São cerca de 80 mil espécies de fauna e flora registrados no local, considerado um santuário da preservação amazônica.
Considerado um santuário da fauna e flora amazônica há quase 140 anos, o Bosque Rodrigues Alves conta com uma área de 15 hectares que abriga cerca de 80 mil espécies de animais e plantas.
Localizado no coração de Belém, a ‘Cidade das Mangueiras’ no Pará, o bosque é uma importante área verde que gera impactos positivos para os moradores e a sociedade de modo geral.
Histórico
Inspirado nos moldes do “Bois de Bologne“, uma área verde localizada na França, a área verde reservada à implantação do Bosque foi criada em 1870 e o local era conhecido como ‘Bosque do Marco da Légua’.
O Bosque atual foi inaugurado em 25 de agosto de 1883 como Parque Municipal, abrigando uma importante diversidade de espécies.
Reformas
Como grande parte de lugares históricos, o Bosque Rodrigues Alves foi marcado por muitas reformas. A mais significativa foi a que ocorreu entre 1897 a 1912, no período da Bélle Époque em Belém.
A obra incluiu os monumentos das grutas, riachos, cascatas e viveiros. Eduardo Hass, diretor do Bosque na época, e o arquiteto José Castro Figueiredo, foram os responsáveis pela empreitada.
Homenagem
Em 17 de dezembro de 1906, o bosque ganhou seu nome definitivo em homenagem ao correligionário de Lemos, o então então Presidente da República, Francisco de Paula Rodrigues Alves.
Titulações
Em julho de 2002, o Bosque recebeu da Rede Brasileira de Jardins Botânicos o registro provisório de Jardim Botânico da Amazônia na categoria “C”. Isso permite que o bosque esteja entre os 1.846 jardins botânicos distribuídos entre 148 países do mundo, responsáveis por mais de quatro milhões de coleções de plantas vivas, e lhe confere a responsabilidade de promover o conhecimento por meio da educação sobre a flora amazônica visando a conservação das espécies da região.
Em 2008, recebeu do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) o certificado de Jardim Zoobotânico da Amazônia, autorizando-o a funcionar como Jardim Zoológico.
Importância
O Bosque é ainda um dos principais laboratórios do mundo e guardião de uma coleção de plantas vivas representativas da flora amazônica, que contribui para recuperação e/ou restauração de áreas que tenham perdido sua vegetação por qualquer ação, por meio da produção de sementes e mudas de plantas amazônicas.
Esse espaço verde, formado de mata nativa, transporta para o centro urbano uma mostra da floresta amazônica inferindo-se, desde sua criação, como espaço de lazer e descontração, ideal para passeios em família, escolares, etc.
O Bosque Rodrigues Alves Jardim Zoobotânico da Amazônia tem ainda como objetivo incentivar a pesquisa, conservação e educação ambiental. De acordo com inventário realizado em 1998, no local existem 4.987 árvores divididas em 309 espécies. Dessas, 94% são nativas.
Além da flora, o espaço abriga 435 animais, distribuídos em 29 espécies que vivem em cativeiro e outras 29, em liberdade ou semi-liberdade. Entre os animais estão, o peixe-boi amazônico, jacaré, tartarugas, jabutis, araras e macacos.
Situado na Avenida Almirante Barroso, é um dos principais cartões-postais da cidade e é administrado pela Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma). Em média, 20 mil visitantes passam pelo local mensalmente.
Atualmente o Bosque está aberto ao público de terça-feira a domingo das 8h às 14h e a entrada é R$ 2 para crianças a partir de 7 anos.