Unidade de Conservação paraense busca oferecer serviço inclusivo com o auxílio do “trilha adaptada” em meio à natureza.
O Parque Estadual do Utinga, no Pará, é conhecido por sua rica biodiversidade e paisagens deslumbrantes. Com mais de 1,3 mil hectares de área protegida, a unidade de conservação (UC) é administrada pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) e pela Organização Social (OS) Pará 2000. O local abriga diversas espécies de animais e plantas, além de oferecer trilhas de diferentes níveis de dificuldade.
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Por conta disso, a UC se tornou a primeira da Região Norte a disponibilizar um equipamento que permitirá que pessoas com deficiência (PCD) possam desfrutar das trilhas ecológicas.
Batizado de “trilha adaptada”, o dispositivo é uma iniciativa da empresa Amazônia Aventura (uma das permissionárias autorizadas a prestar serviços de ecoturismo no local). O objetivo é proporcionar um contato direto com a natureza para todos os visitantes, independentemente de suas limitações físicas.
O equipamento consiste em um assento e encosto acolchoado, com cintos de segurança, apoio para os pés, uma roda central embaixo do assento, duas barras na frente e duas barras atrás que servem para puxar e empurrar por outros ajudantes, e hastes ou barras laterais que servem para estabilizar a cadeira de trilha quando ela estiver parada, e os ajudantes quiserem descansar.
Acesso
Para utilizar o equipamento, os visitantes com deficiência podem agendar previamente seu passeio direto na empresa Amazônia Aventura, garantindo a disponibilidade do equipamento.
Durante a visita, eles serão acompanhados por condutores de trilhas devidamente habilitados, que vão fornecer informações sobre a fauna, flora e curiosidades da UC.
A ideia em disponibilizar o “Trilha Adaptada” no Parque visa promover a inclusão e proporcionar experiências únicas para pessoas com deficiência. Através desse serviço, elas poderão vivenciar a natureza de forma plena, superando barreiras físicas e desfrutando de momentos de lazer e contemplação. Assim, o projeto passa a ser uma opção de lazer inclusiva em meio à natureza.
O presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, acredita que a expectativa é que outras UC sigam esse exemplo, promovendo a acessibilidade e a igualdade de oportunidades para todos os cidadãos.
“Com essa iniciativa, o Parque Estadual do Utinga se consolida como um destino turístico inclusivo e comprometido com a preservação ambiental, reforçando sua importância como patrimônio natural do estado do Pará. Em breve, esperamos levar, seja por meio de permissionárias ou por medida própria, essa experiência única para outras UC administradas por nós”,
afirmou Nilson Pinto.