar a estrada para Mâncio Lima. Chegando lá, é necessário pegar uma embarcação pequena e fazer uma viagem de oito horas, em média, pelos rios Japiim e Moa até a serra.

Para entrar no parque, é necessário que o turista entre em contato com o ICMBio de Cruzeiro do Sul para requerer autorização de acesso. Caso seja fechado pacote com alguma agência, esse processo já é feito pelo instituto.

Saiba mais: Conheça a Serra do Divisor, paraíso natural do Acre que encanta com cachoeiras e trilhas

Foto: Marcos Vicentti

Museu da Amazônia (AM)

O Museu da Amazônia (Musa) ocupa 100 hectares (1 km2) da Reserva Florestal Adolpho Ducke, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), em Manaus (AM). Uma área de floresta de terra firme, nativa, que há mais de 60 anos vem sendo estudada. Os resultados dessas pesquisas, reunidos em catálogos sobre temas como plantas, pássaros e rãs, são algumas das opções que integram a sociedade com a natureza.

No Musa, os visitantes podem encontrar exposições, viveiros de orquídeas e bromélias, aráceas, palmeiras, samambaias, serpentes, aranhas e escorpiões, borboletas, cigarras, cogumelos e fungos, além de jardim sensorial, lago das vitórias-amazônicas e aquários. Uma torre de 42 metros permite fruir uma privilegiada vista do dossel das árvores da floresta.

O horário de funcionamento atual é das 8h30 às 17h. Agendamentos e informações sobre valores podem ser verificadas pelo e-mail agendamento@museudaamazonia.org.br ou pelo WhatsApp (92) 99280-4205.

Saiba mais: 7 motivos para conhecer o Museu da Amazônia

Foto: Divulgação/MUSA

Bosque Rodrigues Alves Jardim Zoobotânico da Amazônia (PA)

Situado na Avenida Almirante Barroso, em Belém (PA), o Bosque Rodrigues Alves Jardim Zoobotânico da Amazônia é um dos principais cartões-postais da ‘Cidade das Mangueiras’. Com uma área total de 15 hectares, o local é um pedaço da floresta amazônica literalmente ‘preservado’ no coração da cidade. O espaço é administrado pela Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e recebe, em média, 20 mil visitantes por mês.

O Bosque Rodrigues Alves abriga mais de 10 mil árvores, distribuídas em mais de 300 espécies. Dos 15 hectares, mais de 80% são compostos por áreas verdes, e apenas 20% são caminhos para circulação de visitantes. Também abriga 435 animais de 29 espécies que vivem em cativeiro e outras 29 em liberdade ou semi-liberdade distribuídas na área de mata. Entre os animais estão o peixe-boi amazônico, jacaré, tartarugas, jabutis, araras, macacos, entre outros.

O espaço é ainda um dos principais laboratórios do mundo e guardião de uma coleção de plantas vivas representativas da flora amazônica, que contribui para recuperação e/ou restauração de áreas que tenham perdido sua vegetação por qualquer ação, por meio da produção de sementes e mudas de plantas amazônicas.

Saiba mais: Bosque Rodrigues Alves: um pedaço da floresta na ‘Cidade das Mangueiras’

Foto: Divulgação/Semma PA

Barreirinhas (MA)

Barreirinhas, no Maranhão, é conhecido por ser a ‘porta de entrada’ da região turística conhecida como Lençóis Maranhenses. O turista vai encontrar uma vasta área de dunas com areias brancas e diversos lagos, nesta região que também é denominada de ‘Deserto Brasileiro’.  Alguns lugares que o visitante não pode deixar de conhecer são: Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, Caburé, Atins e Mandacaru.

A cidade é um lugar pacato e acolhedor, que ao longo dos anos se transformou rapidamente em um polo turístico de renome internacional. Contam os mais antigos moradores, que o nome de Barreirinhas teve a sua origem devido às paredes de barro (argila) que existem às margens do Rio Preguiças, que às vezes eram ladeadas por dunas de areia e que foram denominadas popularmente de ‘barreirinhas’. Este termo já era utilizado na região desde o final do século XVII.

Para chegar em Barreirinhas é necessário sair de São Luís pela BR-135, MA-402, em aproximadamente 250 km, quatro horas de viagem. O transporte de São Luís para Barreirinhas é realizado em diversos horários, saindo dos hotéis, rodoviária e aeroporto. 

Foto: Reprodução/Prefeitura de Barreirinhas

Parque Nacional da Chapada dos Guimarães (MT)

O Parque Nacional da Chapada dos Guimarães está localizado entre os municípios de Cuiabá e Chapada dos Guimarães, e seu acesso é feito pela Rodovia Emanuel Pinheiro – MT 251, que margeia e corta o parque em grande extensão.

