Foto: Bruno Maia/Governo do Tocantins
Localizada em Tocantins, na Ilha do Bananal, a Terra Indígena Parque do Araguaia é um dos mais importantes santuários ecológicos e culturais do Brasil.
Segundo o Governo, com cerca de 20 mil km2, a Ilha do Bananal é a maior ilha fluvial do mundo e fica em grande parte do ano submersa, ressurgindo a cada período de seca e trazendo, praticamente intocada, uma riquíssima biodiversidade – resultado do encontro entre a Floresta Amazônica e o Cerrado.
Um patrimônio cultural e ambiental
De acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2022, aproximadamente 4.503 indígenas habitam a região. Eles pertencem às etnias Avá-Canoeiro, Iny Karajá, Javaé e Tapirapé. Ao todo, são cerca de 15 aldeias, com grupos que preservam suas tradições e modos de vida.
Os Avá-Canoeiros, conhecidos como “Cara-Preta”, se destacam pela postura de isolamento, rejeitando contato com a civilização e até mesmo com outras comunidades indígenas próximas. Os Karajás e Javaés são historicamente protegidos desde a criação do parque em 1959.
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Conservação e Tradição
A Terra Indígena se sobrepõe ao Parque Nacional do Araguaia (PNA), criado antes mesmo da legislação atual sobre Unidades de Conservação (UC) e Terras Indígenas. Em 2006, 377.317 hectares da área foram delimitados como UC em regime de dupla-afetação, ou seja, áreas destinadas à preservação ambiental e à permanência tradicional dos povos indígenas.
Embora a visitação seja possível, ela requer contato prévio com as comunidades indígenas e o cumprimento das exigências legais. No entanto, o local ainda não está preparado para receber atividades de ecoturismo ou etnoturismo de forma estruturada. Atualmente, a principal atividade de visitação é a pesca, realizada de maneira controlada.
*Com informações do Entre Parques Br, Ministério do Meio Ambiente e Terras Indígenas no Brasil