A dica que dou é: vá! Você irá se surpreender com um parque nacional que é do tamanho da cidade de São Paulo, tem dunas branquinhas, vai se apaixonar pelo passeio do rio Preguiças e irá querer voltar mais e mais vezes.
Os Lençóis Maranhenses são tudo e muito mais do que já li ou vi, e a dica que dou é: vá, você irá se surpreender com um parque nacional que é do tamanho da cidade de São Paulo, que tem dunas branquinhas e que não são quentes, vai se apaixonar pelo passeio do rio Preguiças e irá querer voltar mais e mais vezes, porque só uma vez, com toda certeza, não foi o suficiente para ver tudo que aquele paraíso tem para mostrar.
Na região tive todo suporte da empresa Lençóis Native LM, que além de serem muito sérios no trabalho que desenvolvem, só nos mostraram os melhores lugares para visitar na região. Mandam muito bem!
Sobre minha hospedagem, já vou logo adiantando que foi na Pousada Vitoria do Lopes, um lugar extremamente aconchegante e que segue direitinho todas as normas dos cuidados contra a Covid-19. Ah, pense num café da manhã “goxxxtoso”!
Como fui de Boa Vista aos Lençóis Maranhenses
Pesquisei algumas passagens para São Luís e vi que saindo de Boa Vista para lá, diretamente iria sair muito caro no período que preferi ir, então comecei a pesquisar, saindo de Boa Vista para Belém, de Boa Vista para São Luís e de Manaus para estes destinos, até que encontrei uma passagem saindo de Manaus para Belém, por apenas R$ 230,00 ida e volta pela Azul Linhas Aéreas, é claro que comprei.
Na data programada, desci com conforto em busão de Boa Vista para Manaus, pela Caburaí Transportes, e da rodoviária segui até o aeroporto seguindo para Belém (PA).
Em Belém, saindo do aeroporto Val de Cans, corro pra rodoviária de Belém (este é o nome da rodoviária) que fica no bairro São Brás, e fui até o guichê da empresa Boa Esperança, comprei as passagens logo de ida e volta, cada uma saindo pelo valor de R$ 130,18 (já compro a de volta para não correr o risco de não encontrar na volta passagens).
Foram mais ou menos 13 horas de viagens de Belém do Pará, até São Luís no Maranhão. Da rodoviária de São Luís, fomos de Uber/99, e de lá buscamos um carro que já havia alugado pelo aplicativo da Localiza. Existe a possibilidade de seguir de ônibus de São Luís até Barreirinhas, mas, iria chegar por volta das 7h da manhã em São Luís, correndo o risco de atrasar por algum incidente na estrada, e o primeiro ônibus sai para Barreirinhas 7h30, depois só teria outro bem mais tarde, por isso escolhi seguir dirigindo até O Portal dos Lençóis Maranhenses, Barreirinhas.
O mais bacana é ir conhecendo as cidades pelo interior do Maranhão, ver tem de vagão passando pelos trilhos , ir fotografando na estrada, viajar com calma, até chegar em Barreirinhas, seguir direto até a Pousada Vitoria do Lopes, separar os equipamentos e começar nossa aventura com a Lençóis Native LM pelos Lençóis Maranhenses!
O que fazer
Pôr-do-sol nos Lençóis Maranhenses
Como já chegamos depois das 14h em Barreirinhas, só passamos na pousada, deixamos a mala, trocamos de roupa e seguimos para ver o por do sol, nas lagoas esmeraldas do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses.
Nosso guia já estava nos esperando na pousada. De lá fomos até a área onde iríamos pegar a Balsa Amarela, para atravessar o rio Preguiças, e seguimos até o restaurante da Dona Rejane, onde pudemos comer comida forte e regional, além de tudo, muuuito boooa, e claro, sobrou deitar na rede e descansar um pouquinho.
Corremos da rede até chegar na área onde ficam os carros e corremos para subir uma super duna, para de lá, enxergar uma das cenas mais lindas que vi em minha vida, o por do sol nos Lençóis Maranheses.
Se me perguntar se chorei, não como uma criança, mas chorei. Foram diversas emoções, sentimentos e uma imensa gratidão, por estar naquele lugar, que seria um dos destinos que mais sonhei em toda a minha vida em conhecer.
Lua cheia nos Lençóis Maranhenses, você já viu?
Depois daquele entardecer fantástico da última postagem, permanecemos no mesmo lugar esperando a lua cheia que estaria dando aquele encanto, pois era o primeiro dia dela chia, além de bem amarela, estava gigante e logo dominou todo o céu com sua beleza. (Bota o celular no modo noturno e fica num ambiente escuro para você ter uma sensação ainda mais fantástica).