De Cuiabá até a entrada principal do parque são 50 quilômetros. Se o ponto de partida for a cidade de Chapada dos Guimarães, a entrada está a 11 quilômetros de distância.

A rodovia, apesar de asfaltada, não tem acostamento e o trajeto é, em sua maioria, feito em pista simples com vários trechos de aclive. Recomenda-se atenção redobrada em período de férias e feriados, uma vez que o trânsito aumenta.

Para os que não estão de carro, é possível pegar um ônibus na rodoviária de Cuiabá para Chapada dos Guimarães. Há ônibus praticamente a cada 1 hora e trinta minutos, mas vale a pena confirmar os horários de saída e se o ônibus é direto (sem paradas no percurso) ou tem parada no Véu de Noiva (Parque Nacional). 

Saiba mais: Descubra a beleza natural e o charme de Chapada dos Guimarães

Foto: Reprodução/Governo Federal

Parque Nacional do Viruá (RR)

O Parque Nacional do Viruá foi criado em 29 de abril de 1998, em atendimento a compromissos assumidos pelo Brasil na Convenção da Diversidade Biológica, possui cerca de 240.000 hectares. Localizado no município de Caracaraí, centro-sul de Roraima, o parque abrange um mosaico de florestas aluviais, campinaranas e florestas de terra firme, em uma região com características típicas de um pantanal, no norte da Amazônia.

Recebeu o título de Sítio Ramsar pela Convenção das Áreas Úmidas em 22 de março de 2017, tornando-se reconhecido mundialmente como sítio de importância internacional para a conservação da biodiversidade.

O parque funciona como um centro de referência para pesquisas ecológicas de longa duração e tem a missão de integrar atividades de pesquisa e conhecimentos de biodiversidade ao desenvolvimento local. Experiências de turismo de base comunitária estão sendo estimuladas, para assegurar a participação das comunidades no desenvolvimento do turismo no Parque Nacional do Viruá e entorno.

Foto: Reprodução/Governo Federal

Pedrona da Linha 10 (RO)

A ‘pedrona’ da linha 10 é conhecida por muitos como ponto turístico de Cacoal (RO), município a 480 quilômetros de Porto Velho. O lugar que se destaca pela vista que revela a cidade a quem chega no topo, está localizada na área rural da cidade.

Para acessar o local é necessário seguir pela  Rodovia do Café até a placa que indica o início da Linha 10 e continuar por cerca de 60 quilômetros numa estrada de chão.

Para chegar no topo, os moradores, turistas e aventureiros precisam percorrer um trajeto difícil. Antes do início da subida, há um curto caminho plano. Depois de alguns minutos de caminhada a subida começa, e dali em diante o trajeto começa a ficar mais difícil, e tem até gente que prefere subir sobre duas rodas (bicicletas ou motos). 


Foto: Reprodução/Rede Amazônica

Jalapão (TO)

O Jalapão já se consolidou como um dos principais destinos de ecoturismo e turismo de aventura do Brasil. Localizada no leste do Tocantins, seus principais atrativos estão distribuídos pelos municípios de Ponte Alta do Tocantins, Mateiros, São Félix do Tocantins e Novo Acordo.

A região compreende 34 mil km², composta de chapadões, serras, dunas, rios encachoeirados, nascentes, praias e formações rochosas. Seus principais atrativos incluem a Pedra Furada, o Cânion Sussuapara, a Cachoeira do Lajeado, os fervedouros, a Cachoeira do Formiga, o Morro da Catedral e a Cachoeira da Velha.

Outros locais muito visitados são as dunas, compostas por areias finas e douradas que chegam a 40 metros de altura; e os povoados Mumbuca e do Prata, que são comunidades formadas por remanescentes de quilombo, onde é possível comprar o artesanato do famoso capim dourado. Os visitantes podem ainda fazer trilha subindo a Serra do Espírito Santo, fazer rafting no Rio Novo e ainda praticar atividades como o cicloturismo.

Para chegar ao Jalapão é necessário sair de Palmas pela rodovia TO-050, roda-se 64 quilômetros até chegar a Porto Nacional. De lá, percorre-se mais 116 quilômetros pela TO-255 até a cidade de Ponte Alta do Tocantins. Depois, é seguir as placas até os atrativos, sempre por estradas não pavimentadas, por isso é recomendável o uso de veículos com tração 4×4. 

Saiba mais: Dunas do Jalapão: o melhor pôr do sol do Tocantins

Foto: Daniel Andrade/Governo do Tocantins

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