Papéis produzidos a partir do fruto açaí agora são possíveis. O novo produto é resultado de um projeto que contou com investimento da Fundação de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), no Pará. O projeto objetiva desenvolver papéis de alta performance para produtos como embalagens sustentáveis.
Para tanto, o investimento da Fapespa permitiu estruturar o AmazonCel, o primeiro laboratório de celulose e papel completo da Amazônia, na Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA).
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Os estudos no novo laboratório já produziram dois tipos papéis com sucesso: reciclado + fibras do açaí; e um papel 100% do açaí.
As possibilidades vão da simples separação das fibras da semente até a formação do papel, a partir das fibras do resíduo do açaí. Assim, o papel pode ser utilizado em inúmeras possibilidades de produtos, como embalagens, copos, caixas e etc.
Casa de Vegetação
A Casa de Vegetação foi idealizada para dois objetivos: identificar e selecionar plantas da Amazônia capazes de despoluir o solo e a água, absorvendo e retirando metais pesados do solo provenientes da mineração ou lixos urbanos.
E produzir o Biochar, que é um carvão vegetal, através de resíduos vegetais como caroço do açaí, casca de cacau, cupuaçu e ouriço da castanha-do-Pará, que são diariamente descartados e, muitas vezes, podem causar problemas ambientais e de saúde.
O resultado da combinação do uso dessas plantas e do carvão vegetal, além de retirar os metais do solo, é a recuperação de áreas degradas, diminuindo a emissão de gás carbônico na atmosfera e tornando esse solo agricultável novamente, aumentando a retenção hídrica e a fertilidade.
Viveiro
O novo viveiro terá 20 mil mudas amazônicas, que serão objeto de estudos para diversos segmentos, da ciência. O local também produzirá mudas para diversos projetos do Estado, a exemplo do novo Parque da Cidade.
*Com informações da Agência Pará