Ficamos ali, admirando sua beleza e, depois de fazer um vídeo em timelapse, começamos a fazer algumas brincadeiras com um bastão de luz e com lanternas, o conhecido light painting.
As fotos ficaram uma mais lindas que as outras, e tudo isso com o apoio da turma do Lençóis Native, que faz este trabalho de acompanhamento para fotografia noturna nos lençóis maranhenses.
Terminado aquele super primeiro dia e seguimos para a pousada, para recostar a cabeça naquela cama bem aconchegante e descansar, por que o segundo dia nos lençóis maranhenses prometiam muitíssimas emoções!
Um dia de passeios pelo Rio Preguiças
Acordamos logo cedo, para começar a fazer alguns vídeos pela região próxima à pousada, voltamos e estava pronta aquela mesa, repleta de coisas boas, tomamos nosso café́ reforçado, e corremos para a orla de Barreirinhas, onde tem uma plaquinha linda com o nome da cidade, Portal dos Lençóis Maranhenses.
Chegando lá, a equipe de guias já́ nos aguardava para nos levar até nosso barco que iríamos passar o dia pelo rio Preguiças. Ah, o barco também é conhecido como voadeira, viu? Porque vai tão rápido pelo rio que parece estar voando sobre as águas.
Nosso guia foi falando sobre a paisagem, tipo de vegetação e animais ali encontrados. E, como a viagem foi fantástica por três partes – Vassouras, Caburé e Mandacarú -, irei passar algumas dicas.
Vassouras
1º Não esqueça do protetor solar, caso queira se proteger do sol e chapéu, por que, como a areia é bem clarinha, ela acaba refletindo os raios solares, que batem nela, na pessoa que por ali anda, ou seja, é luz do sol de cima e de baixo;
2º Chegando em Vassouras, como é pouco tempo, media de 40min a 1 hora, você tem que administrar muito seu tempo, pois senão, pode acabar não vendo tudo que tem ali para oferecer;
3º Ali tem uma área com vários macaquinhos, que se não tomar cuidado ele acaba pegando suas coisas e sai pulando de galho em galho com elas, como eles são muito espertos e geralmente estão atrás de comida, irão pegar tudo que verem pela frente, e talvez você̂ não consiga recuperar (ah, existe a recomendação de não alimentar os animais);
4º Vassouras também é conhecida como pequenos Lençóis, logo, suba a duna e aproveite para ver as outras lagoas que tem por ali e aproveitar para ter uma vista linda do parque eólico Delta III.
E, seguindo pelo rio Preguiças, saímos de Vassouras e fomos para Caburé́, onde iríamos almoçar.
Caburé
Caburé é aquela típica vila de pescadores, bem pacata e distante, que conta com poucas pousadas e tem a faixa de areia que divide o rio Preguiças e o mar.
O interessante é que é tanto vento que ao passar por ali, você̂ observa a quantidade de casas que já́ estão debaixo da areia, totalmente cobertas, tendo apenas o teto, ainda exposto.
Ao descer do barco, corremos para fazer o pedido do almoço e fomos rodar por Caburé́, já́ que o restaurante estava cheio, e deu tempo de andar bastante antes de sair nosso almoço.
Do lado do rio, aquelas águas mais calmas e doces, já do lado do mar, um pouco mais agitado e haviam bastantes conchinhas pela areia, perfeito para quem gosta de coletar conchas para colares ou artesanato.
Mandacarú
Voltamos, almoçamos e já́ estava na hora de seguir viagem para o outro lado do rio, uma vila chamada Mandacarú, que tem um farol lindo da marinha, chamado farol de Mandacarú, que quando fomos ainda estavam terminando as reformas.
Os moradores da vila desenvolvem algumas cachaças na região e também sorvetes utilizando frutos da estação. Corri pra visitar o farol, e como estava bemmmm quente por conta do sol, corri para me esconder debaixo dos cajueiros que ali estavam.
Nascer do sol na Lagoa Azul
Fui ver o amanhecer na Lagoa Azul, será que chorei? E, para fechar nossa viagem pelos Lençóis Maranhenses, fomos ver o nascer do sol na lagoa Azul, minha gente, que lugar incrível.
Acordamos bem cedo, na pousada e a turma de guias já estava por lá, aguardando para seguirmos para o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses.
