Após uma oficina de alinhamento realizada em Bogotá, na Colômbia, no início deste ano, uma colaboração internacional envolvendo sete instituições de pesquisa e inovação do Brasil, Colômbia, Equador e Peru se comprometeram a trabalhar em parceria, culminando na criação da Rede Amazônica de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade.
A Rede tem por objetivo servir como um meio para consolidar e fortalecer a atuação regional das instituições envolvidas, proporcionando a produção e o intercâmbio de conhecimento no âmbito da conservação e uso sustentável da biodiversidade, além de estimular iniciativas voltadas para a inovação e desenvolvimento da bioeconomia amazônica.
Das instituições brasileiras, fazem parte da Rede o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e o Museu Paraense Emílio Goeldi. Integram também as seguintes instituições internacionais: o Instituto Humboldt e o Instituto SINCHI da Colômbia, o Instituto Nacional de Biodiversidade (INABIO) do Equador e o Instituto de Pesquisa da Amazônia Peruana (IIAP) do Peru. A Rede conta com o apoio técnico e financeiro do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Segundo João Valsecchi, Diretor-Geral do Instituto Mamirauá, “a consolidação da Rede Amazônica de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade simboliza um marco importante para a cooperação internacional de países que abrigam a Floresta Amazônica. Todas as instituições envolvidas possuem um histórico extenso de atuação no bioma e trazem contribuições significativas para a elaboração de iniciativas que visam promover a conservação e o uso sustentável da biodiversidade na Amazônia”.
As principais linhas de atuação da Rede Amazônica de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade irão girar em torno da troca de experiências e conhecimento entre as instituições parceiras, promovendo o fortalecimento da capacidade técnica e a expansão da área de atuação das instituições por meio do intercâmbio de pesquisadores. A colaboração fruto desta Rede tem como missão promover a conservação da biodiversidade, priorizando o desenvolvimento da bioeconomia da região amazônica. A atuação da Rede será realizada em parceria com os povos indígenas e comunidades tradicionais, governos, setor privado e demais atores envolvidos na proteção da biodiversidade, com vistas a promover o uso sustentável dos recursos naturais e melhorar a qualidade de vida das comunidades presentes na região.
“Com a criação da Rede, promovemos no BID a cooperação transfronteiriça para ampliar o impacto positivo necessário para evitar o ponto de não retorno no bioma amazônico. Além disso, reafirmamos os compromissos da Declaração de Belém e de nosso programa Amazônia Sempre, em particular o de fortalecer o papel da ciência, tecnologia e inovação na Amazônia para a conservação e reconhecimento do valor da biodiversidade e seu uso sustentável”,
disse Rafael Anta, especialista da divisão de Competitividade, Tecnologia e Inovação do BID.
As primeiras atividades da Rede serão sua primeira assembleia anual e diversas oficinas temáticas, que serão realizadas nas instalações do INPA, em Manaus, na segunda semana de junho.
*Com informações do Instituto Mamirauá