Rondônia reduz desmatamento em mais de 40% entre 2024 e 2025, aponta estudo do Inpe

De acordo com a Coordenadoria de Geociências (Cogeo) da Sedam, os dados divulgados pelo Inpe mostram que o estado apresentou reduções expressivas em comparação com os anos anteriores.

Foto: Daiane Mendonça/Secom RO

Rondônia tem se destacado no combate ao desmatamento ao antecipar as ações preventivas do governo do estado. As operações Hileia, coordenadas pela Secretaria de Desenvolvimento Ambiental (Sedam), e Operação Verde Rondônia do Corpo de Bombeiros Militar de Rondônia (CBMRO), atuam nas áreas mais críticas com três meses de antecedência ao período crítico de incêndios florestais. Esse período ocorre geralmente entre agosto de um ano e julho do ano seguinte, devido ao regime de chuvas no bioma.

De acordo com a Coordenadoria de Geociências (Cogeo) da Sedam, os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), através do Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter) – que emite alertas para suporte à fiscalização – o estado apresentou reduções expressivas de desmatamento no período entre agosto de 2024 e março de 2025, em comparação com os anos anteriores.

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Segundo o coordenador da Cogeo, Joselânio Ferreira, Rondônia demonstrou uma tendência de queda no desmatamento, com reduções de 69,5% entre agosto de 2023 e março de 2024, e de 43,3% entre agosto de 2024 e março de 2025. Justificou ainda, que, essa janela de análise corresponde ao ‘Ano Prodes’, ano-calendário do desmatamento, que vai de 1º de agosto do ano anterior a 31 de julho do seguinte ano – Programa de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite -, metodologia amplamente divulgada pelo Inpe. Diferente do calendário civil, permitindo considerar integralmente as variações sazonais no desempenho ambiental.

Nos oito primeiros meses do ano Prodes, o estado de Rondônia liderou na redução na taxa do desmatamento na Amazônia Legal com 43,3%, foi seguido pelo estado do Tocantins com 36,8%. Em primeiro, o estado do Amapá que teve redução de 61,4%. Os únicos estados que tiveram incremento nas taxas para o período foram Acre com 83% e Mato Grosso com 6%.

Leia também: Desmatamento aumenta 18% de agosto a março na Amazônia, aponta Imazon

O coordenador observou que, ao contrário da simples quantificação em hectares — que evidencia apenas o volume do desmatamento — a análise da taxa de redução oferece um critério comparativo mais justo e sensível às particularidades de cada estado.

Esse indicador considera, tanto a extensão territorial quanto as especificidades ambientais e socioeconômicas locais, refletindo com maior precisão a eficácia das políticas de monitoramento, fiscalização e prevenção adotadas. Em outras palavras, enquanto os valores absolutos indicam “quanto” foi suprimido, a taxa percentual revela “quão bem” cada unidade federativa vem conseguindo conter o desmatamento em seu próprio contexto.

*Com informações do Governo do Estado de Rondônia

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