Fizemos a travessia pelo rio Preguiças ainda de madrugada, e a jardineira (carro tipo pickup que tem em sua carroceria alguns bancos e é coberta para q turma não pegar muito sol), já estava lá, do outro lado nos aguardando.
Seguimos rápido até chegar lá, na área da lagoa Azul, preparamos os equipamentos, deixamos tudo prontinho, só para ver o astro rei despertar aquela região, que cena fantástica (a última foto desta postagem representa bem a cor do amanhecer), não teve outro jeito, a emoção era tão grande que o jeito foi chorar, muita energia boa, muita alegria, e o jeito de meu corpo expressar foi, agradecendo com lágrimas.
Saindo dali, rodamos por mais algumas praias, chegamos até a foz do rio Preguiças, uma típica vila de pescadores, que tem à outra beira, uma praia linda, de areias finas e clarinhas, o lugar é simplesmente perfeito para passar o dia.
E, para fechar nossa viagem, fomos até o Canto do Atins, gente do céu, que lugar perfeito, são as fotos 4 e 9, praticamente não tem humanos ali, apenas areia, mar, e a vida animal local, em toda imensidão da área, vi apenas uma barraca grande de palhoça, que parecia um restaurante. Então, se for aos Lençóis Maranhenses, não deixe de visitar a região, é extremamente linda!
Com quem visitar
Comecei a conversar com o Carlos alguns meses antes da minha viagem, e como eu iria fora de época, baixa estação, ele deixou claro que iria nos levar para as lagoas e lugares que pudessem nos encantar.
Começando pela conversa e o cuidado de estar sempre perguntando se tem dúvidas, mandando fotos e vídeos das lagoas para que eu ficasse antenado de como estavam de água, até mesmo indicando lugares para eu pesquisar e conhecer antes de chegar ali.
E nisso, nos apresentou à turma da Balsa Amarela que faz a travessia de Barreirinhas, para o lado que segue para os Lençóis, povo trabalhador e gente fina demais, já sabem, chegando em Barreirinhas e vai fazer a travessia, vá com a turma da balsa amarela de Santo Antônio.
A balsa corta o rio Preguiças, pessoas não pagam e para o translado de carros, o valor é de apenas R$ 30,00.
Pessoal, só tenho a agradecer de coração, à equipe da @lencoisnativelm por cada lugar, momento e emoção que vivi ali nos Lençóis Maranhenses, foram perfeitos em apresentar só a cereja do bolo e o melhor, terem cuidado de tudo com todo carinho e dedicação. Ah, pessoal, para falar com eles e verificar o melhor período para ir, e lugares que podem visitar, o contato é (98) 98582-1142 (fone/whats), com o Carlos. É garantido que terão dias fantásticos na região.
Onde se hospedar
Sabe quando você viaja para algum lugar e suas expectativas são em muito superadas?
Assim foi comigo nos Lençóis Maranhenses, cheguei por lá e já fui extremamente bem recebido por dona Vânia da @pousadavitoriadolopes, sempre muito sorridente e acolhedora. Me levou para conhecer a pousada, e fiquei encantado.
Pessoal, vocês imaginam os banheiros com conchinhas do mar, colocadas uma a uma, na maior delicadeza, quartos muiiiito confortáveis para receber casais, famílias e amigos que querem ter uma boa noite de descanso, em que todos os quartos tem centrais de ar, tevê, frigobar, duchas quentes em banheiros privativos e wi-fi…
Sem falar no delicioso/reforçado café da manhã preparado com todo cuidado e servido em mesas individuais e com horários agendados com os clientes da pousada para evitar a aglomeração e prevenindo assim a infecção com a Covid.
Ah, vale lembrar que são 10 quartos que podem receber até 26 pessoas confortavelmente, tanto para casais e até seis pessoas.
A Pousada Vitória do Lopes fica localizada na rua Coronel Godinho, 72, pertinho da orla, no Centro de Barreirinhas, a cidade portal dos Lençóis Maranhenses. Para mais informações sobre a hospedagem: (98) 99176-0055, tanto para ligações quanto para mensagens via WhatsApp.
Sobre o autor
Gildo Júnior é fotógrafo, videomaker, aventureiro, colunista, articulista e colecionador de roteiros. Para o servidor público federal, o mundo é imenso, repleto de lugares para conhecer, de coisas para fazer, de culturas para admirar, comidas para provar e pessoas para conhecer, por isso afirma que “por mais que o mundo gire, a única coisa que não posso fazer é ficar parado”.
*O conteúdo é de responsabilidade do colunista