O Encontro das Águas é um dos bens tombados como Patrimônio Cultural pelo Iphan em Manaus (AM). Foto: Reprodução/Acervo/Iphan-AM
Por Dudu Monteiro de Paula
De quando em quando me vejo contemplando o Encontro das Águas, entre o Rio Negro e Rio Solimões, em Manaus, e na plenitude de meu olhar a minha retina assiste a estética visual da dinâmica da fotossíntese ocorrendo em minha volta, mas que sou incapaz de perceber.
Nos meus olhos humanos, a paz e tranquilidade que contemplo me faz pensar que nada esta ocorrendo, mesmo meu cérebro sabendo que bilhões de movimentos estão ocorrendo a cada milésimo de segundo. Animais nascem e morrem; o leito do rio se modifica; árvores crescem e caem; trilhões de partículas de areia e barro se movimentam dentro da água; mas, para mim, nada esta ocorrendo e a única coisa que sinto é o tempo e como sei que o tempo passa!
O movimento do sol, o vento que passa pelo meu corpo e a velocidade da água que passa diante de mim. O tempo está passando. Portanto, todas estas mudanças que ocorrem na natureza, e dentro de mim, não são imediatamente perceptíveis.
Logo, posso afirmar que estas linhas que estou escrevendo, os fatos agora ocorridos ou pessoas com quem convivo, seguramente não estarão no momento que estiverem lendo este texto.
Na escalada da vida todos são importantes, tudo aquilo que te cerca tem sempre uma importância na tua formação. No começo os pais, irmãos, a família, e por fim os amigos diretos ou indiretos, dependendo de sua simpatia por eles.
Sou um pouco de tudo. Cabe a mim juntar as partes que mais me agradam e ordená-las com uma boa parte de minha própria criatividade. Segundo os filósofos populares, somos “10% criação e 90% transpiração”.
Vindo de uma família extremamente unida, capitaneado por pais harmoniosos, repito: sou um pouco de tudo. Logo após o meu nascimento, quando a luz me fez enxergar a primeira imagem, foi do verdadeiro, puro e autêntico amor: minha mãe e meu pai. Que maneira maravilhosa de vir ao mundo humano!
Depois de algum tempo os limites deste meu mundo foi aumentando. Já caminhando, reconhecia a minha casa na rua Tapajós. Uma casa típica dos anos 30/40 de dois pisos. Explico melhor: existia o que chamávamos de porão, que era na verdade a ligação de uma área de guardar coisas a um pequeno quintal que nada tinha.
Porém, ali realizávamos as nossas fantasias sonhadas nas história em quadrinhos que líamos e ouvíamos todas as tardes na Rádio Rio Mar, às 16h: ‘Teatrinho Infantil’, com o Titio Barbosa. A minha mãe arrumava os quatro irmãos, sentávamos na sala principal da casa e em volta do rádio ouvíamos e viajávamos nas histórias contadas. E, depois limpos, cheirosos e tomando um mingau de banana, esperávamos o momento sublime do dia em que nosso pai chagava do trabalho. Isto sim foi o início de uma vida sublime e repleta de muito amor
Por hoje é só! FUUUUUUUIIIIIIII!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Sobre o autor
Eduardo Monteiro de Paula é jornalista formado na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), com pós-graduação na Universidade do Tennesse (USA)/Universidade Anchieta (SP) e Instituto Wanderley Luxemburgo (SP). É diretor da Associação Mundial de Jornalistas Esportivos (AIPS). Recebeu prêmio regional de jornalismo radiofônico pela Academia Amazonense de Artes, Ciências e Letras e Honra ao Mérito por participação em publicação internacional. Foi um dos condutores da Tocha Olímpica na Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016.
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