Foto: Vanessa Escher/Ufopa
Dois grupos de pesquisa consolidados da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), ‘Aquicultura no Baixo Amazonas’ e ‘Maniva Tapajós’, uniram-se para elaborar a proposta de um projeto integrado de pesquisa, inovação e extensão com o tema ‘Produção sustentável de mandioca e peixes na Amazônia: inovação e integração de cadeias produtivas para geração de renda às comunidades’.
O projeto foi aprovado na chamada ‘Cadeias Produtivas da Bioeconomia‘, da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), cujo apoio financeiro está iniciando as atividades.
O principal objetivo da equipe multidisciplinar é promover o fortalecimento e desenvolver de forma sustentável essas duas cadeias produtivas, que têm importância econômica e social na região Oeste do Pará.
Para a coordenação do projeto, a produção de mandioca e de piscicultura tem a colaboração direta de comunidades locais, por meio do desenvolvimento de produtos e processos inovadores.
Entre as iniciativas estão:
- mudas de mandioca micropropagadas, tolerantes aos patógenos da região;
- rações alternativas para peixes produzidas com resíduos do processamento da mandioca;
- e produção de peixes amazônicos com a tecnologia de bioflocos.
Há ainda serviços como certificação das casas de farinha e elaboração de instrumentos de comercialização e expansão do mercado da mandioca.
Os pesquisadores da Ufopa envolvidos acreditam que a execução do projeto impulsionará as ações, em ambas as cadeias produtivas, que já vinham sendo executadas pelos grupos de pesquisa, permitindo resultados mais significativos e impactantes do ponto de vista social, científico e econômico na região.
Para o avanço da bioeconomia amazônica, torna-se importante a realização de pesquisas relacionadas com a biotecnologia e sua aplicação na economia, buscando o estabelecimento de novas cadeias produtivas de valor, assim como a sustentabilidade e processos ecológicos que otimizem o uso de energia e nutrientes de cadeias produtivas já existentes.
O projeto é coordenado pela Profa. Michelle Fugimura, do Instituto de Ciências e Tecnologia das Águas (ICTA), e pela vice-coordenadora, Profa. Eliandra Sia, do Instituto de Biodiversidade e Florestas (Ibef). As atividades se iniciaram em outubro de 2024 e terão duração de 36 meses.
*Com informações da Ufopa