Biólogo conta que onça-pintada revela instinto materno surpreendente

O biólogo Rogério Fonseca explicou que, ao contrário do que muitos pensam, a onça-pintada apresenta traços sociais, especialmente na relação entre mãe e filhotes.

Foto: Edu Fragoso/Onçafari

Conhecida por sua imponência e comportamento solitário, a onça-pintada (Panthera onca) tem um lado pouco explorado: seu forte instinto materno.

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Em entrevista ao Portal Amazônia, o biólogo Rogério Fonseca explicou que, ao contrário do que muitos pensam, a onça-pintada apresenta traços sociais, especialmente na relação entre mãe e filhotes.

“As pessoas costumam dizer que a onça-pintada é um animal solitário, mas isso é uma falácia. Cientificamente, já constatamos que elas têm comportamento social, principalmente no período em que a fêmea está com os filhotes”, afirmou Fonseca.

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De acordo com o biólogo, os filhotes permanecem com a mãe por até dois anos, tempo considerado essencial para o aprendizado de habilidades fundamentais para a sobrevivência.

“Durante esse período, os filhotes aprendem a caçar, a reconhecer os limites do território e até a identificar machos dominantes, que podem representar uma ameaça. A mãe os protege desses machos, garantindo sua segurança”, conta.

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Ainda segundo Fonseca, a onça-mãe tem um cuidado especial com seus filhotes, geralmente em ninhadas de um a dois indivíduos: “É raro nascerem mais filhotes de uma vez. A reprodução pode ocorrer ao longo de todo o ano, desde que a fêmea esteja em condições ideais para isso”.

O relato do biólogo revela um aspecto pouco conhecido do maior felino das Américas, mostrando que, por trás da força e do silêncio da floresta, existe também um vínculo familiar intenso e protetor.

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